Informações diversas e actuais a respeito da paróquia de FORNOTELHEIRO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

segunda-feira, outubro 31, 2005

VALE DE AZARES 30-10-2005: MISSA SOLENE DO Pe. ANTÓNIO CARLOS


Pater,
in manus Tuas ...

Nas tuas mãos, ó Pai...
Entrego a minha vida!
Eu quero o que Tu queres,
Meu Deus, minha guarida!

Amar, confiar e partir
Para sonhar e viver;
Caminharei a sorrir
Por saber que estou
In manus tuas Pater!

A Tua mão protectora
Sempre me há-de acompanhar!
Seguir-Te-ei, pois me chamas...
Eu sei que quero amar!
(Poema original do Pe. António Carlos)

“Sem padres, portadores do sacramento da Ordem, não pode haver Eucaristia, centro e cume da vida e missão da Igreja (...)Aos seminários e pré-seminário da nossa Diocese pedimos, nesta hora, um crescente empenhamento para levar à consciência de todos os fiéis, a todas as comunidades e seus responsáveis esta preocupação”. D. Manuel da Rocha Felicio

quinta-feira, outubro 27, 2005

NOVO ANO DE CATEQUESE - Rezar com a criança, é um acto belíssimo aos olhos de Deus

A educacão duma crianca começa nove meses antes dela nascer. Talvez comece até antes um bocadinho... O mesmo se passa com a vida da fé. Mesmo antes da criança nascer, quando os pais se amam e querem dar-lhe a existência, o olhar de fé - a visão cristã - com que vêem a vida, é já um acto de educação espiritual.
A aprendizagem dos primeiros anos é, sobretudo, existencial, testemunhal. A criança aprende com o que vê, sente e experimenta, mesmo se não entende e raciocina ao nível formal. É por isso que as primeiras experiências podem ser fundantes ou traumáticas. Se o nosso crescimento é equilibrado e sadio, a nossa vida espiritual também. poderá desenvolver-se assim. Mas se for irregular, o mesmo acontecerá na fé. Ainda que Deus possa sempre superar todos os nossos limites, de ordinário não o faz pois o próprio homem não seria capaz de ir mais além.

Experimentar Deus no amor humano
Quando dizemos que Deus é nosso Pai, mesmo com a maior seriedade teológica, fazemo-lo sempre numa referência [mais ou menos consciente] ao nosso pai terreno. Por isso, alguns sentem-se mais à vontade dizendo que Deus é mãe.
Não podemos esquecer: o relacionamento filial, fraternal, social da criança terá uma grande influência na sua abertura a Deus. A experiência de amor gratuito, de paz e serenidade familiar, de perdão sinêero, de alegria e humor contagiantes, permitir-lhe-á um dia'perceber e viver que Deus é amor, paz, serenidade, perdão, alegria, humor... e a um nível infinitamente superior.

Ouvir falar de Deus que não castiga
Deus deve-se sentir muito desiludido quando dizem a uma - criança: «não faças isso porque Jesus castiga». Os pais, irmãos e demais próximos, não se devem limitar a dar um bom ambiente familiar ao bebé para o educar cristãmente. É imprescindível mas não basta. É preciso também que lhe falem de Deus. Dizer que Deus nos ama, que foi ele que criou e fez ,o céu azul, os passarinhos, o mar e os peixinhos, a relva verde e que também tem um filho que é o Menino Jesus ou o Jesus na Cruz, é um acto de educação na fé que todos podem fazer. É absurdo pensar que apontar para a Cruz e perguntar à criança quem é que ali está é violento. Estes sinais que não precisamos compreender na totalidade, logo desde o início, passarão a fazer parte do nosso Imaginário humano e religioso e, no futuro, ajudar-nos-ão a construir o edifício da fé. Tantas coisas, pessoas e situações, no dia-a-dia, podem ser ocasião para falar de Deus... O Directório Geral da Catequese [255) fala da importância que podem ter os avós nesta catequese familiar. Ler histórias bíblicas ou pintar alguns desenhos religiosos não é descurável...

Assumir com verdade que nem tudo é correcto
Alguns educadores têm o receio de traumatizar as crianças ao não deixá-las fazer tudo.Ninguém duvida que onde não há consciência não há pecado. Mas a consciência moral [o sentido do bem e do mal) não nasce connosco e forma-se com os anos. Durante os primeiros anos, o círculo familiar é o fundamento da moral, do correcto para a criança. Demonstrar alegria pelos seus gestos nobres, felicitar os seus actos bons, chamar a atenção (sem violência, é claro!) e entristecer-se pelas suas «asneiras» são acções educativas valiosíssimas e serão alicerce do futuro pois nelas encontrará substrato a moral humana e cristã.

Vamos rezar a Jesus
Finalmente, rezar com a criança, é um acto belíssimo aos olhos de Deus. Gestos simples como ensinar-lhe a colocar as mãos, fazer o sinal da Cruz, rezar com ela o Pai Nosso, Ave Maria, Glória, Anjo da Guarda... são marcas que ficam na vida espiritual. Continuo a acreditar que levar as crianças à Missa, apontar os gestos e a pessoa do sacerdote, levar até junto do Sacrário, do Altar, de Maria... é importantíssimo. Ninguém poderá fazê-lo com o mesmo amor que os pais ou educadores. Ajudar a entender ou, simplesmente, a admirar... O Papa Bento XVI diz que, com a mística da Missa na sua infância e o Missal para crianças, foi descobrindo a beleza da fé e da vocação...

terça-feira, outubro 25, 2005

A ORDENAÇÃO DO PE. TÓ CARLOS MOBILIZOU CELORICO DA BEIRA

Foram muitas as pessoas do Arciprestado de Celorico da Beira que quiseram participar na ordenação do novo padre.
A Sé encheu-se completamente!!!
As pessoas responderam afirmativamente ao convite. Viveram com enorme entusiasmo e grande alegria este momento único. A mobilização sensibilizou o Senhor Bispo e até emocionou o novo sacerdote.
A ordenação do Pe. Tó Carlos é o momento para recordarmos:
  • que Deus continua a chamar e a enviar trabalhadores para a sua vinha;
  • que Deus não esquece o seu povo, mas lhe envia pastores segundo o seu coração;
  • que Deus também chama e dá a graça da fidelidade a jovens do nosso arciprestado.

"O chamamento para seguir Jesus é um convite a cooperar na salvação do mundo".

"Com o dom da vida, cada um de nós recebe uma missão".

sábado, outubro 22, 2005

Diocese da Guarda em festa com a ordenação de um novo padre Nota Pastoral de D. Manuel da Rocha Felicio

A Diocese da Guarda vai viver um dia grande no próximo domingo. Deus vai enviar-nos mais um Presbítero e um Diácono para serviço de todo o Seu Povo na nossa Diocese.
A celebração solene das Ordenações terá lugar na nossa Catedral, com início às 16H00 e desejamos considerá-la uma celebração de toda a Diocese e para toda a Diocese.
Os nossos Padres estão felizes e agradecidos, porque o Senhor faz aumentar em número o seu Presbitério. Só uma razão de força maior os impediria de tomar parte nesta grande festa. É todo o Povo de Deus da nossa Diocese, no conjunto das suas 365 paróquias e distintos serviços diocesanos que também vai estar em acção de graças, porque o mesmo Senhor lhe envia mais um Padre e mais um Diácono.
E tem razões para isso, porque sem Ministério ordenado não pode haver Igreja reunida por Cristo e em nome de Cristo. Sem Ministério ordenado não está garantido o serviço articulado dos restantes ministérios para bem de toda a Igreja.
Para além de ser acção de graças pela gratuidade deste tão grande dom, a celebração das Ordenações é também de súplica.
Em primeiro lugar, para que os novos ministros ordenados vivam com total dedicação a entrega ao serviço que Jesus Cristo lhes confia em beneficio de toda a Igreja.
Depois, para que a Ordem dos Presbíteros (o Presbitério Diocesano) e a Ordem dos Diáconos (esperamos que em breve o Senhor nos dê diáconos permanentes) aprofundem cada vez mais a sua identidade, pela progressiva configuração com Cristo e colocando sempre o bem da Igreja acima dos seus gostos e do seu bem particular, seja ele qual for.
Depois ainda para que as várias comunidades e serviços da mesma Igreja sintam que ninguém se pode considerar dono deste serviço ordenado, sejam quais forem as circunstâncias, mas todos o acolham sempre com profunda gratidão e sentido do bem comum Diocesano e mesmo da Igreja Universal.
A súplica será também para que na nogsa Diocese haja muitos outros ministérios laicais e que descubram no exercício do Ministério ordenado sempre a vontade de Cristo, o único Bom Pastor que nos conduz, congregando os esforços de todos para o bem da Igreja e mesmo da comunidade humana enquanto tal. (...)
Para preparação imediata da Festa das Ordenações no próximo domingo deixo a seguinte passagem retirada do Decreto sobre o Ministério e Vida dos Presbíteros do Concilio Vaticano II: “Devem os presbíteros de tal modo presidir, que, nãa procurando os próprios interesses mas os de Jesus Cristo, trabalhem na obra comum com os leigos e vivam no meio deles segundo o exemplo do Mestre que veio não para ser servido, mas para servir e dar a vida” (P.O.9).

sexta-feira, outubro 21, 2005

Entrevista do Diácono Tó Carlos ao Jornal “Manhã Radiosa” – Jornal do Seminário Menor do Fundão.

Manhã Radiosa: Como descobriu a sua vocação?
Diácono Tó Carlos: Partindo dessa questão alguém poderia realizar um filme… uma longa-metragem!Costumo dizer que vou descobrindo diariamente a minha vocação. A minha vocação fundamental, acredito, é ser sacerdote… o modo como realizo a minha vocação vou descobrindo no meu dia a dia. Ontem, hoje e amanha vou procurando construir o meu caminho de realização e felicidade… este caminho é o meu caminho vocacional. A vocação será a minha resposta a diária a Deus em ordem a uma fidelidade à sua vontade para mim... se descobrir qual a vontade de Deus para mim, se a colocar em prática realizar-me-ei e serei feliz.
M.R.: Quando e como veio parar ao Seminário de Fundão?
D.T.C.: Terminei o curso de Teologia no ano lectivo 2003-2004 e, no ano lectivo transacto vim trabalhar para o Seminário Menor. Foi terminar o Seminário e começar de novo! Em funções diferente é claro!...As circunstâncias foram especiais porque vim numa altura em que o D. António já estava doente e por isso ausente da Diocese e ainda não tínhamos bispo coadjutor.
M.R.: Quando entrou para o Seminário tinha ideia de chegar a ser sacerdote?
D.T.C.: Vim para o Seminário com 10 anos! Vim porque quis. Tenho no entanto a sensação que na altura confundiram a minha timidez natural com “santidade”. Ainda bem que confundiram… digo eu agora!
M.R.: Durante o seu tempo de seminarista o que achava da missa diária, da equipa educadora e do seminário?D.T.C.: Não sou diferente de vós e de certo que, na altura, pensaria aquilo que vós agora pensais! Com certeza também julgava a missa uma “seca” e também terei dito mal dos educadores e do Seminário!Só o tempo nos ensina a valorizar a vida no seminário e a formação integral que a equipa educadora procura sempre semear.
M.R.: A escolha do Sacerdócio é difícil?
D.T.C.: Nada de sólido se constrói na facilidade. Seria inconsciente se opta-se por ser sacerdote de animo leve! Este passo que vou dar exige de mim um esforço pessoal de abnegação e entrega à oração, à minha auto formação teológica e ao serviço dos outros por amor a Jesus Cristo e ao Evangelho.
M.R.: Como está a reagir a sua família?
D.T.C.: À minha família devo tudo! Sempre me apoiaram! Sempre quiseram e tudo fizeram para que eu fosse muito feliz. A educação que deles recebi, o amor que sempre me transmitiram é a minha base e será sempre o meu mais seguro “porto de abrigo”. No final desta etapa é evidente que estão felizes porque eu estou feliz!
M.R.: O que acha que irá sentir quando estiver a ser ordenado?
D.T.C.: Estarei como sempre estou…nervosinho e atrapalhado por ser o centro das atenções! É o momento de uma vida…um momento de consagração a Deus no serviço ao próximo.
M.R.: O que pensa que vai mudar na sua vida?
D.T.C.: O que vai mudar? Pouco espero! O sacerdócio exige de mim uma entrega e dedicação total ao Reino. É isso que, já agora, como Diácono, tenho tentado sempre fazer. Estarei ao serviço da Igreja Diocesana de forma radical. Como acólito enviaram-me para o Seminário do Fundão sempre procurei exercer da melhor forma…agora como padre mais obrigação tenho de me entregar a esta missão que o bispo diocesano me confiou.
M.R.: Ao tornar-se sacerdote gostaria de continuar no seminário ou ir para uma paróquia?
D.T.C.: Até Setembro do próximo ano sei que fico no Seminário! Depois o futuro a Deus pertence e o Sr. Bispo lá saberá…Se eu gostaria de ficar? Para já é esta a realidade que conheço… Não conheço profundamente a realidade paroquial. Enquanto estiver tudo farei para gostar de estar… se um dia deixar de estar tudo farei para gostar da nova missão.
M.R. O que é um padre?
D.T.C.: É alguém próximo…alguém amigo à imagem de Cristo bom pastor…sempre solicito!
M.R. De certeza que ao longo destes anos, houve momentos marcantes na sua vida. Partilhe connosco alguns desses momentos especiais.
D.T.C. Foram tantos o momentos especiais…foram tantos os momentos difíceis…. foram tantos os momentos marcantes nesta caminhada. Conto-vos um que acho importante! Sabeis porque vou ser padre? Eu vou ser padre porque sempre houve muita gente a rezar por mim. Sei que na minha terra natal todos os dias algumas dezenas de pessoas rezavam por mim…ao longo dos 14 anos de seminário houve sempre gente que rezou para que eu chegasse um dia a ser padre. Quando eu descobri isto… quando me dei conta desta força que me vinha da oração destas pessoas tive muita mais coragem para continuar a procurar qual a vontade de Deus para mim.
M.R. Por fim, deixe-nos um conselho…
D.T.C.: É para isso que cá estou! É isso que faço todos os dias aqui! Mais um… Aproveitai ao máximo aquilo que o Seminário coloca ao vosso dispor… crescei autenticamente como Homens e cristãos conscientes!Amai aquele que muito nos ama! Jesus Cristo!

sábado, outubro 08, 2005

“Aumentar e organizar melhor a colaboração entre sacerdotes, leigos e religiosos”

Objectivos do Plano Pastoral do ano 2005-2006
1 °) Dar prioridade à formação na Fé de todos os cristãos, a começar pelos adultos. Para isso:
  • Fazer um esforço conjunto, em toda a Diocese, para que surjam, onde ainda não existem, grupos de formação cristã integral e sistemática, nas nossas paróquias ou grupos de paróquias.
  • Procurar que haja um serviço diocesano com a finalidade de preparar um conjunto de temas básicos para serem propostos aos grupos de formação criados nas paróquias ou grupos de paróquias
  • Procurar que estes temas ajudem a reflectir sobre as características básicas indispensáveis para que uma paróquia se possa considerar realmente paróquia; sobre as atitudes básicas que identificam a vida cristã na Igreja e no mundo.

2°) Procurar que nas paróquias ou grupos de paróquias se criem espaços onde leigos, religiosos e sacerdotes conjuntamente elaborem os respectivos programas pastorais, se comprometam na sua execução e façam também a respectiva revisão.

  • Os conselhos pastorais paroquiais são importantes instrumentos previstos na lei canónica que queremos incentivar para conseguir este objectivo.
  • O horizonte é a constituição de futuras unidades pastorais.

3 °) Procurar fazer o máximo aproveitamento do grande número de agentes pastorais religiosos e leigos que já temos na Diocese com preparação básica doutrinal e pastoral. Para isso e à semelhança do que se fez no início do ano pastoral para toda a Diocese:

  • Fazer encontros com estes agentes pastorais por arciprestado e por zona pastoral
  • Desencadear o processo que permita, este ano, constituir o Conselho Passtoral Diocesano.
Manuel da Rocha Felicio, Bispo coadjutor da Guarda
Guarda, 17 de Setembro de 2005