Informações diversas e actuais a respeito da paróquia de FORNOTELHEIRO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

terça-feira, janeiro 27, 2009

O Bruxo não resolve

Uma das realidades que atrai muita gente que se sente doente da mente, com problemas no corpo, na alma, no amor, nos negócios e procura o remédio para os seus males é o fenómeno da adivinhação: cartomantes, horóscopos, bruxaria, espiritismo, e todas outras realidades semelhantes.

Muita gente tem problemas no corpo e sobretudo na alma, no espírito, no seu pensamento, nos seus sentimentos e esses problemas podem afectar mais ou menos as pessoas e estas podem ficar mais ou menos doentes. A pessoa doente do seu psíquico fica afectada fisicamente porque a pessoa é um todo unido: corpo, pensamento, sentimentos, alma, espírito.

Vão aos médicos e, muitas vezes, os remédios não actuam porque os remédios actuam mais no físico (nos efeitos e não nas causas) e a origem (as causas) desses problemas são psíquicos e, como os remédios não curam, então vão a esses lugares citados sobretudo à bruxaria.

As pessoas ligadas a esta área do conhecimento (ou desconhecimento) falam quase sempre em realidades pouco credíveis ou até falsas e mentirosas: foi um mau olhado, uma praga, um feitiço, uma amarração, tem a morada aberta, é uma alma do outro mundo, é o demónio, etc.

São as razões que, segundo os ditos bruxos ou bruxas, levam as pessoas a ficarem doentes.

Eu gostaria de dizer a quem me lê: não se deixe enganar por essas pessoas. Todas essas causas são falsas, são erradas, são mentirosas.

Se está doente vá a um médico, fale com um sacerdote, desabafe, fale com a família. Tem problemas, desabafe, não os guarde.

Há uma razão que eu diria quase universal que leva as pessoas a ficarem doentes no seu psíquico: TEREM SIDO MAL AMADAS.

Então, se foram mal amadas e ficaram doentes, precisam de SER BEM AMADAS para se curarem...

Se uma pessoa não foi bem amada pelos pais, pelos parentes, pelos vizinhos, pelos colegas da escola ou do trabalho, pelos amigos, etc... Ela não quer viver, não gosta de viver. Por isso, vive angustiada, ansiosa, tem medo, sente-se só, não quer comer, e se comer rejeita a comida vomitando, quer morrer. A vida sem amor, sem a amizade dos outros, para esta pessoa não presta e até pode ter bens materiais abundantes...

A pessoa que FOI E É BEM AMADA, não fica doente da sua mente, do seu psíquico. Ou então, se foi bem amada não interiorizou de forma correcta essa certeza.

Você está doente da sua mente? Tem alguém que conhece e está doente? Eu gostaria de vos dizer: não foi um mau olhado, uma praga, um feitiço, uma amarração, uma alma do outro mundo ou o demónio que pôs essa pessoa doente.

Não vou falar do que diz a Bíblia contra a adivinhação, a bruxaria, etc pois lá se condena abertamente essas realidades. Essa é mais uma razaão para eu pedir às pessoas a não irem a esses lugares.

O que gostaria de alertar as pessoas é que todas essas razões são ENGANOS, FALSAS RAZÕES E MUITA MENTIRA. POR ISSO, NÃO ACREDITEM, NÃO SE DEIXEM ENGANAR, NÃO GASTEM O VOSSO DINHEIRO AÍ. Ir a esses lugares quase sempre ainda põe as pessoas mais doentes, pois quanto mais acreditarem nessas mentiras, mais doentes ficam.

Quem está doente da sua alma, da sua mente, psiquicamente, precisa urgentemente DE SER MUITO AMADO(A), ACARINHADO(A), COMPREENDIDO(A), APOIADO(A), SER BEM ACEITE.

Quando a pessoa se sentir amada por Deus e pelas pessoas, curar-se-á.

Não há almas dos defuntos, nem demónios a pôr as pessoas doentes...

Não há "mau olhado", pragas, feitiços, "amarração" a pôr as pessoas doentes. Não acredite nisso. Há seitas que exploram a ignorância das pessoas com exorcismos em todas as sessões dizendo: "Xô Satanás... Em nome de Jesus, espírito do mal, sai dessa pessoa...".
Ainda bem que a Igreja Católica evoluiu neste campo e hoje se compreende melhor o porquê de tantas doenças psíquicas e mentais que nada tem a ver com demónios ou almas do "outro" mundo...

Não se deixe enganar, nem iludir. NÃO ACREDITE NISSO.

A cura vem pelo AMOR SINCERO E CONTÍNUO a quem está doente.

Que Deus te abençoe e cure, meu irmão que me lês e acompanhas. E que Jesus Cristo seja a certeza de que Deus TE AMA INFINITAMENTE, GRATUITAMENTE E SEM CONDIÇÕES... Se Deus Te ama, nada temas...

Fonte: O perfume de Deus

sexta-feira, janeiro 23, 2009

O sacramento do baptismo hoje!

Este tema parece-me cada vez mais sério e a necessitar de uma justa e adequada explicação. O Baptismo não é um acto social e muito menos a manifestação de uma superstição. Se há coisa que me faz sofrer enquanto igreja é o modo como muita gente se aproxima deste sacramento e as resoluções e caminhos que alguns sacerdotes apontam para o mesmo... Em síntese vejamos o que é necessário saber:

O que é o Baptismo?

O Baptismo é um sacramento: um sinal visível - a água e as palavras do celebrante .- que, por sua vez, é sinal de uma realidade invisível mas real: o amor e a salvação de Deus.

O Baptismo é o primeiro sacramento. Pelo Baptismo, abrem-se-nos as portas da vida cristã e passamos as fazer parte da Igreja, a comunidade dos que seguem Jesus Cristo.

O Baptismo faz-nos filhos de Deus. Pelo Baptismo, nascemos para uma vida nova e vivemos a felicidade de ter a Deus como Pai.

O Baptismo une-nos a Jesus Cristo, faz de nós seus irmãos, faz-nos participar do seu mistério pascal: morremos com Ele, somos sepultados com Ele e ressuscitamos com Ele. Com Ele passamos da morte do pecado para a Sua vida sem fim.

O Baptismo dá-nos o Espírito Santo que é a luz que nos ilumina, a graça que nos renova, a força que nos impele a viver o Evangelho e a amar todos os homens e mulheres.

Os Padrinhos

Um pouco de história

A instituição dos padrinhos surgiu na Igreja quando se introduziu o costume de baptizar as crianças. Era necessário que alguém, diferente dos pais, e que representasse tanto a família de quem ia ser baptizado, como a comunidade cristã, se responsabilizasse pelo crescimento na fé da criança baptizada.

Critérios na escolha dos padrinhos

Os pais devem levar muito a sério a escolha de bons padrinhos para os seus filhos, para que os padrinhos não se tornem numa instituição de simples formalismo.

Nesta escolha, não se devem guiar apenas por razões de parentesco, amizade ou prestígio pessoal, mas por um desejo sincero de garantir aos filhos que tenham padrinhos capazes de fluir, mais tarde, de modo eficaz, na educação cristã do afilhado.

O número de padrinhos

Cada criança pode ter um só padrinho (homem ou mulher) ou dois (homem e mulher).

Requisitos para ser padrinho
  • Ter completado 16 anos de idade.
  • Ter capacidade para cumprir a missão própria dos padrinhos
  • Ser católico e ter recebido os três sacramentos da iniciação cristã: Baptismo, 1ª Comunhão e Crisma.

Questões práticas a ter em conta antes do Baptismo

A Veste baptismal
- A veste baptismal deve ser branca. O sentido de branco na liturgia tem a ver com a pureza. Pelo Baptismo a criança é incorporada na Igreja e nasce para uma vida nova, a vida da graça. Esse sentido de nova vida traz consigo a pureza interior simbolizada na veste branca que a criança deve trazer.

A vela do Baptismo - Os pais devem adquirir, atempadamente, a vela do baptismo, que só deve ser acendida no Círio Pascal, durante a celebração do Baptismo, e quando lhes for indicado.

Transferências de Baptismo - Quando o Baptismo é realizado numa paróquia exterior à paróquia de residência dos pais da criança, o processo de baptismo deve ser transferido. Os pais devem contactar o seu pároco, pois, o processo desenvolve-se com critérios específicos que devem ser respeitados.
Encontrei isto http://www.vigararia11.org/baptismo.php?mo=12&yr=2008'>aqui

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Processos de declaração de nulidade de matrimónio

1. Quando os católicos se casam com todas as condições requeridas pela Igreja, o casamento é para toda a vida, isto é, é indissolúvel, e nem a Igreja o pode anular, segundo o que Jesus Cristo nos ensinou: «Não separe o homem o que Deus uniu».
No entanto, se há fortes razões para pensar que não se cumpriu um desses requisitos essenciais, qualquer dos cônjuges pode pedir à Igreja que, no caso de se comprovar, proceda à declaração de nulidade do casamento, isto é, declare que afinal o casamento não foi válido.

2. A petição do cônjuge para que a Igreja declare a nulidade do seu casamento é apresentada normalmente na diocese em que se celebrou o casamento ou em que reside pelo menos um dos cônjuges.
Como o estudo do caso requer um processo especializado, o Bispo tem na sua diocese um Tribunal, cujo presidente é o Vigário Judicial, que actua em nome do Bispo.
Assim, o cônjuge interessado põe-se em contacto com o Tribunal eclesiástico da sua diocese, onde explica o seu caso e, havendo indícios de possibilidade de nulidade, formaliza a petição.

3. Os motivos que podem levar à declaração de nulidade do casamento foram surgindo ao longo dos tempos.
O matrimónio requer um compromisso mútuo de entrega e aceitação de duas pessoas em ordem à procriação e à educação dos filhos.
  • Portanto, se ambos ou um só dos cônjuges exclui esse compromisso de doação íntima ao outro, segundo a palavra de Deus no Génesis: «Já não são dois, mas uma só carne»; ou se de modo algum não quer ter filhos; ou se se reserva o direito de ter amante; ou se quer que o casamento seja temporário – então, possivelmente o casamento foi nulo, porque não terá querido casar-se verdadeiramente, embora tenha realizado a cerimónia ficticiamente.
  • Também, se um dos cônjuges oculta, propositadamente, uma circunstância que vá perturbar gravemente a vida matrimonial – como, por exemplo, ter um filho de relação não conhecida, ou estar dependente da droga –, então o casamento possivelmente é nulo, porque terá havido uma grave deficiência da entrega.
  • Nos últimos tempos, têm-se multiplicado outros casos que podem levar também à declaração de nulidade do casamento. Trata-se, por exemplo, de pessoas com tendên-cias graves de homossexualidade, que podem torná-las incapazes de um comporta-mento matrimonial devido.

4. Actualmente, tem-se difundido a ideia de considerar a vida matrimonial sobretudo como uma vida a dois do casal. Quando esta vida não corre bem, a relação esfria, azeda-se e pode chegar a romper-se. Nesta perspectiva, procura-se a causa no modo de ser do outro cônjuge. Deste modo, pode-se ser levado a atribuir como causa de nulidade do casamento o desconhecimento do outro («não sabia que era assim»), os maus tratos, a pouca dedicação à família (pelo trabalho ou pelas amizades), a infidelidade.
Estas queixas podem ser indícios de causas de nulidade, mas por si não a determinam necessariamente.

5. Pretende-se que o processo matrimonial na primeira instância de julgamento não demore mais de um ano. No entanto, no momento em que se entrega a petição para a declaração de nulidade, os membros do Tribunal encontram-se ocupados com outros processos, pelo que a petição terá de esperar a sua vez. Isto significa que o início do processo pode tardar algum tempo. Para evitar discriminações, segue-se rigorosamente a ordem de entrega da petição no Tribunal.
Apesar do esforço dos membros do Tribunal, o processo depois de iniciado pode demorar mais de um ano, sobretudo quando se requer ouvir o parecer de peritos. Normalmente, é necessária a apelação ao Tribunal de segunda instância, onde se procura que não demore mais de seis meses.

6. O processo matrimonial começa quando o Vigário Judicial nomeia o Tribunal colegial, de três juízes, um dos quais assume o ofício de instruir ou dirigir a causa e no fim será o Relator, propondo a decisão. A petição apresentada por um dos cônjuges é dada a conhecer ao outro cônjuge, para que possa pronunciar-se, aceitando ou discordando da petição ou dos motivos invocados.
Seguidamente, o juiz determina a questão, ou seja, os pontos que devem ser estudados em vista à decisão; e procede-se a ouvir separadamente, primeiro cada um dos cônjuges – as partes –, e depois as testemunhas por eles apresentadas, especialmente os pais, irmãos e outros que tenham conhecimento dos factos na altura do casamento. Os cônjuges podem ser assistidos pelos seus respectivos advogados, que devem ser peritos conhecedores do Direito da Igreja e admitidos pelo Tribunal. Se o caso assim o requerer, a pedido de um dos cônjuges ou por iniciativa do próprio juiz, podem ser ouvidos também peritos para esclarecerem alguma questão médica, etc.
Terminado este período de depoimentos e de provas, o Tribunal facilita todo o processo aos cônjuges e seus advogados, para que cada uma das duas partes apresente alegações em apoio da sua posição. Como o casamento é uma situação de importância na vida da Igreja, o Tribunal confia a defesa da sua validade ao Defensor do Vínculo – oficio análogo ao do Promotor de Justiça nos processos criminais – que acompanha o processo desde o início e se pronuncia depois de recebidas as alegações das partes.
Finalmente, o Tribunal colegial reúne-se para decidir os pontos em questão, concluindo ou não pela nulidade do casamento. A apelação da sentença, por parte de um dos cônjuges ou por decreto do juiz, é feita ao Tribunal de segunda instância.

7. Pelo conhecimento que tenho, julgo que em Portugal os Tribunais eclesiásticos são equilibrados nas suas decisões. Nalguns outros países, ouve-se falar de excessivas declarações de nulidade, ao ponto de a Santa Sé ter chamado a atenção nalgum caso.

8. Na maioria dos casos, as pessoas que introduzem nos Tribunais eclesiásticos a petição para a declaração de nulidade do seu casamento são pessoas que se encontram divorciadas civilmente e desejam estabelecer nova união matrimonial com uma pessoa católica praticante. A declaração de nulidade já permitiria celebrar casamento católico.
Também não deixa de haver algum caso em que a pessoa se sente insatisfeita pelo modo estranho como terminou o seu casamento e deseja o juízo esclarecedor da Igreja para recuperar a paz da sua consciência.

9. Naturalmente, as pessoas que vivem com normalidade o seu casamento, não têm interesse imediato pelas condições de possibilidade de nulidade dos matrimónios; também não estão interessadas as pessoas que, mesmo com dificuldades, querem defender a existência do seu casamento.
De todos os modos, é importante dar a conhecer essas condições, assim como é importante dar a conhecer as condições para que o casamento seja digno e feliz. Caso contrário, ao ventilar-se erroneamente que a Igreja agora já anula os casamentos, podia acontecer que, num momento de crise, um dos cônjuges não se esforçasse em superá-la e, pelo contrário, pensasse logo na solução mais cómoda, que é deixar fracassar, com vista a experimentar nova oportunidade.

10. Como ficou dito, o direito canónico matrimonial foi-se desenvolvendo à medida que foram surgindo os problemas com o casamento e a autoridade eclesiástica – Bispos e Papa – se foi pronunciando sobre a sua solução, a favor ou não da nulidade.
Não são as leis que fazem ou desfazem os casamentos. As leis são dadas posteriormente à vivência na Igreja, para garantir os casamentos válidos e alertar para os casos em que há irregularidades insanáveis. Por isso, as leis devem ir aperfeiçoando-se, sempre em relação com a indissolubilidade do matrimónio sacramental e a natureza ferida do homem, conforme nos ensina a antropologia cristã.
O importante é a capacidade dos juízes eclesiásticos para darem a resposta acertada aos problemas que surgem. Podem fazê-lo com as leis em vigor, usando mais ou menos subtileza. Sabem que defendem o matrimónio cristão, quer quando afirmam a sua validade, quer quando reconhecem as suas irregularidades. Como dizia Bento XVI, «uma solução contra a verdade não é uma solução pastoral».

11. Actualmente, com a evolução da mentalidade contemporânea que penetrou na Igreja, o matrimónio é visto mais como satisfação individual do que como dedicação ao outro. Podia parecer que a resposta da Igreja fosse facilitar o reconhecimento da nulidade do casamento fracassado, para dar aos cônjuges uma nova oportunidade de refazer a vida matrimonial. Aliás é o que vem fazendo a sociedade civil com o divórcio, e as consequências são a multiplicação dos divórcios, o traumatismo dos filhos, a perda de estabilidade da família, a diminuição da natalidade, etc.
Tem-se dito que a actual crise da família é antes uma crise do matrimónio. Parece ter-se perdido o ideal do matrimónio como união íntima de amor e de dedicação sacrificada do homem e da mulher, capaz de resistir à fragilidade humana e aos assaltos do ambiente.

Doutor Miguel Falcão, in Revista Celebração Litúrgica (2008). n. 6, Outubro-Novembro

Texto de colaboração para a elaboração do trabalho publicado pela jornalista Rita Bruno na revista «Família Cristã» (Março de 2008)



TRIBUNAL ECLESIÁSTICO DA GUARDA: email

sábado, janeiro 10, 2009

Passados 11 anos... a neve pintou o concelho de Celorico da Beira de branco



Envie-me fotos da neve para o email cmgh@sapo.pt

segunda-feira, janeiro 05, 2009

“Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?”

Os Magos do Oriente, antes de chegarem a Jerusalém e baterem à porta de Herodes, já tinham empreendido uma longa viagem, percorrido um caminho difícil, através do árido deserto. Isto, porque tinham sido misteriosamente informados sobre o nascimento do rei dos judeus. Os Magos intuíram que aquele rei dos judeus era diferente de todos os outros reis e que tinha também alguma coisa a ver com eles. Por isso, sentiram-se impelidos a deixar as suas terras e ir ao seu o encontro para o adorarem.
Sabem que se trata de um rei diferente. Pressentem que o seu nascimento na terra de Israel se insere dentro dos desígnios de Deus. Mais, aquele rei é portador de algo de extraordinário para toda a humanidade.
No entanto, ainda não sabem bem em concreto quem Ele é, e muito menos sabem onde está, o lugar onde encontrá-lo.
Herodes, o rei dos judeus, é colhido de surpresa pela pergunta dos Magos. Ele nem sequer sabe que tinha nascido tal rei no seu território. Os reis mandam muito mas não sabem tudo. Eles não sabem nem querem saber o que se passa nas casas dos pobres, muito menos o que acontece nas grutas dos animais. Deste modo, escapam-lhes coisas importantes, ficam à margem de grandes acontecimentos da história. Neste caso, o mais importante nascimento da história da humanidade.
Herodes, perturbado por imaginar que este rei recém-nascido vem pôr em causa o seu lugar, pergunta aos escribas onde, segundo as Escrituras, devia nascer o Messias. Herodes intui que aquele rei dos judeus, que os Magos procuram e que os fez vir de tão longe, é o Messias esperado pelo povo de Israel.
O Messias, segundo o profeta Miqueias, devia nascer na humilde cidade de Belém. Agora, guiados pela palavra de Deus (esta torna-se na verdadeira estrela que os conduz) chegam até Jesus, o rei dos judeus que eles procuravam. Podem vê-lo, adorá-lo e oferecer-lhe os seus presentes.
Depois, radicalmente transformados, voltam à sua terra por outro caminho. No caminho de regresso, a estrela que os ilumina é o próprio Jesus. Na verdade, Jesus é “a luz verdadeira que, ao vir a este mundo, a todo o homem ilumina”.
Jesus revela-se àqueles homens do oriente, homens que não pertenciam ao povo judeu. Deste modo, Jesus prova que Ele veio para todos os povos. Ele não é apenas o rei dos judeus, mas é o Salvador de todos os homens. Deus não exclui ninguém do seu amor, o seu projecto de salvação abrange todos os povos e estende-se a todos os tempos da história.
Através dos Magos, a salvação de Deus começa a chegar a todo o mundo. Através deles, a luz de Cristo começa a chegar aos confins da terra.
“Onde está…?” Afinal quem é este rei dos judeus?
As duas perguntas são indissociáveis. Só quem sabe alguma coisa sobre Jesus é que sente curiosidade em saber mais sobre Ele. Esse procura-o com interesse e perseverança. E só quem o encontra se aproxima da verdade, ficando a saber quem Ele realmente é.
Queres saber onde encontrar hoje Jesus? Queres que Ele faça brilhar em ti a luz da sua verdade e faça sentir em ti o poder do seu amor? Estás mesmo disponível para esse encontro pessoal e real com Jesus, e para as consequentes mudanças que Ele vai exigir de ti? Estás mesmo disposto a mudar de caminho, a fazer de Jesus, da sua palavra e da sua vida, o novo caminho da tua vida?
Se tens estas disposições interiores, então ouve com atenção, porque vou dizer-te onde se encontra Jesus, onde Ele espera por ti, onde Ele está ao teu alcance.
  • Jesus está presente na sua Igreja. Ele prometeu ficar com os seus até ao fim dos tempos.
  • Podes encontrá-lo e escutá-lo no Evangelho proclamado ou na leitura pessoal da Escritura;
  • podes encontrá-lo e recebê-lo na Eucaristia;
  • podes vê-lo e amá-lo nos irmãos que te rodeiam;
  • podes encontrá-lo e oferecer-lhe presentes em que precisa (nos pobres e nos doentes, nos tristes e infelizes, nos que estão sós e abandonados, nos desprotegidos e excluídos).

Se empreenderes esta procura espiritual, se te deres a estes encontros com Jesus, se te deixares tocar por Ele, então descobrirás melhor quem Ele é e como Ele é importante e vantajoso para ti e para a vida do mundo. Então, sentirás um forte desejo, mais, uma necessidade incontida de dares testemunho dele e de O levares até àqueles que ainda O não conhecem. Então, também através de ti, muitos, ou pelo menos alguns, virão para louvar e adorar o Senhor. Assim, continuará a marcha do Senhor até ao coração de todos os homens.
Acreditas o suficiente em Jesus ao ponto de considerares que os outros também têm o direito de O conhecerem e a necessidade de acreditarem nele?

Sentes fascínio por Jesus ao ponto de te sentires impelido a partilhar a tua experiência com aqueles que te rodeiam?

O amor que sentes por Jesus, torna verdadeiramente universal o teu coração?

Acreditas e conheces Jesus ao ponto de o desejares conhecer melhor e de entrar mais na sua intimidade?

A tua vida manifesta Jesus ao ponto de as pessoas o poderem encontrar em ti?

sábado, janeiro 03, 2009