Informações diversas e actuais a respeito da paróquia de FORNOTELHEIRO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

sábado, março 31, 2007

DOMINGO DE RAMOS: “Não praticou nada que mereça a morte”.

Apesar de não ter encontrado “nele nenhum motivo de morte”, ou seja, apesar de plenamente convencido da sua inocência, Pilatos, para contentar os príncipes dos sacerdotes e os chefes do povo e para evitar que estes amotinassem o povo contra ele, condena Jesus à morte.

Aqueles que acusam Jesus bem sabem que O acusam injustamente. E aquele que O condena à morte sabe bem que Jesus está inocente. Eles bem sabem que estão a faltar à verdade e a agir contra a sua própria consciência. Mas para eles vale bem pouco a verdade e a consciência, quando estão em jogo os seus interesses e os seus direitos adquiridos.

Aqueles que pedem a sua morte, fazem-no porque:
• se sentem incomodados com Jesus, com a verdade que Ele anuncia e com o projecto de vida que ele lhes propõe;
• sentem que Jesus põe em causa as suas crenças e tradições religiosas, a sua visão de Deus e do homem, a sua visão do mundo e da sociedade, as suas certezas e seguranças humanas.

Por sua vez, Pilatos condena Jesus:
• para não ser perturbado por aqueles que se sentem ameaçados por Ele;
• para manter o poder e os seus privilégios;
• para não ter que mudar os seus horizontes e perspectivas existenciais;
• para não ter que reconhecer os seus limites e deveres diante dos direitos dos outros, o homem é capaz e chega a matar um inocente.
Neste caso, o inocente não é um homem qualquer. O inocente a quem dão a morte é o Messias, o Filho de Deus.

No entanto, na hora daquela cegueira humana, houve um homem, conhecido como o bom ladrão, que reconheceu e testemunhou em favor da inocência de Jesus: “Ele nada praticou de condenável”. A intuição e a confissão deste homem (sinal da sua conversão e do seu arrependimento) valem-lhe, à última hora, a sua salvação. Na verdade, Jesus garante-lhe: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.

O Domingo de Ramos e da Paixão, nos dois episódios que evoca e celebra, revela bem a flagrante contradição do ser humano.

Na sua entrada em Jerusalém, uma multidão ruidosa e entusiasta aclama Jesus como o descendente de David, Aquele que vem em nome do Senhor. Alguns dias mais tarde, também uma multidão ruidosa, manipulada pelos seus chefes religiosos, exige de Pilatos a crucifixão e a morte de Jesus.

Quiseram Jesus, andaram com Ele e estiveram ao seu lado, quando:
• Jesus lhes matou a fome, multiplicando os pães;
• Jesus lhes contava parábolas e proferia discursos que lhes agradavam;
• realizava milagres e obras extraordinárias;
• iludidos, pensaram que Jesus viria libertar o povo de Israel do domínio romano.

Porém, na hora da verdade, na hora em que eles deviam tomar partido pela verdade, na hora em que deviam testemunhar a seu favor, quase todos O abandonaram ou depuseram contra Ele. Nessa hora, a hora decisiva da sua missão, Jesus sentiu, mais do que qualquer outra, a dor da incompreensão e da ingratidão dos homens. Muitos seguiram Jesus e andaram com Ele, mas não chegaram a acreditar nele, não O reconheceram nem O acolheram como Aquele que Deus enviou para os salvar.

E nós, de que lado estamos? Estamos dispostos a aceitar Jesus na sua verdadeira identidade, a aderir à verdade que Ele nos ensina e a abraçar o projecto de vida que Ele nos propõe? Ou também O rejeitamos, condenamos e esquecemos, quando e naquilo que o seu Evangelho nos incomoda, exigindo uma mudança profunda na nossa vida?

• Se não queremos ou não consentimos que Jesus mude a nossa vida, damos a entender que não queremos que Ele nos salve (não queremos Jesus para nos salvar);
• se não aceitamos a verdade de Jesus, quando ela nos dói, é porque ainda não acreditamos verdadeiramente nele;
• se só o seguimos quando nos convém, então não somos seus verdadeiros discípulos. Usamos o seu nome, mas não sentimos que lhe pertencemos.

No entanto, nós pertencemos ao Senhor. Ele adquiriu-nos com o preço do seu sangue, resgatou-nos com o preço da sua vida. E Jesus não deu a sua vida para ficar tudo na mesma. Não há salvação onde e naqueles em que tudo fica na mesma.

A salvação só acontece em nós, se nos deixarmos cativar e seduzir, transformar e renovar, iluminar e conduzir por Jesus, fazendo dele o Caminho e a Verdade da nossa vida. Tudo o resto (poderá não ser simpático dizê-lo nem agradável ouvi-lo) é pura perda de tempo, é tornar inútil a morte de Cristo.

quarta-feira, março 28, 2007

Domingo de Ramos



BÊNÇÃO DOS RAMOS e EUCARISTIA
Administração comunitária da Santa Unção
Estação - 18.00 h
Fornotelheiro - 13. 00 h

A minha Semana Santa

Olá amigo! Ponho-me de novo em contacto contigo. Já notaste que me agrada comunicar-me. Terás notado que durante a minha vida terrena eu nunca escrevi nada. É verdade que frequentei a escola, onde aprendi a ler e escrever. Escrevi até muitos pergaminhos sobre textos sagrados.

Mas nada disso se conservou. Durante a minha vida pública gostava de falar e de falar muito, porque já sabes que sou o Verbo, a Palavra do Pai. E os meus discípulos já se encarregaram de escrever parte do que eu disse e fiz, e isso podes encontrá-lo nos Evangelhos. Só uma vez, quando queriam apedrejar uma pobre mulher, surpreendida em adultério, diante da gritaria daquelas pessoas e das perguntas maldosas, inclinei-me e escrevi umas palavras no chão.

Foi apenas um sinal, uma mensagem de amor. Mas logo se apagaram com o pisar das pessoas. Pelos menos parece que ficaram gravadas nos seus corações, pois não fizeram nada contra aquela pobre mulher. Somos muito duros na hora de julgar, e custa-nos muito perdoar.


Hoje desejaria fala-te da MINHA SEMANA SANTA.

Sim, esta semana podemos considerá-la mais minha que as outras, já que vou celebrar com os meus amigos acontecimentos muito importantes da minha vida e de todos os que me seguem. Nesses dias, em quase todos os povos, levam-me para as ruas com uma imensa variedade de imagens. Vou ocupar, infelizmente, o centro de muitos olhares, vou ser o protagonista.

A mesma coisa que aconteceu naquela semana da minha Paixão e Morte. Também fui o centro de muitos olhares. Alguns partilharam comigo certos acontecimentos, não todos. Outros apenas contemplavam-me calados. Outros planiavam o modo de me eliminar. A massa, desconcertada, deixou-se levar pelos de sempre. Realmente foi uma semana de alegrias e de dores profundas. Entrei alegre em Jerusalém, a cidade sagrada, e acompanhava-me uma grande multidão com palmas e ramos de oliveira. Celebrei a Última Ceia com meus Apóstolos num ambiente íntimo, profundo, tenso... Falei muito de amor, de fraternidade, de unidade.

- Ali fiz a minha maior loucura de amor: o milagre da Eucaristia dando aos sacerdotes o poder de consagrar para estar sempre convosco.

- Ali quis dar uma lição concreta de humildade e serviço, lavando os pés aos meus amigos.

-Ali insisti muito que o mandamento principal do cristão, do filho de Deus é o amor...

- E ali provei a dor profunda da traição de um dos meus.


Assim são as coisas humanas. E assim é o respeito que meu Pai e Eu temos pela liberdade dos homens.

Veio aquela dramática oração no Jardim das Oliveiras... E tudo o que tu já sabes. Já podes imaginar a dor moral e física para um Coração que só queria amar o homem e salvá-lo do pecado. E o homem, os homens, não aceitaram os planos de Deus. Nesta semana santa, vamos recordar outra vez todos aqueles acontecimentos, mas desejaria que os recordasses com um sentimento de gratidão à Vontade do Pai. Não se trata de que me exibam em cruzes e cenas comoventes para provocar sentimentalismo.

Desejaria que a Semana Santa servisse para compreender a gravidade do Pecado, o estrago que faz no homem, e o que supõe de ofensa ao Plano de Deus. Foi precisamente o pecado que provocou tudo o que nestes dias vamos recordar e celebrar. Mas, eu dir-te-ia mais, que desejaria que esta semana santa servisse também para compreender como é grande a misericórdia de Deus. O muito que amamos o homem, a nossa imagem.

Sim, grava bem no teu coração: tudo o que eu fiz, isso que se vai recordar tantas vezes pelas ruas e praças nestes dias, foi por ti, e por todos. Pelos que me conhecem e me traem, e pelos que não têm a mínima ideia de quem sou eu. Não me importa. Eu amo-os a todos. Eu quero-os a todos. Não gostaria de servir de espectáculo para que nestes dias se divirtam os que não pensam como eu, os que não se recordam nunca de mim.

Eu te escrevo para te pedir uma coisa: se queres de verdade dar-me uma alegria, ajuda-me a levar a cruz pesada dos pecados e aberrações que hoje se cometem impunemente, e que estão destruindo a pessoa humana.

Dói-me, mas vamos conquistar o coração dos que andae afastados, dos que olham indiferentes, dos que se divertem, dos que riem, dos que negoceiam... Eu quero consolar e agradecer os sentimentos bons daqueles que sabem valorizar o que o Pai, o Filho e o Espírito Santo fazem para servi-los e ajudá-los a serem melhores.

Desejaria que esta Semana Santa fosse de verdade Santa. Vem junto de mim, ao meu lado e vamos percorrer juntos o caminho do Calvário. Depois ver-nos-emos na Ressurreição para juntos nos alegrarmos. Um abraço. Não me abandones.

- O teu amigo JESUS.

sábado, março 24, 2007

HORÁRIOS - Domingo de Ramos

Dia 31 - Eucaristia - Estação - 18.00 h (Celebração com Benção dos Ramos e Unção comunitaria dos Doentes)
Dia 01 - Eucaristia - Fornotelheiro - 13.00 h (Celebração com Benção dos Ramos e Unção comunitaria dos Doentes)
OBS:
  • O Dia Mundial da Juventude, este ano, será em Celorico da Beira. Início às 10.oo h e Eucaristia em Santa Maria ao 12.00h.
  • Peditório - Renuncia Quaresmal.

Jesus, na sua relação com a mulher adultera, mostra-nos o amor misericordioso do nosso Deus

No domingo passado, Jesus apresentou-nos Deus como um Pai rico em misericórdia, um Deus que, sem qualquer ressentimento, corre ao encontro do pecador arrependido, o acolhe de novo na sua família, alegra-se com o seu regresso e faz uma grande festa para celebrar o reencontro. Um Deus que, apesar das contínuas e graves infidelidades do homem, não desiste de o amar!
Este Deus, assim revelado por Jesus, é o único Deus que existe, o único Deus no qual vale a pena acreditar, o único Deus que convém ao homem. Sim, neste Deus eu posso e devo acreditar. Este Deus é necessário e vantajoso para mim!

Hoje, Jesus mostra e comprova o amor misericordioso de Deus, através da sua atitude em relação à mulher adúltera.
  • Os escribas e os fariseus, invocando a lei de Moisés, pedem e esperam que aquela mulher seja apedrejada até à morte. Presos à interpretação humana da lei de Deus, eles fixam-se apenas na transgressão e no pecado da mulher, sem lhe reconhecerem qualquer direito e sem sentirem por ela qualquer compaixão. Eles pensam, mas erradamente, que a única solução está em cumprir a lei, dando-lhe a morte, como se alguma vez a morte de alguém constituísse a verdadeira solução para algum problema!

    • Jesus sabe que a mulher transgrediu a lei de Deus: “não cometerás adultério”. Trata-se de uma transgressão grave, pois atentou contra a fidelidade e a dignidade do amor e da família. No entanto, Jesus sabe e reconhece que a pessoa vale mais do que a lei. Mesmo a lei de Deus é proposta para proteger e dignificar o homem (ou seja, está ao serviço da pessoa humana, é uma lei ao serviço da vida e não da morte).

    • Por isso mesmo, Jesus parece não dar ouvidos às palavras e às pretensões dos escribas e fariseus. Antes, concentra a sua atenção na mulher e tenta compreender a sua situação. Assim, sem que aprove a sua conduta, Jesus não a humilha nem a condena.

    • Jesus tem plena consciência que veio ao mundo dos homens para curar os que estão doentes, para procurar os que andam perdidos, para perdoar aos pecadores, para salvar e não condenar aquela mulher! Não admira, pois, que Jesus sinta compaixão por ela e lhe manifeste a compaixão de Deus, perdoando-lhe o seu pecado!

    • O perdão de Jesus comporta necessariamente uma exigência: “não tornes a pecar”. O perdão exige uma vida nova, um novo projecto e um novo compromisso de vida. Jesus perdoa para dar uma nova possibilidade à mulher, para que ela possa retomar a vida de cabeça levantada, com esperança e com alegria.

    • Aquela mulher, usada e desprezada pelos homens, sente-se amada e respeitada por Jesus. Aquele encontro e a experiência que fez do amor de Deus mudaram completamente a sua vida.

Graças à atitude de Jesus, descobriu que afinal, contrariamente ao que ensinavam e defendiam os fariseus e os escribas, o nosso Deus é um Deus

  • compreensivo e amigo dos homens;
  • que tem no amor e no perdão a solução para os pecados dos homens;
  • que levanta do chão e abre as portas do futuro;
  • que reaviva e torna consistentes os sonhos e os ideais;
  • que efectivamente liberta e salva;
  • que respeita, serve e convém ao homem!

segunda-feira, março 19, 2007

O SIM de S. José

Olhemos agora para S. José, retirando para a nossa vida alguns aspectos concretos:

S. José, ao longo da sua vida terrena, não viveu a Eucaristia. Contudo, acolheu Jesus, educou-o na fé no Deus único e verdadeiro, trabalhou para sustentar a Sagrada Família de Nazaré. Por isso, pelo empenho e esforço de S. José criaram-se condições para Jesus crescer em sabedoria e em graça diante de Deus e dos Homens para no momento certo instituir a Sagrada Eucaristia, o Maior de todos os Sacramentos.
S. José foi um “percursor” da Eucaristia, a seu exemplo devemos ser também discípulos comprometidos pela Eucaristia. Tornarmos a Eucaristia o centro da nossa vida cristã, S. José também fez de Jesus o centro da sua vida. Que pelo nosso exemplo de verdadeiros discípulos da Eucaristia muitos homens e mulheres se aproximem da comunhão do Corpo e Sangue de Jesus, fazendo Dele e da Sua Palavra o centro das suas vidas.

S. José, como nos fazia reflectir o salmo, saboreou como o Senhor é bom. A sua vida foi uma intensa experiência com o Deus da Vida. Viveu em intimidade com Jesus: contemplou o Seu nascimento, fugiu com Ele e Maria para o Egipto a fim de o livrar da morte que Herodes lhe queria dar, fazia com Ele peregrinações a Jerusalém: no fundo viu-o nascer e crescer.
Com toda esta dedicação a Jesus, S. José dá-nos o exemplo para que nós também entreguemos as nossas vidas a Deus. Amemo-lo do fundo do nosso coração com todas as nossas forças. Por outro lado, nunca nos cansemos de trabalhar nas coisas de Deus: o Espírito Santo dar-nos-á sempre força para estarmos ao serviço de Deus e dos irmãos.


O SIM que Maria deu a Deus foi importante, no entanto S. José também soube dar o seu SIM a Deus. Ele era tão justo, que ao saber da gravidez de Maria por obra do Espírito Santo, pensou em repudiar/abandonar Maria. Não o fez inspirado por Deus em sonhos. Se S. José tivesse repudiado Nossa Senhora, ela poderia ser apedrejada segundo a Lei daquele tempo e Cristo não nasceria.
Vemos no SIM de S. José, conforme nos diz a 2ª leitura, que nos foi possibilitado tornarmo-nos novas criaturas. O SIM de S. José permite que Jesus cresça e chegado o momento desse a vida por nos no Calvário. Desta forma, o SIM de S. José ajudou a renovar a terra inteira, a que nós nos pudéssemos reconciliar com o Pai dos Céus e sermos Justiça de Deus. Aprendamos de S. José também a dar o nosso SIM a Deus para que possa haver muitos homens e mulheres nesta Quaresma a reconciliarem-se com Deus e a voltarem à Casa do Pai.


Deus serve-se de pessoas simples para uma grande missão: assim, aconteceu com S. José – Deus confia-lhe a missão de ser o pai adoptivo de Jesus. Quando Jesus fica perdido no Templo entre os doutores, José vai ao encontro do Filho, não desiste enquanto não o encontra. Depois do regresso, diz-nos o Evangelho, que Jesus lhes era submisso. Aqui está a perfeita relação entre pai e filho.
Que este exemplo: ajude os pais de hoje a “procurarem” os seus filhos por vezes perdidos em mundos de destruição de vidas; e que os filhos saibam respeitar os pais, lhe sejam submissos, lhe deão o respeito e o carinho que merecem.
Que S. José se lembre de cada um de nós, nos ajude a ser mais cristãos e a ser coerentes com a fé que professamos.
Gilberto

terça-feira, março 13, 2007

sexta-feira, março 09, 2007

A confissão

Sabemos que há por parte de muitos cristãos uma grande dificuldade de se reconhecer pecador. Pelo menos perante os outros. O que é certo é que Jesus falou muitas vezes na necessidade dos seus ouvintes se arrependerem e deixarem o pecado. Se não – ouvimos no Evangelho do próximo Domingo – morrereis todos de maneira semelhante, isto é, em pecado.


S. João Evangelista escreve na sua primeira carta, que faz parte do Novo Testamento, o seguinte:
"Se dissermos que não temos pecados, somos mentirosos e enganamo-nos a nós mesmos. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar e purificar de toda a iniquidade".

Cristo exerceu, durante a Sua vida pública, o poder de perdoar os pecados e deu esse poder aos Apóstolos: "Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados, a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".

No entanto, há hoje por parte de muitos cristãos uma rejeição da confissão.
  • Ora a confissão dos pecados (acusação), mesmo do ponto de vista simplesmente humano, liberta-nos e facilita nossa reconciliação com os outros.
  • Pela acusação, o homem encara de frente os pecados dos quais se tornou culpado: assume a responsabilidade deles e, assim, abre-se de novo a Deus e à comunhão da Igreja, a fim de tornar possível um futuro novo.
  • A declaração dos pecados ao sacerdote constitui uma parte essencial do sacramento da penitência: "os penitentes devem, na confissão, enumerar todos os pecados mortais de que têm consciência depois de examinar-se seriamente, mesmo que esses pecados sejam muito secretos e tenham sido cometidos somente contra os dois últimos preceitos do decálogo, pois às vezes esses pecados ferem gravemente a alma e são mais prejudiciais do que os outros que foram cometidos à vista e conhecimento de todos". (Catecismo nº. 1455, 1456).

O Novo Testamento diz-nos que, quando João Baptista estava a baptizar no rio Jordão, vinham pessoas de todos os lados e de todas as classes e confessavam publicamente os seus pecados.

Nos termos da doutrina da Igreja "a confissão individual e íntegra e a absolvição constituem o único modo ordinário pelo qual o fiel, consciente de pecado grave, se reconcilia com Deus e com a Igreja" (D. C. – cânone 961 § 1)

domingo, março 04, 2007

"Olha para o Céu...", porque "a nossa pátria está nos céus".

O cristão vive na terra, mas o seu olhar dirige-se para o Céu. O cristão levanta os seus olhos para os céus para contemplar o próprio Deus, pois, “os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”.
O cristão olha para o alto porque sabe e sente que não é apenas pó da terra, mas é também, e acima de tudo, sopro divino, isto é, a sua vida é participação da vida de Deus.
O cristão olha para o Céu, porque pressente e acredita que a sua vida se prolonga no mais além, ou seja, não se esgota no existir aqui na terra. Ele sabe que existe e o espera uma pátria nos Céus.
Deus criou a terra para o homem, mas criou o homem para o Céu. Sim, Deus criou o mundo a pensar no homem, e, ao pensar no homem, Deus criou o Céu.
O mundo criado por Deus, embora seja imenso e de uma beleza extraordinária, ele é apenas uma morada provi-sória para o homem. É, sem dúvida alguma, uma morada importante e necessária, onde o homem tem uma missão a cumprir e uma caminhada existencial a realizar. No entanto, Deus sonhou, como morada definitiva do homem, um mundo melhor e mais grandioso – a pátria que está nos Céus.

Olhar para o Alto, escutar e contemplar os Céus, sonhar o futuro está em conformidade com o ser e a vocação do homem. Porém, o homem pode ceder à tentação de fixar só o seu olhar e a sua atenção na terra e nas realidades materiais, de debruçar-se sobre si mesmo e fechar-se no seu egoísmo, assumindo-se como o senhor absoluto da sua vida e fazendo depender tudo e todos de si, sem que ele tenha de depender ou de prestar contas a alguém. Assim nasce o pecado.

Hoje, S. Paulo censura aqueles que “ têm por deus o ventre, orgulham-se da sua vergonha e só apreciam as coisas terrenas”. Quando o homem perde o norte das alturas, quando o homem asfixia a sua sensibilidade espiritual, quando o homem é incapaz de ver para além do aqui e do agora, o homem passa a ter como único objectivo possuir, comer e gozar a vida, sem reconhecer quaisquer limites, sem respeitar nada nem ninguém. E a perversidade do homem pode chegar ao absurdo de se orgulhar do mal que faz. Ele considera o mal que faz como um bem e sente-se feliz, mesmo sabendo que está a prejudicar o seu semelhante.

• Quem é que ainda nunca cedeu à tentação de olhar só para a terra e de viver como se não existisse Deus nem mais além?
• Quem é que ainda nunca se sentiu feliz por fazer o mal e prejudicar os outros?
• O pecado existe e tb existe em nós. Se dermos ouvidos à voz da nossa consciência, daremos conta de como também nós somos pecadores e precisamos do perdão de Deus.

domingo, fevereiro 25, 2007

Como viver a Quaresma

Durante este tempo especial de purificação, contamos com uma série de meios concretos que a Igreja nos propõe e que nos ajudam a viver a dinâmica quaresmal.
Antes de tudo, a vida de oração é a condição indispensável para o encontro com Deus. Na oração, o cristão inicia um diálogo íntimo com o Senhor, deixa que a graça divina penetre no seu coração e, a semelhança de Maria, abre-se à acção do Espírito cooperando com ela com a sua resposta livre e generosa (ver Lc. 1,38).

Devemos também intensificar a escuta e a meditação atenta da Palavra de Deus, procurar a assistência do Sacramento da Reconciliação, a participação na Eucaristia e mesmo a prática do jejum, segundo as possibilidades de cada um.

A mortificação e a renúncia nas circunstâncias ordinárias da nossa vida também constituem um meio concreto para viver o espírito de Quaresma. Não se trata tanto de criar ocasiões extraordinárias, mas bem, de saber oferecer aquelas circunstâncias quotidianas que nos são incómodas, de aceitar com alegria os diferentes contratempos que nos apresenta o dia a dia.
Da mesma maneira, o saber renunciar a certas coisas legítimas ajuda-nos a viver o desapego e o desprendimento.
Dentre as diversas práticas quaresmais que a Igreja nos propõe, a vivência da caridade ocupa um lugar especial. Assim nos recorda São Leão Magno: "estes dias de quaresma convidam-nos de maneira apremiante ao exercício da caridade; se desejamos chegar à Pascoa santificados no nosso ser, devemos por um interesse especialíssimo na aquisição desta virtude, que contém em si as demais e cobre uma multidão de pecados".
Esta vivência da caridade deve ser vivida de maneira especial com aqueles que estão mais próximos, no ambiente concreto em que nos movemos. Assim, vamos construindo no outro "o bem mais precioso e efectivo, que é o da coerência com a própria vocação cristã" (João Paulo II)

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Dez símbolos da Quaresma

A quaresma começa, precisamente, com um símbolo bem conhecido e consolidado: a Cinza, que nos lembra a condição efemera da vida e o seu destino: a eternidade de Deus. A Cinza de cada ano, recorda também a árvore da Cruz Ressuscitada da Vigília Pascal do ano anterior.

1. A quaresma é DESERTO. É aridez, solidão, jejum, austeridade, rigor, esforço, penitência, perigo, tentação.

2. A quaresma é PERDÃO. As histórias bíblicas de Jonas e de Nínive e a parábola do filho pródigo são bons exemplos para meditarmos nele.

3. A quaresma é ENCONTRO, é abraço de reconciliação como na parábola do filho pródigo ou na conversão de Zaqueu ou no diálogo de Jesus Cristo com a mulher adúltera.

4. A quaresma é LUZ, como se põe em evidência, por exemplo, no evangelho do cego de nascença. É a passagem das trevas para a luz. Jesus Cristo é a luz do mundo.

5. A quaresma é SAÚDE, símbolo manifestado nos textos como na cura do paralítico ou do filho do centurião.

6. A quaresma é AGUA. É a passagem da sede de nossa insatisfação para a água viva, a água de Moisés ao povo de Israel no deserto ou de Jesus à mulher samaritana.

7. A quaresma é superação vitoriosa das provas e das dificuldades. É LIBERTAÇÃO, TRIUNFO. Algumas figuras bíblicas, que sofrem graves perigos e vencem na prova: José, filho de Jacob, a casta Suzana, Ester, o profeta Jeremias e, sobretudo, Jesus, tentado e transfigurado.

8. A quaresma é CRUZ. Sinal e presença permanente durante toda a quaresma. Prefigurada no Antigo Testamento e manifestada com o exemplo de Jesus Cristo e com o seu convite de carregá-la como condição para o seguimento.

9. A quaresma é TRANSFIGURAÇÃO. É a luz definitiva do caminho quaresmal, preanunciada e vivida na cena da transfiguração de Jesus. Pela cruz para a luz".

10. A quaresma é o esforço para retirar o fermento velho e incorporar o FERMENTO DA PÁSCOA RESSUSCITADA E RESSUSCITADORA, agora e para sempre.

sábado, fevereiro 17, 2007

"Amai os vossos inimigos..."

Esta proposta de Jesus parece inverter por completo toda a lógica dos sentimentos humanos. Jesus pede-nos que façamos o bem, abençoemos, rezemos e perdoemos precisamente a quem nos odeia, amaldiçoa e injuria!
Deste modo, Jesus quer romper com a lógica da violência e da vingança. Estas viciam todas as relações humanas, tornando insuportável a vida em sociedade.
O amor aos inimigos é a grande novidade da mensagem de Jesus, é o que distingue claramente os verdadeiros cristãos dos pagãos. Só o amor, que não exclui ninguém nem mesmos os inimigos, pode renovar o coração e o mundo dos homens. Só este amor, que elimina o ódio, promove a justiça, impele à solidariedade e garante a paz.
Amar os inimigos não implica o dever de concordar com o que eles dizem ou aprovar o que eles fazem. O amor não nos tira a lucidez nem o espírito crítico.
  • Amar os inimigos não me exige que eu sacrifique a minha consciência ou renuncie aos meus direitos fundamentais. Assim, amamos mas não deixamos de denunciar as suas mentiras, de apontar os seus erros, de protestar contra as suas injustiças e de desmascarar as suas contradições.


  • Amamos aqueles que não nos amam por dizermos a verdade, mas não deixamos de a dizer para que eles passem a gostar de nós. O amor não nos pede que sacrifiquemos a verdade, mas pede-nos que a defendamos com amor!

Amamos aqueles que não respeitam a vida de todos os seres humanos, mas não podemos deixar de os contestar e de lhes fazer ver a inconsistência das suas posições. Amar tb passa por interpelar e incomodar a consciência do nosso semelhante!

Amamos os políticos que confundem modernidade com retrocesso civilizacional, mas não deixamos de lhes dizer, apesar de eles não nos ouvirem, que a modernidade deles está mais nas albardas que vestem do que nos seus horizontes existenciais e nas perspectivas de futuro que têm para a sociedade que dirigem.

Amamos aqueles que:

  • esquecem Deus e desprezam os seus mandamentos;

  • do cristianismo apenas querem as tradições religiosas que lhes interessam;

  • se opõem teimosamente à renovação da Igreja.

No entanto, em nome do amor que lhes temos, não podemos deixar de os questionar, proclamando, com fidelidade e persuasão, a palavra de Deus. Amar também passa por levar as pessoas a reflectir e a descobrir que há outros modos de ver as coisas.
Só proclamando a verdade e denunciando o mal, sempre no respeito por quem erra, amamos verdadeiramente os nossos inimigos e os inimigos da sociedade. Com efeito, só assim os ajudamos a não repetir os mesmos erros e a não cometer as mesmas injustiças.

O verdadeiro amor, para além de não excluir ninguém, também deve ser gratuito. O cristão, diferentemente dos pagãos, deve fazer o bem sem ter em vista qualquer recompensa humana. Só é bem o bem que fazemos quando o realizamos por amor, sem olhar a quem e sem procurar a retribuição dos homens.
Ajudar quem precisa de nós, ser útil a alguém, faz-nos sentir bem e felizes. Esta é uma óptima recompensa. Além desta, temos a recompensa que Deus garante a todos aqueles que praticam as obras de caridade – a vida eterna.

Amar os inimigos, fazer aos outros o que queremos que eles nos façam, amar a todos e amar gratuitamente não é uma tarefa fácil, mas é o ideal que Jesus nos recomenda e a meta da qual nos devemos aproximar todos os dias.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Referendo ao Aborto

Inscritos: 725
Votantes: 252 - 34,76%
Abstenções: 473 - 65,24%
Brancos: 4 - 1,59%
Nulos: 2 - 0,79%

Votação na Freg: Forno Telheiro
SIM: 107 - 43.5%
NÃO: 139 - 56.5%

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

HORÁRIOS




Dia 17 - Estação - Eucaristia - 17.00 h
Dia 18 - Fornotelheiro - Eucaristia - 13.00 h

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Sabia que...

Não quereria ver o Estado decidir pela mulher que aborta, mas também não gostaria que deixasse de dar um sinal. E este sinal terá de ser em desfavor da banalização do aborto.

Não quero julgar quem deve decidir (a mulher e o homem responsável, que nunca surge na imagem), mas precisa de haver uma forma, na lei, de assinalar a defesa de dois valores a dignidade da potencial mãe e a dignidade do potencial filho.

Nuno Rogeiro in JN

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Desde 1998 não ficou tudo na mesma

O Sim voltou a insistir na ideia, já usada em 1998, de que com o Não fica tudo na mesma.


Acontece que desde 1998, em que o Não ganhou, não ficou tudo na mesma:
  • Muitas associações foram fundadas (em muitos casos por apoiantes do Não) e muitas associações ajudaram milhares de mães em situações de gravidez dramática.

  • Foram propostas, e recusadas, alternativas legais que, concorde-se ou não, permitiriam uma verdadeira despenalização, em vez da liberalização.

  • Apesar da limitada intervenção do estado, houve muito mais informação sobre planeamento familiar e prevenção.

  • Não voltaram a ser presas mulheres por aborto. Nem uma.

  • Não há registo de qualquer morte por aborto. Curioso aliás como o DN ontem teve que ir buscar um caso de complicações por aborto clandestino em 1967 e hoje a Visão nos apresenta como capa dramática um caso de 1998 (antes do anterior referendo) e menciona apenas outro caso de 2000 onde a autópsia efectuada não encontrou relação causa-efeito com o processo de aborto.

Claramente não ficou tudo na mesma e claramente não vai ficar tudo na mesma (http://www.caritas.pt/guarda/ - "Nascer" - Centro de Apoio à Vida).

O Não permite continuar a trabalhar todos os aspectos de prevenção do aborto.

O Sim limita-se a deixar de considerar que o problema é um problema (porque legal e livre), libertando a consciência da sociedade da pressão que sente para tratar estas questões.

É preciso, também por isto, votar Não

Pedro Geada

sábado, fevereiro 03, 2007

Jovens da Guarda cantam pela Vida

Somos pela vida, não somos contra ninguém!

Se podemos salvar todas as vidas,
Não é justo eliminar a vida de ninguém!


A modernidade de um país
Não está em legalizar o aborto,
Mas em garantir todas as condições
Para que nenhuma mulher precise de recorrer a ele.

Decidir sobre a vida
É uma questão de consciência.
A nossa opção no referendo revelará
A consciência que temos sobre a vida,
Sobre o seu valor e a sua dignidade!

O sim defende a vida da mulher,
Mas não defende o bem da mulher.
A legalização não evitará o drama e as perturbações
Psicológicas, afectivas e espirituais
Que o aborto sempre provoca na mulher
E que se prolongam pela sua vida fora.

Não deixe fazer do referendo uma questão partidária.
Pior do que votar contra a indicação do seu partido
É votar contra a sua própria consciência!



A sua consciência
vale mais do que a cor do seu partido!


Votar NÃO é estar do lado da vida, de todas as vidas,
Da vida da mulher e da vida do filho.

Votar NÃO é exigir um compromisso mais sério
Dos cidadãos e do Estado em favor das mulheres e da vida.






A vida humana, desde a sua concepção,
É um dom e uma maravilha!
Deixe-se maravilhar pela vida!
Opte pela vida e olhe o futuro.





Se quer dizer sim à vida, vote NÃO.



ARCIPRESTADO DE CELORICO DA BEIRA

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

E quantas “Susaninhas” serão impedidas de nascer!!!

Marília Ferreira, professora do Ensino Básico
"Quando a minha mãe estava grávida da minha irmã mais nova (o sexto filho), uma senhora compadeceu-se da situação e disse que, se vivêssemos “lá” (em Lisboa), onde era tudo mais evoluído e o acesso ao aborto muito mais fácil, aquela criança nunca nasceria. É claro que a minha mãe ficou chocadíssima, porque, apesar da minha irmã não ter sido planeada, foi amada desde o dia em que soubemos da sua existência.Quando surgiu a questão do referendo, reflecti sobre este episódio real e percebi que, se o aborto for despenalizado, a sua prática transformar-se-á num acto corrente, sem a consciência de que é já uma vida que está em jogo.…
E quantas “Susaninhas” serão impedidas de nascer!!!
Por isso, voto NÃO!
NÃO à inconsciência;
NÃO à inversão de valores;
NÃO ao egoísmo."

sábado, janeiro 20, 2007

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Consequências de 33 anos de aborto legalizado nos EUA

  • Não sabíamos que o número de abortos realizados a nível nacional aumentaria dramaticamente.
  • Não sabíamos que as promessas de que haveria menos maus tratos a crianças e menos filhos nascidos de relações extra-conjugais eram falsas.
  • Não sabíamos que os abortos repetidos seriam tão frequentes.
  • Não sabíamos que a vasta maioria dos abortos não aconteceria por violação, incesto ou preservação da vida da mãe mas por outras razões; ou que a maioria dos abortos seria realizada em mulheres solteiras.
  • Não sabíamos o que era o trauma pós aborto nem os inúmeros riscos para a saúde física e mental associados ao aborto.
  • Não sabíamos que os progressos da medicina permitiriam aos cirurgiões realizar cirurgias intra-uterinas em crianças ainda não nascidas.
  • Não sabíamos que os progressos da visualização obstétrica resultariam na tecnologia de imagens ultrasónicas a três dimensões que nos permitiriam ver, face a face, crianças em gestação no útero materno.
  • Não sabíamos que as duas mulheres citadas como reclamantes nos casos levados ao Supremo Tribunal dos EUA e que resultaram na legalização do aborto – Roe versus Wade e Doe versus Bolton – mais tarde se arrependeriam do seu envolvimento e pediriam que os seus processos decisivos fossem revertidos.
Agora, quase 43 milhões de abortos depois, já sabemos…

terça-feira, janeiro 16, 2007

António: "Sentia-me perseguido pela palavra assassino".

António considera-se um jovem do seu tempo. Com os seus 23 anos, foi um fiel utilizador do preservativo, até que um dia um deles falhou e começou a sua cobardia, como ele próprio diz. A falta de comunicação e de confiança que havia entre ele e os pais fizeram-no ver a gravidez da namorada como um beco sem saída. Mas agora reconhece que havia outra saída e está a lutar para sair da síndrome pós-aborto com ajuda de especialistas.
Veja aqui

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Noticias na Imprensa da Bênção do Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos

Inauguração do Centro Pastoral D. João de oliveira Matos
Às 15 horas do dia 07 de Janeiro de 2007, a Igreja de Santa Maria em Celorico da Beira estava repleta de fiéis, vindos de todo o arciprestado, para participarem na Eucaristia concelebrada...



Às 15 horas do dia 07 de Janeiro de 2007, a Igreja de Santa Maria em Celorico da Beira estava repleta de fiéis, vindos de todo o arciprestado, para participarem na Eucaristia concelebrada pelo Senhor Bispo da Guarda D. Manuel da Rocha Felício, pelo Bispo Emérito da Diocese da Guarda, D. António dos Santos e todos os Sacerdotes do arciprestado de Celorico da Beira.
Era uma hora de festa pois neste dia havia a bênção do Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos. As muitas dificuldades que estiveram na origem e na realização deste projecto foram focadas pelo Senhor Cónego Carlos Pina Paula que, remontando à pessoa que esteve na origem do sonho, Pe. Manuel Couto Mendes, em 1962, tendo o apoio de todos os Padres, que então paroquiavam as várias freguesias do arciprestado e procuravam ter um espaço para realização de retiros e outras actividades pastorais até à concretização do mesmo sonho que o Senhor Cónego Pina Paula chama «Casa de Retiros», afirmou que os passos foram longos, difíceis e morosos. No trajecto, afirma, sentiu, por várias vezes, a protecção de D.João de Oliveira Matos a dar a certeza de que valia a pena continuar a lutar. Foi um dia feliz para toda a população de Celorico que se orgulha da Obra que foi inaugurada.
in Jornal "Amigo da Verdade"

Movimento Guard´a Vida: Jovens a favor do “Não” ao referendo sobre o aborto

Cinco jovens dos concelhos de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira e Celorico da Beira justificaram em conferência de imprensa, realizada na sexta-feira, 5 de Janeiro, as razões que as levaram a aderir ao Movimento Guard’a Vida, que defende o “Não” no referendo ao aborto agendado para o dia 11 de Fevereiro.
As jovens Susana Ferreira, Celina Olival, Cristina Pires, Teresa Ferreira e Sara Santos, assumem-se como sendo representantes “de muitos outros jovens que, tal como cada um de nós, acredita na vida”.
No encontro com a comunicação social, as jovens apresentaram os motivos que as levaram a aderir ao movimento de defesa da vida.
Segundo a sua porta-voz, Cristina Pires, “acreditamos na vida desde o primeiro instante, isto é, desde a concepção, como um ser único e irrepetível, com uma identidade própria, e não apenas um aglomerado de células, desprovido de qualquer valor”.
“Acreditamos que independentemente da data da interrupção voluntária da gravidez, haverá sempre sofrimento para o bebé, que culmina evidentemente com a morte deste, pois a interrupção da gravidez significa uma paragem, e a gravidez não pára, ou continua ou acaba”, referiu Cristina Pires.
Segundo a mesma jovem, o grupo que representa considera que “o bebé apesar de depender em absoluto da mãe, é um ser humano distinto dela, com direitos próprios, nomeadamente o direito à vida”. “Acreditamos que teremos uma sociedade mais perfeita se o Estado investir em medidas preventivas e na resolução de problemas sociais que estarão na base da decisão de abortar, em vez de canalizar verbas para a prática do aborto”.
Defendem também que é “indispensável a existência de uma legislação preventiva, dissuasiva e mesmo repressiva”, admitindo que a despenalização do aborto “não acaba com a prática dos mesmos, antes pelo contrário, tornar-se-á um acto banal, e uma vez permitido por lei, poderá parecer um acto moralmente correcto”. Cristina Pires referiu ainda que a interrupção voluntária da gravidez “ignora os próprios direitos da mulher”.
Embora o aborto seja, frequentemente apresentado como um problema de direito das mulheres, ao qual elas deveriam ter tanto acesso quanto possível, na verdade, o próprio aborto atenta contra os seus direitos, a que esta acende desde que fica grávida”, concretiza a porta-voz do grupo de jovens que diz “Não” ao aborto.
“Acreditamos que estamos a dar voz àqueles que ainda não têm voz”, consideram as jovens que estão disponíveis para participar activamente na campanha a favor do “Não”.
Fonte: Jornal "A Guarda"

quinta-feira, janeiro 11, 2007

A grande novidade é que o Guard’a Vida, ultrapassou as 11.000 assinaturas!!!

Existem mais de 20 movimentos pelo “Não” e por todo o país, interessados em clarificar as pessoas, e não só os eleitores, para defender os valores mais importantes de cada um, a Vida Humana. O Diário Digital confirma estes números e adiantava já, no passado dia 6, que se tinham recolhido mais de 120.000 assinaturas.
O Jornal de Notícias de hoje dava conta que a Maioria dos movimentos é pelo “Não”.
“A disparidade salta aos olhos 14 movimentos pelo "não" e cinco pelo "sim". O prazo de entrega de assinaturas para a constituição de grupos de cidadãos que queiram participar na campanha do referendo ao aborto termina na sexta-feira e a Comissão Nacional de Eleições (CNE) já recebeu a confirmação de que pelo menos 19 movimentos vão formalizar a sua mobilização. Para a contagem ficar fechada, a CNE aguarda os grupos que se apresentem na sexta-feira - os de hoje e amanhã já estão incluídos nesta lista.”
Preocupados com o tempo de antena, os partidos tomaram a decisão, segundo a mesma fonte, de utilizar os meios que têm para compensar. Levanta-se a questão se fariam o mesmo se fosse ao contrário! Entretanto, sabe-se já que ainda existem mais grupos, além dos 14 constituídos que ainda vão entregar a sua candidatura. Hoje mesmo, mais três o fizeram. Não nos queremos deixar enganar ou adormecer pelos números, mas congratularmo-nos pela demonstração de vontades.

A grande novidade é que o Guard’a Vida, ultrapassou as 11.000 assinaturas!!! HOJE, dia 11, irá entregar as mesmas para ser aceite pela Comissão Nacional de Eleições. Pelas.


O Guard’a Vida agradece a todos aqueles que assinaram pelo grupo e em especial àqueles que se empenharam, dentro e fora deste distrito da Guarda, para atingir o número necessário de assinaturas afim de o grupo ser aceite pela Comissão de Eleições.
OBRIGADO A TODAS AS PESSOAS DO FORNOTELHEIRO, DAS QUINTAS DO SALGUEIRO E DA ESTAÇÃO QUE CONTRIBUIRAM COM AS SUAS ASSINATURAS.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

TESTEMUNHO IMPRESSIONANTE

Lucía: «Sentimos que nos estão a arrancar uma parte do nosso corpo.»

Tem 30 anos e foi há dois que abortou numa cidade da Andaluzia. Sofreu maus tratos no âmbito da relação e foi coagida a abortar – um situação muito frequente, que é silenciada e pouco denunciada. A relação não acabou bem após o aborto, como é habitual nestes casos.No entanto, há alegria no presente, porque Lucía é mãe duma linda menina.
Veja aqui

domingo, janeiro 07, 2007

Foram muitas as pessoas que quiseram estar presentes na Bênção do Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos

Às 15.00 horas, as pessoas de todo o Arciprestado encheran por completo a Igreja de Santa Maria. Foi para todos um dia inesquecível.
Depois de tantos trabalhos e canseiras, valeu a pena...
Esta era uma aspiração de todos: a recuperação da chamada "CASA DOS RETIROS".
Ainda perduram as recordações e as memórias dos encontros com Deus.


Agora, passados 50 anos, esta casa vai marcar certamente outras gerações.
O "CENTRO PASTORAL D. JOÃO DE OLIVEIRA MATOS" vai ter um cariz mais abrangente. Não se limitará a acolher um ou outro retiro. A aposta será na progressiva concentração de toda a Catequese Arciprestal (neste ano arrancámos com a tentativa de concentração da catequese do 5º e 6º ano). O Centro vai ser também a sede do Centro de Apoio aos Mais Mecessitados do Concelho de Celorico da Beira, uma casa disponível para as mais diversas reuniões ...
Um novo tempo uma nova missão.

Iniciámos aqui uma nova etapa que certamente todas as pessoas de Celorico da Beira irão continuar a abraçar...

Jesus deixa-se encontrar por todos aqueles que o procuram

Quem reflecte sobre si mesmo e contempla o mundo que o envolve pressente a existência de Deus e sente a necessidade de O conhecer e de se encontrar com Ele.
O homem que tem a coragem de reflectir sobre a vida e sobre o mundo, se não lhe falta a lucidez da humildade, conclui que ele não constitui a explicação última de si mesmo, muito menos de tudo quanto existe.
Na verdade, o homem não pode deixar de reconhecer que o mundo é anterior a ele. Quando o homem apareceu no mundo, já o mundo existia há muitos biliões de anos! Por conseguinte, o homem não é nem pode ser o autor do mundo. Depois, o homem sabe que não foi ele a dar a vida e a existência a si próprio, nem ele é o senhor absoluto da sua vida. O homem, por mais que faça, não conse-gue superar a sua fragilidade e evitar a sua morte. Como pode ser senhor da vida, da sua ou da vida dos outros, se ele não pode decidir sobre o seu início e o seu termo?
O homem que reflecte com profundidade e é honesto consigo mesmo, não só chega à conclusão que Deus existe, como admite que só Ele pode dar sentido pleno à sua vida e consistência ao mundo em que vive.
Depois, e na medida em que é honesto, o homem procura conhecer esse Deus e relacionar-se pessoalmente com Ele. Jesus veio precisamente para nos revelar Deus e para nos aproximar dele pela verdade e pelo amor.

Tu, que te consideras como uma pessoa humana e reivindicas os direitos que são inerentes à tua dignidade, tens coragem para reflectir sobre a tua vida ou tens medo de ti, permanecendo como um desconhecido para ti mesmo? Tu que tens tempo para tudo, tens tempo para fazer silêncio e olhar para ti? Que homem és tu, se não te olhas de frente e em profundidade? Que coragem é a tua, se foges ou evitas as questões fundamentais da vida? Como podes ser feliz, se não sabes quem és?
Muitos dos que se dizem cristãos têm medo ou não tem tempo (mas é mais medo do que falta de tempo) para reflectir sobre a vida e para contemplar o mundo!

Tu, que te dizes homem crente, acreditas realmente em Deus ou, na prática, vives como se Deus não contasse nada par ti? Cedes ao comodismo e resignas-te à mediocridade de uma vida sem Deus, uma vida sem horizontes de futuro e sem esperança?

E Cristo, que significa para ti, que espaço lhe dás na tua vida, que caminho estás disposto a percorrer para O conheceres melhor, o que és capaz de fazer por Ele e em seu nome? Não pertencerás ao grupo, cada vez mais numeroso, dos cristãos que não conhecem nem acreditam em Cristo? Sim, muitos ditos cristãos, apenas ditos porque baptizados, não conhecem o Evangelho de Jesus, muito menos o assumem como programa de vida!
Tu, que és pai ou mãe, consideras a fé em Cristo como um bem necessário e valioso para a vida dos teus filhos? Que estás disposto a fazer tu e a exigir-lhes a eles, para que possam conhecer este Jesus e fazer dele o Guia e o centro das suas vidas?
Hoje, a maior parte dos pais que se dizem cristãos, não dão qualquer testemunho de vida cristã aos filhos.
Hoje, a maior parte desses pais não se ralam com a catequese dos filhos, não se preocupam se estes a frequentam com interesse e aproveitamento? Pobres filhos que têm tais pais! E são muitos os filhos que têm pais assim! É claro que estes pais vão pagar e caro a sua negligência!

Jesus continua a revelar-se aos homens e a deixar-se encontrar por todos aqueles que o procuram. Mais, o próprio Jesus vai ao encontro dos homens, para lhes revelar a razão de ser e o sentido da vida e do mundo, para lhes indicar o caminho que conduz a Deus.

sábado, janeiro 06, 2007

Ajuda o movimento GUARD'A VIDA a angariar a 5.000 assinaturas necessárias

Viana do Castelo - Não tendo Movimento no distrito, os cidadãos dão apoio aos do Norte e Nacional
Braga - Minho Com Vida

Vila Real - Vida, Sempre!

Bragança - Nordeste pela Vida

Porto- Norte Pela Vida

Lamego- Escolhe a Vida

Aveiro - Liberalização do Aborto? Não!

Viseu - Não tendo Movimento no distrito, os cidadãos dão apoio aos do Cento, Norte e Nacional


Guarda
- GUARD'A VIDA (Em Celorico da Beira até agora já assinaram 535 pessoas - Obrigado a todos!)

Castelo-Branco - Pela Vida-Sempre!
Coimbra - Aborto a pedido? Não!
Leiria - Não tendo Movimento no distrito, os cidadãos dão apoio aos do Centro e Nacional
Portalegre - Alentejo pelo Não
Santarém - Ribatejo pela Vida
Lisboa - Plataforma Não Obrigada
Lisboa- Juntos pela Vida
Lisboa - Diz que Não à Discriminação
Lisboa - Diz que Não
Setúbal - Vivahavida
Évora - Alentejo pelo Não
Beja - Alentejo pelo Não
Faro - Algarve pela Vida
Madeira - Não tendo Movimento no distrito/região, os cidadãos dão apoio aos do Sul e Nacional
Açores - Açores pela Vida

Notas: Os Movimentos destacados já reúnem condições de constituição.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

1º TESTEMUNHO REAL de ABORTOS PROVOCADOS

Alicia: «Não há direito ao aborto.»
Os 27 anos de Alicia e a sua jovialidade escondem um sofrimento atroz. Aos 17 anos, fez um aborto, coagida e intimidada pelo companheiro. Reconhece agora que se deixou levar por ele em tudo, e arrepende-se profundamente de ter perdido voluntariamente um filho.
Veja este relato na primeira pessoa aqui

terça-feira, janeiro 02, 2007

"Não" na Guarda - Fomentar os nascimentos é a solução para a desertificação do interior

O movimento Guarda Vida que defende o «não» ao aborto, defendeu hoje que o Governo, em vez de fomentar o nascimento como solução para a desertificação do interior, pretende liberalizar a interrupção voluntária da gravidez.
Segundo o seu porta-voz, Pedro Nobre, «o Distrito da Guarda é um exemplo desta situação, onde a desertificação está a aumentar de forma galopante e, em vez do Estado fomentar formas para inverter esta situação, encontra soluções para agravar ainda mais o despovoamento do interior».
«Em vez de fomentar o nascimento, como remédio para esta doença que a todos afecta, pretende liberalizar o aborto», denunciou aquele responsável na apresentação pública do movimento e de inauguração da sua sede, localizada na Rua Infante D. Henrique.
O Estado não tem conseguido resolver o «drama» das listas de espera nos hospitais mas «garante agora que uma grávida que deseje abortar, passará à frente de qualquer doente».
O grupo de cidadãos que defende o «não» no referendo sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, marcado para 11 de Fevereiro, iniciou também hoje uma campanha de recolha de cinco mil assinaturas para se legalizar como movimento eleitoral.
Participa na campanha de recolha de assinaturas e dá voz e tempo de antena a este movimento.
"Quem ama a DEUS ama a VIDA".