Informações diversas e actuais a respeito da paróquia de FORNOTELHEIRO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

quinta-feira, novembro 02, 2006

Romagem ao Cemitério

Viemos, hoje, mais uma vez, até ao cemitério movidos pela fé e pelo amor. Pela fé, porque acreditamos que os nossos familiares e amigos defuntos continuam vivos junto de Deus. Nós acreditamos que a vida do homem se prolonga na eternidade de Deus. Movidos pelo amor, pois sentimos ainda a gratidão por tudo o que recebemos deles enquanto viveram connosco nesta terra. Sentimo-los presentes na nossa vida e vivemos em comunhão com eles.
É esta fé e este amor que nos impele a rezar por eles e a colocar sobre as suas campas algumas flores. O amor que sobrevive à morte confirma a sinceridade do amor que lhes dedicámos durante a vida. Estes gestos só têm realmente razão de ser e verdadeiro sentido na medida em que correspondem ao afecto e ao bem que lhes fizemos em vida.
Ninguém deve estar aqui apenas porque sempre assim foi ou porque senão parece mal. O que realmente parece mal é não ser sincero e coerente; é não agir de acordo com as nossas convicções e os nossos mais íntimos sentimentos.

A nossa presença neste lugar deve levar-nos a tomar consciência de que também nós somos mortais. Não temos morada permanente nesta terra. Nem o cemitério é a nossa última morada. São Paulo lembra-nos que Deus nos tem preparada no Céu uma habitação eterna. Essa habitação é que será a nossa última morada. Nessa morada seremos plenamente felizes, porque veremos Deus tal como Ele é.
Neste lugar, onde somos tentados a fixar a nossa atenção nos aspectos mais dramáticos e angustiantes da morte, levantemos os olhos para o alto, olhemos para o mais além. Aqui e hoje, acordemos para o sentido da vida, abrindo o nosso coração a Deus e ao sonho da vida eterna.
Aqui e hoje, neste lugar onde não há lugar para ilusões e vaidade, comprometamo-nos a viver coerentemente a nossa fé, deixando-nos guiar sempre pela palavra viva de Deus.