Informações diversas e actuais a respeito da paróquia de FORNOTELHEIRO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

terça-feira, julho 19, 2005

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - 27 DE NOVEMBRO

SANTA CATARINA LABOURÉ, virgem (+1876) E MEDALHA MILAGROSA
Santa Catarina Labouré, chamada Zoé na família, nasceu na Bretanha, França, em 1806. Seus pais eram agricultores. Zoé era a nona de onze irmãos sobreviventes, dos dezassete que nasceram.
Quando Zoé tinha nove anos, morreu-lhe a mãe. Zoé tem que ocupar-se das tarefas da casa. Prepara-se intensamente para a Sagrada Comunhão. Vai muito à Igreja, sobretudo à Capela de Nos­sa Senhora.
Zoé toma a decisão de se fazer religiosa, como sua irmã mais velha. O pai opõe-se. Manda-a para Paris para que conheça o mun­do e mude de ideias. Por fim, o pai consente e ela entra no noviciado das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Adopta o nome de Catarina. Era muito cumpridora, mas sem qualidades extraordiná­rias nem virtudes chamativas.
E é a ela a quem a Santíssima Virgem aparece várias vezes em 1830. Catarina tinha desejado com ânsia que a Santíssima Virgem se lhe comunicasse. A primeira aparição foi no mês de Julho. Catarina conta candidamente a aparição, com a intervenção do Anjo da Guarda.
A principal aparição foi em Novembro. O seu confessor, o P. Aladel, conta-a assim: "A Senhora mostrou-se num retrato em forma oval. Estava sobre o globo terrestre, com vestido branco e manto azul. Das suas mãos saíam raios resplandecentes que caíam sobre a terra. Em cima estava escrito: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!... No reverso do retábulo esta­va a letra M, sobre a qual havia uma cruz descansando sobre uma barra, e debaixo os corações de Jesus e Maria. Depois ouviu estas palavras: hás-de cunhar uma medalha conforme este modelo. Os que a trouxerem e rezarem devotamente esta súplica, alcançarão especial protecção da Santíssma Virgem. E a visão desapareceu".
Mais tarde, em 1832, o P. Aladel visita Monsenhor Quelen, arce­bispo de Paris, e consegue licença para gravar a medalha, confor­me Nossa Senhora tinha manifestado a Catarina. O mesmo arcebis­po de Paris pôde verificar os frutos espirituais da medalha em várias ocasiões.
A medalha propagou-se rapidamente. Catarina preocupou-se muito com isso, mas com tanta discrição que mantinha em segredo o nome da vidente. Ela falava só com o seu confessor e continuava a sua vida normal.
O povo deu-lhe o nome de Medalha Milagrosa pelos muitos pro­dígios que operava. O mais famoso foi a conversão do judeu Afonso de Ratisbona. Ratisbona aceita por cortesia uma medalha da Vir­gem Milagrosa, com a recomendação da reza diária do “Lembrai­-vos" de São Bernardo. Visita em Roma a Igreja de Santo André "delle Frate". Aproxima-se da capela de Nossa Senhora que lhe apa­rece tal como a via gravada na medalha. Ajoelhou-se e ficou transformado. Baptizou-se, ordenou-se sacerdote, converteu muitos ju­deus e fundou as Irmãs de Sião para este apostolado.
Entretanto Catarina continua na humildade e no anonimato. Aten­de os anciãos, trabalha na cozinha, no galinheiro, na enfermaria, na portaria. Sofre em silêncio a falta de compreensão do novo confes­sor. Consegue que se levante o altar, com a estátua que perpetua as aparições, na capela onde tinha recebido as confidências de Nossa Senhora.
Catarina morreu em Paris em 1876. O seu corpo repousa no altar de Nossa Senhora do globo. Foi encontrado incorrupto 56 anos mais tarde, intactos os belos olhos azuis, que tinham visto Nossa Senhora. Beatificada por Pio XI em 1923, foi canonizada por Pio XII no ano de 1947.