Informações diversas e actuais a respeito da paróquia de FORNOTELHEIRO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

terça-feira, setembro 30, 2008

"Os publicanos e as mulheres de má vida irão antes para o Reino de Deus".

No Domingo passado, através do profeta Isaías, Deus alertou-nos para o facto de, muitas vezes, os nossos pensa-mentos e os nossos caminhos nada ou pouco terem a ver com os seus. E vimos como é forte e frequente a nossa tentação de querer que seja Deus a conformar-se com os nossos pensamen-tos e as nossas verdades, em vez de sermos nós a converter-nos à sua verdade ao seu amor.

Hoje, por meio do profeta Ezequiel, Deus condena e distancia-se dos critérios de justiça do homem, critérios que o homem quer impor ao próprio Deus. O atrevimento do homem chega ao ponto de acusar Deus de ser injusto no que se refere à salvação e à condenação dos homens: “A maneira de proceder do senhor não é justa”.
Deus quer – é o que mais deseja – que todos os homens se salvem, ou seja, participem da plenitude da sua vida e do seu amor por toda a eternidade. No entanto, a salvação do homem, de cada homem em concreto, depende da sua adesão a Deus, do modo como acolhe e corresponde à sua vontade e ao seu amor. Não podemos esquecer que Deus criou o homem livre e respeita sempre a sua liberdade, mesmo quando O rejeita ou se opõe a Ele.
  • Por conseguinte, à partida, e contrariamente ao que muitos ainda teimam em pensar, ninguém está predes-tinado à salvação ou à condenação.
  • Além disso, em nenhum momento ou etapa da vida do homem se pode afirmar, com absoluta certeza, que al-guém já tem a salvação garantida ou já está irremediávelmente condenado.
  • Na verdade, em qualquer momento da sua vida, o homem pode mudar, para o bem ou para o mal, a sua posição em relação a Deus. E essa mudança (conversão a Deus ou afastamento de Deus) pode determinar a sua salvação ou condenação.

Deus, como escutámos na primeira leitura, esclarece e justifica isso mesmo: o homem justo, se abandona Deus e deixa de praticar a justiça, permanecendo nessa atitude até ao fim da sua vida, não pode esperar, como é óbvio e lógico, a salvação de Deus.
Deus não pode salvar quem, consciente e voluntariamente, O exclui da sua vida, se recusa a viver segundo a sua vontade e rejeita o seu amor.

  • Deus não pode salvar ninguém à força! Não é Deus que não quer salvar o homem. É o homem que não quer ser salvo por Deus, que não dá a Deus a oportunidade de o salvar.

  • O contrário também pode acontecer: o pecador, se “renunciar ás faltas que tiver cometido”, se começar a “praticar o direito e a justiça”, perseverando no bem e na comunhão com Deus, salvar-se-á.
O Deus da compaixão, o Deus que é generoso em perdoar alegra-se com o arrependimento do homem pecador e apressa-se a manifestar-lhe o seu amor misericordioso. Ainda bem que Deus é assim. Caso contrário, todos nós - que somos pecadores e pecadores repetentes – já não teríamos qualquer hipótese de salvação.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Borrego promovido em Feira e roteiro gastronómico

A Feira, roteiro gastronómico, prova de todo-o-terreno, apresentação de confraria e animação fazem o programa da segunda edição do festival dedicado ao borrego, promovido pela autarquia de Celorico da Beira de 28 de Setembro a 5 de Outubro.

No dia 28 de Setembro há Feira do Borrego na Carrapichana e até 5 de Outubro decorrerá um roteiro gastronómico nos restaurantes aderentes.

O evento realizou-se pela primeira vez em 2007, numa organização do Município de Celorico da Beira, que diz ter “alcançado um grande sucesso em todas as linhas”. Para além da Feira e do roteiro, este ano haverá também uma prova de Todo-o-Terreno e a apresentação pública da recém-criada Confraria do Borrego.

É a “região por excelência de criação de borrego”, onde é apascentado “o maior número de ovelhas de raça Bordaleira e Churra Mondegueira (cerca de 30.000)”, e que fazem de Celorico da Beira “a capital do Queijo Serra da Estrela”.

O Objectivo é “dar uma maior visibilidade aos tão apreciados sabores característicos desta região e do Concelho, onde para além do Queijo impera também o borrego Serra da Estrela”.

Fonte: Jornal Nova Guarda

domingo, setembro 14, 2008

Redescobrir a cruz gloriosa

Actualmente a cruz já não se apresenta aos fiéis em seu aspecto de sofrimento, de dura necessidade da vida ou inclusive como um caminho para seguir a Cristo, mas em seu aspecto glorioso, como motivo de honra, não de pranto.

Antes de tudo, digamos algo sobre a origem desta festa. Ela recorda dois acontecimentos distantes no tempo. O primeiro é a inauguração, por parte do imperador Constantino, de duas basílicas, uma no Gólgota, outra no sepulcro de Cristo, no ano 325. O outro acontecimento, no século VII, é a vitória cristã contra os persas, que levou à recuperação das relíquias da cruz e sua devolução triunfal a Jerusalém. Contudo, com o passar do tempo, a festa adquiriu um significado autônomo. Converteu-se em uma celebração gloriosa do mistério da cruz, que, sendo instrumento de ignomínia e de suplício, Cristo transformou em instrumento de salvação.

As leituras reflectem esta perspectiva. A segunda leitura volta a propor o célebre hino da Carta aos Filipenses, onde se contempla a cruz como o motivo da maior «exaltação» de Cristo: «aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor». Também o Evangelho fala da cruz como do momento no qual «o Filho do homem foi levantado para que todo o que creia tenha por Ele vida eterna».

Houve, na história, dois modos fundamentais de representar a cruz e o crucifixo. Os chamamos, por comodidade, de o modo antigo e o moderno. O modo antigo, que se pode admirar nos mosaicos das antigas basílicas e nos crucifixos da arte romântica, é glorioso, festivo, cheio de majestade. A cruz, frequentemente sozinha, sem crucifixo, aparece projectada num céu estrelado, e sob ela a inscrição: «Salvação do mundo, salus mundi», como em um célebre mosaico de Ravena.

Nos crucifixos de madeira da arte românica, este tipo de representação se expressa no Cristo que reina com vestes reais e sacerdotais a partir da cruz, com os olhos abertos, o olhar para a frente, sem sombra de sofrimento, mas radiante de majestade e vitória, já não coroado de espinhos, mas de pedras preciosas. É a tradução do versículo do salmo: «Deus reinou do madeiro» (regnavit a ligno Deus). Jesus falava de sua cruz nestes mesmos termos: como o momento de sua «exaltação»: «E quando eu for levantado da terra, atrairei todos para mim» (Jo 12, 32).



A forma moderna começa com a arte gótica e se acentua cada vez mais, até converter-se no modo ordinário de representar o crucifixo. Um exemplo é a crucifixão de Matthias Grunewald no altar de Isenheim. As mãos de os pés se retorcem como arbustos ao redor dos cravos, a cabeça agoniza sob um feixe de espinhos, o corpo coberto de chagas. Igualmente, os crucifixos de Velázquez e de Dali e de muitos outros pertencem a este tipo.

Os dois modos evidenciam um aspecto verdadeiro do mistério. A forma moderna-dramática, realista, pungente – representa a cruz vista, por assim dizer, por diante, «de cara», em sua crua realidade, no momento em que se morre nela. A cruz como símbolo do mal, do sofrimento do mundo e da tremenda realidade da morte. A cruz se representa aqui «em suas causas», isto é, naquilo que, habitualmente, a ocasiona: o ódio, a maldade, a injustiça, o pecado.

O mundo antigo evidenciava não as causas, mas os efeitos da cruz; não aquilo que produz a cruz, mas o que é produzido pela cruz: reconciliação, paz, glória, segurança, vida eterna. A cruz que Paulo define como «glória» ou «honra» do crente. A festividade de 14 de setembro chama-se «exaltação» da cruz porque celebra precisamente este aspecto «exaltante» da cruz.

Deve-se unir à forma moderna de considerar a cruz, a antiga: redescobrir a cruz gloriosa. Se no momento em que se experimentava a provação, podia ser útil pensar em Jesus cravado na cruz entre dores e espasmos, porque isto fazia que o sentíssemos próximo a nossa dor, agora há que pensar na cruz de outro modo. Explico com um exemplo. Perdemos recentemente uma pessoa querida, talvez depois de meses de grande sofrimento. Pois bem: não há que continuar pensando nela como estava em seu leito, em tal circunstância, em tal outra, a que ponto se havia reduzido no final, o que fazia, o que dizia, talvez torturando a mente e o coração, alimentando inúteis sentimentos de culpa. Tudo isto terminou, já não existe, é irreal; atuando assim não fazemos mais que prolongar o sofrimento e conservá-la artificialmente com vida.

Há mães (não digo para julgá-las, mas para ajudá-las) que depois de terem acompanhado durante anos um filho em seu calvário, quando o Senhor o chama para Si, rechaçam viver de outra forma. Em casa, tudo deve permanecer como estava no momento da morte do filho; tudo deve falar dele; visitas contínuas ao cemitério. Se há outras crianças na família, devem adaptar-se a viver também neste clima permeado de morte, com grave dano psicológico. Estas pessoas são as que mais necessitam descobrir o sentido da festa de 14 de setembro: a exaltação da cruz. Já não és tu que leva a cruz, mas a cruz que te leva; a cruz que não te arrebata, mas que te ergue.

Há que pensar na pessoa querida como é agora que "tudo terminou". Assim faziam com Jesus os artistas antigos. Contemplavam-no como é agora, como está: ressuscitado, glorioso, feliz, sereno, sentado no trono de Deus, com o Pai que "enxugou toda lágrima de seus olhos" e lhe deu "todo poder nos céus e na terra". Já não entre os espasmos da agonia e da morte. Não digo que se possa sempre dominar o próprio coração e impedir que sangue com a recordação do sucedido, mas há que procurar que impere a consideração de fé. Senão, para que serve a fé?

Traduzido por Zenit

domingo, setembro 07, 2008

IX PASSEIO BTT no Fornotelheiro - Um Sucesso!

A Associação OPIJOVEM organizou no passado domingo, 31 de Agosto de 2008, o IX Passeio BTT no Fornotelheiro, onde participaram 219 convivas, entre os quais 149 praticantes de BTT e os restantes, elementos da organização e equipas de apoio. Este evento foi um sucesso, uma vez que se bateu o record de inscrições.

Depois do almoço, seguiram-se diversas actividades, nomeadamente a actuação de animadores, efectuando modelação de balões, pinturas faciais, insufláveis e largada de balões, o que trouxe muita animação entre os participantes.
No final da tarde houve o jogo da caça ao tesouro, contando com diversas equipas que percorreram alguns pontos da aldeia na busca do tão desejado tesouro.
Para finalizar houve um lanche para os participantes, onde houve entrega de lembranças aos vencedores da caça ao tesouro e o sorteio de uma bicicleta.
A Associação OPIJOVEM agradece a todos os praticantes de BTT e a todos aqueles que ajudaram a organizar este evento, prometendo para o ano, um ainda melhor Passeio BTT.
Berta