Informações diversas e actuais a respeito da paróquia de FORNOTELHEIRO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

quinta-feira, março 19, 2009

Joseph´s Song (A canção de S. José) - Michael Card




Deus escolheu José, um homem descendente de David, para esposo de Maria e pai de Jesus. Toda a mãe precisa de um marido e todo o filho precisa de um pai!
Ainda que hoje se diga e defenda o contrário, esta não deixa de ser uma verdade válida para todos os tempos. Opõem-se e pretendem impor a sua “verdade” (de que não é relevante ter marido ou esposa para ser mãe ou pai) aqueles que pensam como vivem por não terem a coragem de viver como deveriam pensar.
Deus não escolheu um homem rico nem da alta sociedade do seu tempo. Escolheu um homem simples e humilde, um cidadão anónimo da cidade de Nazaré. Escolheu José porque era justo e piedoso, um homem que acreditavam em Deus e esperava “a salvação de Israel”. Um critério semelhante tinha seguido Deus na escolha de Maria. Não olhou para a sua condição ou estatuto social. Escolheu-a porque “cheia de graça” e totalmente disponível para aceitar e cumprir a sua vontade.
Aos olhos de Deus, o homem e a mulher valem, não pelos lu-gares que ocupam, os títulos que recebem, as casa que habitam, mas pelo que vale o seu coração – a intensidade e a verdade do seu amor. Os critérios de Deus são diferentes, e ainda bem, dos critérios dos homens.
José, depois de esclarecido pelo Anjo, aceita a proposta de Deus: primeiro, recebeu Maria como sua esposa. Depois, quando o Menino nasceu, pôs-lhe o nome de Jesus. Dar o nome ao filho era uma atribuição do pai, um acto de reconhecimento e de aceitação da criança como seu verdadeiro filho.

Os pais, enquanto pais, nascem com os filhos, no sentido de que sem filhos não há pais.
Mas estes só nascem como pais, quando:
  • neles existe um amor tão forte e criador que os leva a partilhar totalmente o seu ser e a sua vida.
  • esse amor, por ser tão intenso, os leva a sobrepor a vida dos filhos à sua própria vida, ou seja, quando põem o bem dos filhos acima do seu próprio bem.
  • Por isso mesmo, ser pai é muito mais, incomparavelmente mais, do que gerar filhos. Nem todos aqueles que os geram estão preparados ou dispostos a ser pais, isto é, a pagar o elevado preço por tão inestimável graça.

O amor paterno de José manifesta-se genuíno e inques-tionável. Em Nazaré, ninguém sabia que ele não era o pai biológico de Jesus. E o facto de ninguém ter levantado qualquer suspeita é prova de que José exerceu a sua paternidade com toda a normalidade, de um modo irrepreensível, como um pai dedicado, afectuoso e empenhado.

Os Evangelhos (Mateus e Lucas) dizem-nos que ele toma parte, como verdadeiro pai e sempre ao lado de Maria, em todos os momentos da vida de Jesus: a apresentação de Jesus (cumprindo a lei do Senhor relativa aos filhos primogénitos), a fuga para o Egipto (para salvar a vida de Jesus, uma vez que Herodes lhe queria dar a morte), a participação na celebração da festa anual da Páscoa (introduzindo-o na vida religiosa do povo), a procura de Jesus, quando este ficou no templo de Jerusalém.

Deste modo, José contribui, e de um modo determinante, para que Jesus crescesse “em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens”(Lc 2,52).
Esta é a missão e deve ser o objectivo de todos os verdadeiros pais: que os filhos cresçam se desenvolvam harmoniosamente, tendo presente a pessoa humana no seu todo, a sua dimensão corporal, psicológica, intelectual e espiritual.

3. Neste dia em que celebramos a Festa de São José, lembramos os nossos pais, manifestando-nos particularmente agradecidos por tudo o que eles fizeram e fazem por nós.
• Sentimos que os pais são o dom mais excelente e maravilhoso que recebemos de Deus, que também é Pai e Mãe.
• Estamos gratos aos pais porque nos deram a vida, nos garantem (ou garantiram), com tanto amor e sacrifício, todos os bens fundamentais ao nosso desenvolvimento humano
• e, acima de tudo, porque eles nos introduziram, partilhando connosco as suas crenças e os seus valores, no mistério de Deus e no mistério da vida.

Muitos filhos mereciam ter pais melhores.
Pode ser pouco simpático dizê-lo, mas é verdade. E muitos filhos, se não são melhores, deve-se, em grande parte, aos pais que têm. Sim, muitos pais demitem-se ou desistem de o ser.
• Muitos não têm tempo para os filhos. E, quando falta o tempo, é sinal que começa a faltar o amor. Então, os pais re-compensam o pouco amor com a oferta de muitas coisas. Por isso mesmo, sentem necessidade de lhes dizer muitas vezes que os amam muito. Eles bem sabem que os filhos têm razões para desconfiar da autenticidade desse amor.
• Muitos revelam-se mestres desautorizados dos filhos, no campo dos valores e dos princípios, porque lhes falta a coe-rência e o testemunho de vida.
• Muitos até chegam a trocar os filhos pela paixão cega de um momento.

Os pais (pai e mãe) são a maior riqueza dos filhos.

  • Quando eles faltam na sua missão, não há nada nem ninguém que os possa substituir.
  • Quando o egoísmo dos pais se sobrepõe ao bem dos filhos, ninguém consegue reparar o dano que eles provocam nas suas vidas. A certeza de que alguém é nosso pai não nos pode vir do Bilhete de Identidade. Mas, antes, do amor incondicional que eles nos dedicam e dos sacrifícios que são capazes de fazer por nós.
  • E nós também temos o dever de mostrar aos nosso pais que nos sentimos seus verdadeiros filhos, e eles devem puder dar conta disso, pelo respeito que lhe temos ao logo de toda a vida, pelo amor com que os tratamos, principalmente, na doença ou velhice, e pela grata lembrança que conservamos deles após a sua morte.

Peçamos a Deus, Pai de todos os homens, por intercessão de São José, Pai de Jesus, que conceda a todos os pais a graça de compreenderem a grandeza e o alcance da sua missão e, ao mesmo tempo, a força para a realizarem fielmente e com alegria.