Foi com muita alegria que me encontrei convosco caros acólitos da Covilhã.
O serviço ao Altar, deve ser feito com beleza, simplicidade e gosto.
Escuta a palavra de Deus.
Medita o mistério de Cristo.
Reza a oração da Igreja.
Pe. Hugo Martins
Informações diversas e actuais a respeito da paróquia de FORNOTELHEIRO - Celorico da Beira, distrito da Guarda
Amanhã é um grande dia: a lista dos portugueses considerados santos pela Santa Igreja e, como tal, apresentados a todo o mundo cristão como modelos de virtudes, vai ser aumentada com mais um elemento. Trata-se de Nuno Álvares Pereira, que a tradição popular se habituou a chamar “Santo Condestável” e que Bento XV tinha inscrito em 1918 na lista dos Bem-aventurados, com o nome de Beato Nuno de Santa Maria.
Nota pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa: “Vivemos em tempo de crise global, que tem origem num vazio de valores morais. O esbanjamento, a corrupção, a busca imparável do bem estar material, o relativismo que facilita o uso de todos os meios para alcançar os próprios benefícios, geraram um quadro de desemprego, de angústia e de pobreza que ameaçam as bases sobre as quais se organiza a sociedade. Neste contexto, o testemunho de vida de D. Nuno constituirá uma força de mudança em favor da justiça e da fraternidade, da promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários e de iniciativas de partilha de bens. Será também apelo a uma cidadania exemplarmente vivida e um forte convite à dignificação da vida política como expressão de melhor humanismo ao serviço do bem comum.
Os Bispos de Portugal propõem, portanto, aos homens e mulheres de hoje o exemplo da vida de Nuno Álvares Pereira, pautada pelos valores evangélicos, orientada pelo maior bem de todos, disponível para lutar pelos superiores interesses da Pátria, solícita por servir os mais desprotegidos e pobres. Assim seremos parte activa na construção de uma sociedade mais justa e fraterna que todos desejamos.”
Recordemos a lista daqueles que, nascidos em Portugal ou em terras de administração portuguesa, foram elevados às honras dos altares:
Que todos eles, mais os muitos beatos saídos nas nossas terras (Beato Manuel Fernandes - Celorico da Beira), intercedam por nós neste tempo que estamos a viver.
“É como dizes”, mas não como pensas! Jesus é um rei:
Ele é um rei diferente e o segredo dessa diferença revela-o na resposta que dá ao sumo sacerdote, quando este lhe pergunta: “És Tu o Messias, Filho do Deus Bendito?” Jesus revela e confessa a sua verdadeira identidade: “Eu sou”.
Jesus é, pois, rei do reino de Deus, o reino da verdade e do amor, o reino da justiça e da paz, o reino de homens livres, em que o rei está exclusivamente ao serviço dos homens. Por isso mesmo, Jesus está entre os homens como quem serve e disposto a dar a vida por eles. Jesus é o rei que está disposto a morrer pela verdade e a morrer por amor, para devolver aos homens o sentido da vida e lhes rasgar os horizontes da eternidade.
Morreu pela verdade e por amor.
Parece contrariar toda a lógica humana que Jesus, sendo Filho de Deus, tenha sido condenado à morte pelos homens e tenha efectiva-mente morrido numa cruz! Desde a nossa mera perspectiva humana, Jesus, ainda que fosse condenado pelos homens (os homens podem de facto rejeitar e condenar o próprio Deus) deveria ser capaz de evitar a sua morte, usando o seu poder divino. Porém, a lógica da verdade e do amor de Deus é diferente, e ainda bem para nós!
Jesus foi condenado por dizer a verdade. Antes de mais, a ver- dade que denuncia o mal que existe no coração dos homens e exige ar-rependimento e conversão. Depois, a verdade sobre si mesmo, revelan-do e assumindo a sua identidade, apresentando-se como Filho de Deus. A verdade de Jesus perturba e incomoda os homens, sobretudo os chefes do povo. Com efeito, Jesus punha em causa não só a ordem estabelecida como a própria concepção de Deus e da religião.
- Se Jesus tivesse calado as verdades inconvenientes,
- Se tivesse deixado continuar tudo na mesma,
- Se tivesse pactuado com as injustiças sociais e com as perversões religiosas,
- Se não tivesse questionado os privilégios e as vantagens humanas dos poderosos,
- Se não tivesse tomado a defesa dos pobres e excluídos,
Ele teria sido deixado em paz, não teria sido levado à presença de Pilatos para ser condenado por ele. Mas um Filho de Deus assim não traria qualquer vantagem aos homens nem mereceria o crédito de ninguém!
Jesus morreu por amor.
Jesus (Ele que ressuscitou os mortos) não poderia ter descido da cruz e escapado à morte, respondendo assim às provocações dos seus inimigos? De facto, podia. Mas, se o tivesse feito, teria deixado de dar a maior prova de amor, pois como Ele mesmo tinha dito: “não há maior prova de amor do que dar a vida por aqueles que se ama”. Podia ter escapado à morte, mas, se o tivesse feito, não nos teria salvo a nós.
A verdade pela qual morre e o amor com que morre pela verdade revelam mais e melhor a sua realeza e a sua filiação divina do que todos os milagres que fizera ou quaisquer outros que pudesse fazer naquela hora!
E isso foi captado por alguns daqueles que seguiram e testemu-nharam a condenação e a morte de Jesus.
a) O chamado “Bom Ladrão” reconhece em Jesus crucificado o Rei que lhe pode dar o que ele, naquele momento, mais deseja e que nenhum outro rei lhe pode garantir: a vida eterna. Por isso mesmo, contrariamente ao outro malfeitor, não pede a Jesus que o livre da morte, mas sim: “lembra-te de mim, quando vieres na tua realeza”.
b) Por sua vez, o centurião romano, ao ver como Jesus percorreu o caminho da paixão e ao testemunhar a serenidade com que morreu, descobre e confessa a sua filiação divina: “Na verdade, este homem era Filho de Deus”.
Jesus, na sua paixão e morte, revela algo de extraordina-riamente divino – extraordinariamente divino e suficientemente evidente para que os homens O possam reconhecer e acreditar nele como Filho de Deus e o Salvador do mundo!
Jesus aceita:
Numa palavra, Jesus aceita ser escarnecido e desprezado (esquecido, redicularizado), considerado como blasfemo e tratado como malfeitor, experimentar o fracasso e sentir a dor extrema, percorrer o caminho da morte, tudo para garantir ao homem a ressurreição e a vida eterna.
Hoje, Domingo de Ramos e da Paixão, vieste participar nesta celebração porque, contrariamente ao sumo sacerdote e a Pilatos, tu acreditas que Jesus é “o Filho do Deus Bendito” e o rei que liberta e salva os homens.
Não quero sequer pensar que possa ser outra razão a justificar a tua presença. Não vieste, oxalá nenhum de vós tenha vindo - apenas por causa dos ramos, porque tens necessidades deles na tua casa ou nos teus campos. Pelo contrário, vieste – oxalá todos tenham vindo por esse motivo - porque sentes necessidade de Jesus na tua vida.
Hoje, celebrando o mistério do sofrimento e da morte de Jesus,
Hoje estás aqui e participas na celebração da Eucaristia.
Se vieste por causa dele, voltarás no próximo domingo e voltarás sempre, uma vez que Jesus também vai estar presente, para renovar a oferta da sua vida ao Pai e para se oferecer a ti.
Se não voltas e justificas a tua ausência com a falta de tempo ou porque não te convém a hora da celebração, é sinal que Jesus ainda não é importante para ti e que passas bem sem Ele.
Volta sempre.
Não digas que não tens tempo!
Se calhar, o que ainda não tens é lugar para Ele no teu coração! Quem ama tem sempre tempo e não poupa esforços nem sacrifícios para estar com aquele que ama.
Considera e medita no imenso amor que Jesus tem por ti, no que Ele já fez – e gratuitamente - em teu favor. Então, descobrirás e sem-tirás que com Ele só tens a ganhar, pois não te tira nada e dá-te tudo (Bento XVI).
Jesus no alto da Cruz mostra-se profundamente solidário com o sofrimento humano de todos os tempos. A Sua morte na cruz é sinal do seu amor pelos mais necessitados, da Sua identificação com os que sofrem e da Sua missão que liberta do pecado e da morte.
Quando contemplamos o crucifixo evocamos a fidelidade de Jesus à Sua missão, meditamos sobre o sentido da dor e lembramos que a Sua morte não tem a última palavra. Na cruz, Jesus descobriu o mistério da Sua pessoa e da Sua vida, o qual dá sentido ao mistério da nossa vida como filhos de Deus.
Quando aceitamos a nossa dor e nos unimos à dor de Cristo, o sofrimento é mais leve.
Ele oferece-nos a paz interior necessária para continuarmos a trabalhar e a lutar por uma vida melhor.
Percorramos com JESUS o Caminho do Amor.
O evangelho não responde a estas perguntas, mas as perguntas valem para nos fazer pensar a nós!
Jesus é informado da presença dos gregos e do seu interesse em encontrarem-se com Ele. Porém, Jesus parece não lhes dar muita atenção. Começa, de imediato, a falar do mistério da sua paixão e morte. À primeira vista, não parece ser o tema mais adequado para atrair e cativar os seus novos ouvintes. Pareceria mais razoável que lhes dirigisse umas palavras afáveis ou realizasse alguma obra vistosa. Mas não.
Jesus, consciente de que não pode perder tempo com banalidades nem usar o seu poder divino para divertir os homens, centra-se na sua morte (Esta faz parte integrante da sua missão e é particularmente vantajosa para o homem, pois gerará uma nova vida e uma vida em abundância para toda a humanidade).
Para se fazer entender mais facilmente, Jesus usa a imagem da semente. Uma vez lançada à terra, esta só produz fruto, se morrer. A natureza ensina que a morte é necessária para que a vida continue (para que surja uma nova vida, para que a semente sobreviva numa nova planta e se multiplique em muitos frutos).
A morte não aparece como oposição ou negação da vida, mas como algo necessário ao serviço de uma vida superior.
Jesus morre para vencer o pecado e a morte do homem, para que o homem não morra para sempre, mas, antes, tenha nele a vida eterna.
Jesus morre para não ficar sozinho, como a semente que não morre. Morre para que, uma vez “elevado da terra”, possa atrair muitos a si (para que muitos possam encontrar nele a salvação de Deus).
Jesus sabia que aqueles gregos nunca mais iriam estar com Ele. Por isso mesmo, e para que não dessem por perdido aquele encontro, falou-lhes da sua morte como caminho para a vida eterna dos homens. (Isto é o que melhor revela Jesus, o que justifica e compensa que as pessoas O procurem, O conheçam, acreditem nele e O sigam). Afinal, Jesus prestou uma especial atenção aos gregos, correspondendo, da melhor maneira, à sua curiosidade!
Em Jesus, que morre voluntariamente na cruz, Deus realiza a nova aliança, prometida e anunciada por meio do profeta Jeremias.
Jesus, derramando o seu sangue por amor, redime o ho-mem, purifica o seu coração, torna-o capaz de viver a nova lei do amor. Por meio de Jesus, Deus imprime a sua lei no íntimo da nossa alma e grava-a no nosso coração, e nós aprendemos a conhecê-lo.
Na última Ceia, ao instituir o sacramento da Eucaristia, Jesus confirma que a nova aliança de Deus (a qual abrange toda a humanidade e não só o povo de Israel) é estabelecida no seu sangue. “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós” (Lc).
“Queríamos ver Jesus”.
Nós, os que aqui nos encontramos reunidos em seu nome, queremos, realmente, ver e conhecer Jesus? Queremos conhecer quem é e qual é a sua missão?
Não será que queremos conhecer apenas o Jesus:
Ou será que queremos, efectivamente, conhecer tb o Jesus que:
Queremos ver e conhecer Jesus, para acreditar nele, entrar na sua intimidade, O acolher na nossa vida, e segui-lo todos os dias? Temos consciência de que só Ele nos pode ajudar a entender a nossa vida e a vencer a nossa morte?Se o nosso querer é sincero, então aproximemo-nos dele e escutemo-lo na Palavra do Evangelho; procuremo-lo e acolhamo-lo nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia dominical (comunhão); dialoguemos com Ele na oração; vamos ao seu encontro e amemo-lo nos irmãos necessitados.
Queres ver Jesus para aprenderes com Ele a morrer? É o que Jesus tem de mais importante para te ensinar – e só Ele te pode ensinar - e o que tu tens mais necessidade de aprender.
É necessário saber morrer, perder a vida, gastá-la ao serviço dos irmãos. A morte que gera vida e produz frutos de vida eterna é a vida que se morre, amando os outros. A morte que salva, a morte que dá sentido à vida, é a da vida que se gasta ao serviço dos irmãos.
Quem não sabe morrer assim, quem vive só para si mesmo, esse fica só, a sua vida é inútil, não aproveita a ninguém. Morrer por amor em cada dia ajuda-nos a entender e a aceitar melhor a outra morte.
Mais, ajuda-nos a viver em paz e a ser felizes.
O amor paterno de José manifesta-se genuíno e inques-tionável. Em Nazaré, ninguém sabia que ele não era o pai biológico de Jesus. E o facto de ninguém ter levantado qualquer suspeita é prova de que José exerceu a sua paternidade com toda a normalidade, de um modo irrepreensível, como um pai dedicado, afectuoso e empenhado.
Os Evangelhos (Mateus e Lucas) dizem-nos que ele toma parte, como verdadeiro pai e sempre ao lado de Maria, em todos os momentos da vida de Jesus: a apresentação de Jesus (cumprindo a lei do Senhor relativa aos filhos primogénitos), a fuga para o Egipto (para salvar a vida de Jesus, uma vez que Herodes lhe queria dar a morte), a participação na celebração da festa anual da Páscoa (introduzindo-o na vida religiosa do povo), a procura de Jesus, quando este ficou no templo de Jerusalém.
Deste modo, José contribui, e de um modo determinante, para que Jesus crescesse “em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens”(Lc 2,52).
Esta é a missão e deve ser o objectivo de todos os verdadeiros pais: que os filhos cresçam se desenvolvam harmoniosamente, tendo presente a pessoa humana no seu todo, a sua dimensão corporal, psicológica, intelectual e espiritual.
3. Neste dia em que celebramos a Festa de São José, lembramos os nossos pais, manifestando-nos particularmente agradecidos por tudo o que eles fizeram e fazem por nós.
• Sentimos que os pais são o dom mais excelente e maravilhoso que recebemos de Deus, que também é Pai e Mãe.
• Estamos gratos aos pais porque nos deram a vida, nos garantem (ou garantiram), com tanto amor e sacrifício, todos os bens fundamentais ao nosso desenvolvimento humano
• e, acima de tudo, porque eles nos introduziram, partilhando connosco as suas crenças e os seus valores, no mistério de Deus e no mistério da vida.
Muitos filhos mereciam ter pais melhores.Pode ser pouco simpático dizê-lo, mas é verdade. E muitos filhos, se não são melhores, deve-se, em grande parte, aos pais que têm. Sim, muitos pais demitem-se ou desistem de o ser.
• Muitos não têm tempo para os filhos. E, quando falta o tempo, é sinal que começa a faltar o amor. Então, os pais re-compensam o pouco amor com a oferta de muitas coisas. Por isso mesmo, sentem necessidade de lhes dizer muitas vezes que os amam muito. Eles bem sabem que os filhos têm razões para desconfiar da autenticidade desse amor.
• Muitos revelam-se mestres desautorizados dos filhos, no campo dos valores e dos princípios, porque lhes falta a coe-rência e o testemunho de vida.
• Muitos até chegam a trocar os filhos pela paixão cega de um momento.
Os pais (pai e mãe) são a maior riqueza dos filhos.
Peçamos a Deus, Pai de todos os homens, por intercessão de São José, Pai de Jesus, que conceda a todos os pais a graça de compreenderem a grandeza e o alcance da sua missão e, ao mesmo tempo, a força para a realizarem fielmente e com alegria.