Informações diversas e actuais a respeito da paróquia de FORNOTELHEIRO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

segunda-feira, março 31, 2008

"Gozavam da simpatia de todo o povo"

O livro dos Actos dos Apóstolos, muito concretamente no texto que escutámos, mostra-nos como viviam, nos primórdios da Igreja, aqueles que acreditavam no Senhor ressuscitado.

“Viviam unidos e tinham tudo em comum”. Viviam “como se tivessem uma só alma”, partilhavam o que tinham, distribuindo os bens “conforme as necessidades de cada um”. Aqueles que compartem a mesma fé em Jesus ressuscitado constituem uma verdadeira família. A fé leva-os à partilha do coração, ou seja, une-os no amor. Amor que, por sua vez, os impele a partilhar os bens que possuem, dando especial atenção aos irmãos mais carenciados. A fé e o amor – realidades inseparáveis – levam os cristãos a fazer tudo “com alegria e simplicidade de coração”.
A unidade e a comunhão, o desprendimento e a partilha, a simplicidade e a alegria dos cristãos tornam-se numa interpelação e num apelo para os seus concidadãos. Estes admiram o modo de viver dos cristãos e sentem simpatia por eles. Como consequência, são muitos os que acreditam em Jesus, dispostos a seguir o mesmo modelo de vida.
A vida daqueles cristãos – cristãos que realmente acreditam e vivem animados pela ressurreição de Cristo – constitui uma pregação viva e eficaz de Jesus e do seu Evangelho.
A fé daqueles cristãos, a coerência da sua vida e a sua perseverança explicam-se porque eles “eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações”.
Não basta acreditar. A fé do homem precisa de ser, continuamente:

esclarecida e aprofundada na escuta da palavra de Deus e na catequese;

alimentada e fortalecida na celebração dos sacramentos e na oração;

vivida e concretizada em actos e gestos de amor ao próximo.

Aqui reside o segredo e a alma de uma vida que responde, com seriedade e fidelidade, às exigências da fé em Jesus ressuscitado.

“Gozavam da simpatia de todo o povo”.

  • A nossa comunidade cristã, pelo modo como vive e como celebra a sua fé, é testemunha autêntica e convincente da ressurreição de Cristo? E nós, pelo modo como vivemos no seio da comunidade cristã e pelo modo como nos inserimos no seio da sociedade humana, testemunhamos uma fé viva e comprometida, alegre e contagiante?
  • Ou na nossa comunidade há divisões e conflitos, pessoas que vivem de costas viradas e sem se falarem? Temos consciência de que a fé exige ser vivida em comunidade e não se reduz a uma mera questão privada e pessoal?
  • Na hora da verdade, damos a cara e defendemos os valores do Reino de Deus, ainda que seja à custa de grandes renúncias e sacrifícios?
  • Gerimos os nossos bens como se eles fossem exclusivamente nossos, ou sabemos e estamos dispostos a partilhá-los com quem precisa?
  • Somos cristãos com alma e com paixão, ou somos cristãos acomodados e adormecidos?
  • Quem olha para nós, vendo a nossa vida e as nossas obras, poderá concluir que acreditamos realmente no Deus da vida e do amor, no Deus que garante a ressurreição e a vida eterna?
Aplicar-se-á a nós a crítica que muitos dirigem aos cristãos, sobretudo aos ditos praticantes, de que não são melhores do que os outros (ou que até são piores do que os outros)? Se não somos melhores do que os outros é sinal de que não somos cristãos autênticos.
Para sermos cristãos convictos e convincentes como os dos primeiros tempos, devemos imitá-los na fidelidade ao ensino, à celebração da Eucaristia, à oração e ao amor fraterno. Sem uma ligação íntima e contínua a Cristo, pela escuta da palavra de Deus e pela vida sacramental, a fé não sobrevive.
  • Impressiona-me que muitos cristãos se sintam bem com a sua ignorância e, por conseguinte, não aproveitem as oportunidades que lhes são dadas para aprofundarem e fortalecerem a sua fé. A pior ignorância é a daquele que já não sente necessidade nem vontade de aprender! Muitos não têm motivação nem curiosidade em conhecer melhor Deus.
  • Impressiona-me que muitos cristãos não considerem a Eucaristia dominical importante e necessária e, por conseguinte, se dispensem dela, com a maior leviandade? Não tem noção do valor do tempo, aquele que não dá tempo ao que realmente é importante!
  • Impressiona-me que muitos ditos cristãos pensem e se convençam que podem viver a sua fé sem quaisquer referências à vida da comunidade cristã e sem assumirem qualquer compromisso com ela. Esses esquecem que a fé, se não é celebrada e vivida comunitariamente, acaba por morrer!

Aqueles que verdadeiramente acreditam em Jesus Cristo desejam conhecê-lo sempre mais, anseiam por encontrar-se com Ele e acolhê-lo nas suas vidas, dão naturalmente testemunho dele diante dos homens. E com cristãos assim, a comunidade cristã irradia a luz de Cristo ressuscitado, atraindo os homens para Ele e levando-os a glorificar o Pai celeste.

terça-feira, março 25, 2008

Uma grande Esperança


Ajuda-nos, Senhor, a levar a tua

ressurreição dentro de nós pelo mundo.

Põe uma grande esperança

no coração dos homens

especialmente dos que choram.

Concede a quem não crê em ti

que compreenda que a tua Páscoa

é a única força da história

perenemente subersiva.

E, depois, finalmente, ó Senhor,

restitui-nos também a nós, teus crentes,

à nossa condição de homens.

segunda-feira, março 24, 2008

sábado, março 22, 2008

segunda-feira, março 17, 2008

Dia Mundial da Juventude


JESUS CRISTO SUPERSTAR - Musica: "Canção de Judas"
No Dia Mundial da Juventude, Domingo de Ramos, juntaram-se mais uma vez os jovens do Arcisprestado de Celorico da Beira. Logo pela Manhã, no Centro Pastoral, preparou-se a Eucaristia.
Já depois da bênção dos Ramos, na Igreja de Santa Maria, jovens e adultos foram desafiados a viver como testemunhas de Jesus a partir da mensagem de Bento XVI, para este dia.
Os jovens, além da dinamização dos cânticos, ofereceram à comunidade a sua vitalidade com uma bela apresentação dos dons e uma coreografia alusiva ao tema deste dia.

Depois do banquete espiritual foi hora do convívio e almoço partilhado.

A meio da tarde, quatro grupos foram desafiados a pecorrer a vila através de um pady-paper onde descobriram mais coisas sobre Celorico e Jesus Cristo. Na parte final do dia houve lugar para muita música, dança e lanche. Cá estaremos com a a mesma alegria para o ano, esperando mais adesão da nossa juventude!

Diac. Gilberto

sexta-feira, março 14, 2008

Amanhã é Dia do Pai

O Directório Litúrgico, bem como a Agenda de 2008, publicados pelo Secretariado Nacional de Liturgia (SNL), indicam o dia 1 de Abril como aquele para o qual deve ser transferida, este ano, a Solenidade de São José, de acordo com as Normas Universais do Ano Litúrgico e do Calendário (n. 56f).

Só que, já depois de preparado e impresso o texto daquelas publicações, o SNL teve conhecimento de que a Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, estabelecera, através de uma Notificação publicada na revista Notitiae, que em 2008 a solenidade de São José deverá ser celebrada no dia 15 de Março, ou seja no sábado que precede o Domingo de Ramos.

Por isso, neste ano de 2008, a Solenidade de São José deve ser celebrada no dia 15 de Março, e não no dia 1 de Abril.

AMANHÃ É DIA DO PAI

O Directório Litúrgico, bem como a Agenda de 2008, publicados pelo Secretariado Nacional de Liturgia (SNL), indicam o dia 1 de Abril como aquele para o qual deve ser transferida, este ano, a Solenidade de São José, de acordo com as Normas Universais do Ano Litúrgico e do Calendário (n. 56f).

Só que, já depois de preparado e impresso o texto daquelas publicações, o SNL teve conhecimento de que a Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, estabelecera, através de uma Notificação publicada na revista Notitiae, que em 2008 a solenidade de São José deverá ser celebrada no dia 15 de Março, ou seja no sábado que precede o Domingo de Ramos.

Por isso, neste ano de 2008, a Solenidade de São José deve ser celebrada no dia 15 de Março, e não no dia 1 de Abril.

segunda-feira, março 10, 2008

"Alegro-me por não ter estado lá"

Ao saber que Lázaro estava doente, Jesus, em vez de correr ao seu encontro para o curar, permanece por mais dois dias no local onde se encontrava. Parece não se incomodar muito nem dar muita importância ao facto. Depois, ao saber que Lazaro morreu, Jesus manifesta o seu contentamento: “alegro-me por não ter estado lá”. Parece que até ficou satisfeito por Lazaro ter morrido.

Jesus surpreende-nos e desconcerta-nos, frequentemente, com as suas reacções! Neste caso concreto, como acreditar que Jesus era realmente amigo de Lazaro, de Marta e de Maria! Não estará Jesus a pôr em causa a amizade que o unia aquela família?!
Ao referir-se à doença de Lazaro, Jesus diz: “Essa doença é para que por ela seja glorificado o Filho do homem”. Por sua vez, ao referir a vantagem de não ter estado lá, Jesus, dirigindo-se aos discípulos, aponta um motivo importante: “por vossa causa … para que acrediteis”.
Como entender as vantagens da doença e morte de Lazaro?
O desenrolar da história dar-nos-á uma resposta óbvia e convincente.

Jesus alegra-se por não ter estado lá para o curar, porque assim pode manifestar o seu poder divino, chamando-o da morte à vida. É mais importante e mais revelador ressuscitar Lázaro do que ter restabelecido a sua saúde! Manifestando o seu poder sobre a morte (poder que nenhum homem tem, poder que é próprio de Deus) Jesus leva os seus discípulos e muitos dos judeus presentes a acreditarem nele. Ainda bem que Jesus não estava lá. Precisamente porque não estava lá, muitos puderam testemunhar a ressurreição de Lázaro e acreditar em Jesus.

“Alegro-me por não ter estado lá”.
  • Se tivesse estado lá, não teria acontecido o diálogo, tão franco e tão revelador, entre Jesus e Marta. Através dele, Jesus apresenta-se como “a ressurreição e a vida”, o Senhor da vida e da morte, e garante que quem nele acredita nunca morrerá. Por Ele, os homens têm acesso à vida eterna de Deus.
  • Por sua vez, Marta tem a oportunidade de professar a sua fé em Jesus: “Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”. A dor que sente pela morte do irmão não rouba a Marta a capacidade de ouvir nem a priva da sua lucidez. Pelo contrário, ela escuta e com-preende as palavras e as razões de Jesus. Por isso, daquele diálogo sai mais esclarecida a sua fé e mais forte o seu amor por Jesus!
  • Ainda bem que Jesus não estava lá. Todos nós lucramos com esse facto! Lucramos com a revelação de Jesus e com o testemunho de Marta!
“Alegro-me por não ter estado lá”.
Não tendo estado lá antes, quando parecia mais lógico e necessário que estivesse, Jesus tem a oportunidade de mostrar (de um modo ainda mais evidente e convincente) como era amigo daquela família e como era profundamente humano.
Jesus, ao ver “Maria chorar e vendo chorar também os judeus que vinham com ela, comoveu-se profundamente e perturbou-se”. E, depois, ao aproximar-se do local onde tinham colocado o corpo de Lázaro, “Jesus chorou”.
Jesus comove-se e chora, porque é sensível à dor e às lágrimas dos familiares e amigos de Lázaro. Mas Jesus chora também porque era efectivamente muito amigo de Lázaro. As lágrimas, quando são autênticas, são sinal de uma verdadeira amizade. Os próprios judeus o intuem e, por conseguinte, comentam com admiração: “vede como era seu amigo!”
Ainda bem que Jesus não estava lá! Assim, Ele pôde dar este extraordinário testemunho de amizade. Jesus, o Filho de Deus, que tem poder para ressuscitar Lázaro, mostra-se profunda e admiravelmente humano, chorando por Lázaro morto!

“Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”.
Estas são as palavras com que Marta e Maria, em separado, se dirigem a Jesus, quando se encontram com Ele, após a morte do irmão. Segundo elas, foi uma pena que Ele não tivesse chegado antes, a tempo de o curar, pois estão convictas de que Ele poderia ter evitado a sua morte. Como vimos, Jesus pensa de maneira diferente. Ele considera melhor não ter estado lá. E a história, o que Ele realizou e o que aconteceu depois, confirmam que Jesus tinha razão.
Não tendo estado lá, na altura em que as duas irmãs julgavam que deveria estar, Jesus pôde revelar melhor a sua verdadeira identidade: revelou a sua divindade, ressuscitando Lazaro, e mostrou a sua humanidade, chorando por ele e comovendo-se com todos os que choravam. Além disso, e esse é o principal objectivo de Jesus, muitos, testemunhando o que Ele fez por Lázaro, acreditaram nele.

Muitas vezes censuramos Deus
  • Porque Ele, pensamos nós, não se encontra no lugar certo nem actua na hora certa, ou seja, Deus não está onde e quando é preciso nem actua segundo as nossas necessidades.

  • Por vezes, ficamos com a impressão de que Deus não está do nosso lado nem age em nosso favor como seria de esperar do verdadeiro Deus. Quase parece que Deus está no contra!

A história do Evangelho mostra que Deus, muito melhor do que nós, conhece o que nos faz falta e convém, para a nossa vida e para a nossa salvação. Ele, melhor do que nós, sabe qual é o momento certo para agir na vida do homem e em seu favor.

Não nos compete julgar Deus, muito menos julgá-lo desde as nossas perspectivas, segundo as nossas conveniências e as nossas pressas. Felizmente, a lógica e os ritmos de Deus não coincidem com a lógica e os ritmos dos homens! Se Deus andasse ao mando dos homens, o mundo estaria, seguramente, muito pior!

Por isso, só temos a ganhar, se dermos a Deus plena liberdade para actuar na nossa vida, se colaborarmos com Ele para que em nós se cumpra a sua vontade, para que em nós se realizem os seus desígnios de amor!

sábado, março 08, 2008

Jesus - LUZ DO MUNDO

Jesus apresenta-se como a Luz do mundo.
Ele é a luz dos homens porque, com a sua Palavra e a sua vida, venceu a cegueira da ignorância e do pecado. O ditado diz: "quem não sabe é como quem não vê". Cego é aquela que vive privado da luz da verdade e da graça de Deus.

O episódio da cura do cego de nascença recorda-nos que as doenças não são um castigo de Deus pelos pecados dos homens. O milagre é apenas o pretexto para Jesus nos oferecer uma visão diferente e mais positiva de Deus e do homem, e, ao mesmo tempo, para revelar e provar a sua verdadeira identidade.
Jesus também é luz para os homens, ao realizar a cura do cego num dia de sábado. Os fariseus ficam irritados e pensam mal de Jesusm porque Ele transgride a lei do descanso sabático. As leis, mesmo as leis religiosas, não têm legitimidade quando não salvaguardam o bem da pessoa humana.
Curando em dia de sábado, Jesus mostra que todos os dias são bons para fazer o bem. Para Deus, a única lei que vale sempre e que nunca deve ser transgredida é a lei do amor, porque esta é a única lei que está ao serviço da pessoa humana.
Cegos são aqueles que não querem ver, porque lhes dá jeito não ver a verdade!
Nada é evidente para quem não quer ver!

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

“Nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo”

Jesus e uma mulher samaritana encontram-se junto ao poço de Jacob e estabelecem entre si um prolongado e curioso diálogo.
O próprio diálogo em si - o facto de ele acontecer - já constitui algo de surpreendente. Na verdade, trata-se de uma conversa entre um homem e uma mulher, em lugar público e à luz do dia, o que era considerado reprovável. Até “os discípulos ficaram admirados por Ele estar a falar com aquela mulher”. Além disso, trata-se de uma mulher samaritana. Ora, como informa o evangelista, “os judeus não se dão com os samaritanos”.
Depois, o diálogo é, de parte a parte, franco e provocador. Cada um pergunta e responde, sem rodeios nem reservas, o que pensa e o que sente.
A samaritana considera um atrevimento que Jesus tenha metido conversa com ela, pedindo-lhe de beber, e, por conseguinte, interpela-o, em tom de censura: “como é que tu sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu samaritana? Mais adiante, põe em dúvida que Jesus lhe possa dar uma “água viva”, uma água superior à daquele poço: “serás tu maior do que o nosso pai Jacob?”

Por sua vez, Jesus também a provoca, quando a manda ir chamar o marido, sabendo Ele muito bem, como confirmará depois, que ela se encontra numa situação irregular. “Não tens marido, pois já tiveste cinco e aquele que tens agora não é teu”. No entanto, com esta sua intervenção, Jesus, de modo algum, pretende humilhar a mulher. Pelo contrário, deseja ajudá-la a tomar consciência da realidade em que vive e a levá-la à conversão.
Jesus também questiona e corrige a concepção que ela tem quanto ao lugar em que se deve prestar culto a Deus. Para Deus, o importante não é o lugar de culto, seja Jerusalém ou Garizim, mas que as pessoas prestem culto em “espírito e em verdade, um culto que brote do coração, que seja autêntico e sincero.


O Diálogo vence todas as barreiras e preconceitos, a nível étnico, cultural e religioso. E, acima de tudo, permitiu à samaritana chegar ao verdadeiro conhecimento de Jesus. Foi precisamente esse objectivo que motivou Jesus a provocar aquela conversa! Jesus fala com as pessoas, não para se entreter ou passar o tempo, mas para se lhes dar a conhecer.
A mulher, no início do diálogo, pensa que Jesus é apenas um judeu, um judeu atrevido! Depois, quando Jesus mostra conhecer a sua vida pessoal, suspeita que seja um profeta. De seguida, o próprio Jesus se apresenta como o Messias esperado. Finalmente, com todos os outros seus conterrâneos, descobre e confessa que Jesus é o Salvador do mundo.


Tudo começou por um encontro, aparentemente, fortuito, e, a partir deste, chega ao encontro pessoal com o Salvador dos homens! Foi ao poço como todos os outros dias, buscar água, mas, nesse dia, tendo encontrado lá a Fonte da água viva, voltou repleta dessa água que “jorra para a vida eterna”!
E essa “água viva” - a vida de Deus a circular já na sua vida - impele-a a deixar a bilha junto ao poço e a correr à cidade, para partilhar com os seus concidadãos aquela extraordinária experiência. E, reconhecendo que eles só têm a ganhar fazendo a mesma experiência, convida-os a ir ter com Jesus.
Os samaritanos foram pressurosos ao encontro de Jesus e entusiasmaram-se tanto que lhe pediram que ficasse mais algum tempo com eles. Depois de dois dias com Jesus, muitos acreditaram nele e disseram à mulher: “já não é por causa das tuas palavras que acreditamos. Nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo”.
O ter Jesus no meio deles e sentir a sua proximidade, o viver com Jesus e testemunhar a sua vida, o verificar como Jesus se interessa por eles e o experimentar como Ele os ama, motiva a fé daqueles homens e mulheres.
  • Não basta conhecer Deus só de ouvido, ou seja, pelo que os outros dizem, ainda que sejam excelentes pregadores;
  • não basta conhecer as verdades sobre Deus, ainda que sejam expostas pelos mais qualificados teólogos;
  • não basta participar nas acções litúrgicas, ainda que sejam as mais esplendorosas;
  • não bastam os exemplos dos santos, ainda que sejam os mais famosos.
Tudo isso ajuda mas não basta. É indispensável que cada um faça a experiência pessoal de Deus. Só então a fé acontece - uma fé que entusiasma o homem e transforma a sua vida!
A mulher devia ter ido com pressa buscar a água. De resto, “era por volta do meio-dia” e fazia muito calor! No entanto, bem depressa esqueceu a pressa e se abstraiu do calor, entregando-se inteiramente à conversa com Jesus! E, depois, ainda teve tempo para conduzir muitos outros até Jesus!
A pressa faz-nos perder graças de Deus e impede-nos de fazer bem ao nosso semelhante. Mas a pressa que nós temos não se deve tanto à falta de tempo mas muito mais à falta de amor.

domingo, fevereiro 24, 2008

TESTE A SUA VIVÊNCIA QUARESMAL

A atitude ante a oração ou os actos de piedade, a convivência com os outros ou simplesmente a capacidade para estar em silêncio podem dar pistas sobre a temperatura da vida espiritual de cada um. Ainda que a fé não se possa medir, estas perguntas podem ajudá-lo a saber como está a sua vida espiritual:

1. Custa muito a manter-se em silêncio e, quando está sozinho, costuma ligar todos os electrodomésticos que há em sua casa?

2. Costuma dedicar tempo a orar nalgum momento do dia?

3. Aos domingos, participa na Santa Missa?

4. Os actos de piedade aborrecem-no e foge de todo o religioso porque o enfada?

5. Sofre de ansiedade continuamente e o mau génio apodera-se de si com facilidade?

6. Vive bem, mas sente que a sua vida está vazia e que algo lhe faz falta?

7. Desfruta com plenitude do tempo e consegue arranjar tempo para tudo?

8. É tolerante e encontra o lado positivo nas situações difíceis?

9. Vive criticando os outros e costuma impor os seus pontos de vista?

10. Sente que Deus não o escuta, não o quer ou Se esqueceu de si?

11. É capaz de reconhecer os seus erros e de pedir perdão?

12. Agradece a Deus e aos outros pelos favores recebidos?

Respostas:

—1 Sim. 2 Não. 3 Não. 4 Sim. 5 Sim. 6. Sim. 7. Não. 8 Não. 9 Sim. 10 Sim. 11 Não. 12 Não.
Você tem totalmente descuidada a sua vida espiritual; isto pode provocar um grande desequilíbrio. É hora de voltar para Deus.

—1 Não. 2 Sim. 3 Sim. 4 Não. 5 Não. 6 Não. 7 Sim. 8 Sim. 9 Não. 10 Não. 11 Sim. 12 Sim.
Aparentemente, você esforça-se por cultivar a sua vida espiritual, mas tenha cuidado, pois ninguém é tão perfeito.

— Se as suas respostas não são Sim ou Não, mas Às vezes seguramente deve ser mais ordenado e paciente, mas está no bom caminho. Ânimo!

— As outras múltiplas opções de resposta indicam que você está em processo de conversão. Aproveite a Quaresma para acolher o Espírito.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

As tentações de Jesus são as mesmas de hoje

As tentações que Jesus enfrentou e venceu são as mesmas com que nós temos de nos confrontar e às quais, muitas vezes, sucumbimos.

Jesus, apesar das propostas tentadoras do Demónio, manteve sempre a sua clarividência quanto ao lugar de Deus, defendendo que o homem precisa da palavra que sai da boca de Deus e que o homem só deve adorar Deus e só a Ele deve prestar culto. O homem, por sua vez, perdeu a lucidez e cedeu perante a hipótese de vir a ser como um deus. O homem convenceu-se de que poderia ser mais ele mesmo e mais feliz, se expulsasse Deus da sua vida e ocupasse o seu lugar.

Esta atitude do homem, que pode ser mais ou menos consciente e explícita, leva-o a querer tudo, a mandar em todos e a ser o centro de todas as atenções. Quem cai na tentação de excluir Deus da sua vida, cai também na tentação de idolatrar a riqueza, a fama e o poder. E quando o homem se julga no direito de se impor e sobrepor aos outros e de usar tudo e todos em função de si mesmo, pondo de lado a verdade e o amor, são gravemente perturbadas as relações humanas, quer a nível familiar quer a nível social.
Quando encara e gere assim a sua vida, o homem não respeita os direitos e a dignidade dos outros. Deste facto e do choque de interesses que ele provoca, surgem toda a espécie de conflitos, diferentes formas de opressão, profundas injustiças e desigualdades e todo o cortejo de misérias que afectam tão gravemente as famílias e a sociedade.

Jesus, no deserto, venceu as tentações e, na cruz, venceu o pecado do homem. Na medida em que acredita em Cristo e O acolhe na sua vida, o homem pode recuperar a dignidade e a liberdade que o pecado lhe roubou. Nessa caminhada de regeneração interior, o homem precisa do deserto e de silêncio, do Espírito Santo e de oração. O silêncio interior deixa-nos ouvir a voz de Deus e entrar em comunhão com Ele. E só quando olhamos para dentro de nós mesmos e deixamos que o Espírito santo nos ilumine, vemos a verdade do que somos, descobrimos que não somos um deus e reconhecemos que só temos a lucrar se renunciarmos a essa pretensão.

Deus não é um rival nem constitui uma ameaça para o homem. Pelo contrário é um Pai e um amigo. Assim, compreendemos e aceitamos a importância da sua palavra para a nossa vida, reconhecemo-lo como o único Deus, o único ao qual devemos adorar e prestar culto.
À luz da fé neste verdadeiro Deus:
  • entendemos a riqueza na linha da justiça e da partilha;
  • compreendemos o poder como uma missão e um serviço;
  • olhamos para o nosso semelhante com respeito, reconhecendo e apreciando as suas qualidades, as suas virtudes e o seu valor.

sábado, fevereiro 09, 2008

«Cristo fez-se pobre por vós» Mensagem para a Quaresma

Queridos irmãos e irmãs!

1. Todos os anos, a Quaresma oferece-nos uma providencial ocasião para aprofundar o sentido e o valor do nosso ser de cristãos, e estimula-nos a redescobrir a misericórdia de Deus a fim de nos tornarmos, por nossa vez, mais misericordiosos para com os irmãos. No tempo quaresmal, a Igreja tem o cuidado de propor alguns compromissos específicos que ajudem, concretamente, os fiéis neste processo de renovação interior: tais são a oração, o jejum e a esmola. Este ano, na habitual Mensagem quaresmal, desejo deter-me sobre a prática da esmola, que representa uma forma concreta de socorrer quem se encontra em necessidade e, ao mesmo tempo, uma prática ascética para se libertar da afeição aos bens terrenos. (…) A esmola ajuda-nos a vencer esta incessante tentação, educando-nos para ir ao encontro das necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade divina, possuímos. (…)

2. Segundo o ensinamento evangélico, não somos proprietários mas administradores dos bens que possuímos: assim, estes não devem ser considerados propriedade exclusiva, mas meios através dos quais o Senhor chama cada um de nós a fazer-se intermediário da sua providência junto do próximo. (…)

3. O Evangelho ressalta uma característica típica da esmola cristã: deve ficar escondida. «Que a tua mão esquerda não saiba o que fez a direita», diz Jesus, «a fim de que a tua esmola permaneça em segredo» (Mt 6, 3-4). (…) que esta consciência acompanhe cada gesto de ajuda ao próximo evitando que se transforme num meio nos pormos em destaque. Se, ao praticarmos uma boa acção, não tivermos como finalidade a glória de Deus e o verdadeiro bem dos irmãos, mas visarmos antes uma compensação de interesse pessoal ou simplesmente de louvor, colocamo-nos fora da lógica evangélica. (…) A esmola evangélica não é simples filantropia: trata-se antes de uma expressão concreta da caridade, virtude teologal que exige a conversão interior ao amor de Deus e dos irmãos, à imitação de Jesus Cristo, que, ao morrer na cruz, Se entregou totalmente por nós. Como não agradecer a Deus por tantas pessoas que no silêncio, longe dos reflectores da sociedade mediática, realizam com este espírito generosas acções de apoio ao próximo em dificuldade? De pouco serve dar os próprios bens aos outros, se o coração se ensoberbece com isso: tal é o motivo por que não procura um reconhecimento humano para as obras de misericórdia realizadas quem sabe que Deus «vê no segredo» e no segredo recompensará.

4. Convidando-nos a ver a esmola com um olhar mais profundo que transcenda a dimensão meramente material, a Escritura ensina-nos que há mais alegria em dar do que em receber (…). Todas as vezes que por amor de Deus partilhamos os nossos bens com o próximo necessitado, experimentamos que a plenitude de vida provém do amor e tudo nos retorna como bênção sob forma de paz, satisfação interior e alegria. (…)

A esmola, aproximando-nos dos outros, aproxima-nos de Deus também e pode tornar-se instrumento de autêntica conversão e reconciliação com Ele e com os irmãos.

5. A esmola educa para a generosidade do amor. (…) Não se resume porventura todo o Evangelho no único mandamento da caridade? A prática quaresmal da esmola torna-se, portanto, um meio para aprofundar a nossa vocação cristã. Quando se oferece gratuitamente a si mesmo, o cristão testemunha que não é a riqueza material que dita as leis da existência, mas o amor. Deste modo, o que dá valor à esmola é o amor, que inspira formas diversas de doação, segundo as possibilidades e as condições de cada um.

6. Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma convida-nos a «treinar-nos» espiritualmente, nomeadamente através da prática da esmola, para crescermos na caridade e nos pobres reconhecermos o próprio Cristo. (…) Com a esmola, oferecemos algo de material, sinal do dom maior que podemos oferecer aos outros com o anúncio e o testemunho de Cristo, em cujo nome temos a vida verdadeira. Que este período se caracterize, portanto, por um esforço pessoal e comunitário de adesão a Cristo para sermos testemunhas do seu amor. Maria, Mãe e Serva fiel do Senhor, ajude os crentes a regerem o «combate espiritual» da Quaresma armados com a oração, o jejum e a prática da esmola, para chegarem às celebrações das Festas Pascais renovados no espírito. Com estes votos, de bom grado concedo a todos a Bênção Apostólica.
Vaticano, 30 de Outubro de 2007
Papa Bento XVI

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Vive esta Quaresma guiado pelo Pe. António Vieira

"Não há motivo mais eficaz para Deus perdoar,
do que da nossa parte o rogar".

"Para falar ao vento, bastam palavras;
para falar ao coração, são necessárias obras ".

"A pregação que frutifica,
a pregação que aproveita
não é aquela que dá gosto ao ouvinte,
é aquela que lhe dá pena".

"Cada um é da cor do seu coração".

No dia em que celebramos 400 anos do nascimento do Pe. António Vieira, que magnificos pensamentos para começarmos esta Quaresma. Que pena que este português não seja mais conhecido e estudado...

sábado, fevereiro 02, 2008

Seduz-te a ideia da vida eterna?

“É grande nos Céus a vossa recompensa”.
No Domingo passado, Jesus dirigiu-nos este convite: “arrependei-vos, porque o reino de Deus está próximo”. Foi com estas palavras que Jesus deu início à sua pregação. E elas constituem a síntese do Evangelho de Jesus.
Hoje, através das bem-aventuranças, Jesus indica as atitudes e os sentimentos que o homem deve ter, o que o homem deve fazer e o modo como deve viver:
  • para acolher e pertencer ao reino de Deus;
  • para o ajudar a construir no mundo dos homens;
  • e para o receber como herança na vida eterna.

    “É grande nos Céus a vossa recompensa”.
És sincero, quando dizes, ao professares a tua fé: “espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir”? Estas palavras correspondem ao que realmente sentes e acreditas?

Acreditas o suficiente em Deus como para acreditares também que Ele te criou para a eternidade? Acreditas que Jesus é “a ressurreição e a vida” e que pode garantir a ressurreição e a vida eterna a todos os que nele acreditam?
Seduz-te a ideia de uma vida eterna?
Deslumbra-te a possibilidades de a receberes como herança? Sentes-te estimulado a percorrer o caminho para a alcançares?

Ao contemplar o mundo, a sua grandeza e a sua beleza, o tempo e a trajectória da sua evolução; ao seguir o desenrolar e o fio condutor da história humana; ao olhar para a intimidade do meu ser e ao perscrutar as minhas inquietações e aspirações existenciais; descubro, antes de mais, que Deus existe. Deus é para mim uma evidência e uma necessidade inquestionáveis.
Depois, descubro que o mundo existe para o homem e que é o homem que dá sentido ao mundo. Sim, que sentido teria o mundo, se o homem não estivesse no mundo para o contemplar e o usufruir?

Descubro ainda que o homem, todo o homem, deseja vencer as fronteiras do espaço e do tempo; no mais fundo de si mesmo, todo o homem aspira a encontrar-se com Deus e a ser como Ele. E nisto não há pecado. Pecado existe, e gravíssimo, quando o homem pretende eliminar Deus da sua vida e ocupar o seu lugar.

De resto, o próprio Deus quis e quer que o homem seja semelhante a Ele. Na verdade, Criou-o à sua imagem. Como consequência lógica, Deus exorta todos os homens: “sede santos, porque Eu, o vosso Deus, sou santo”. Por sua vez, Jesus, situando-se na mesma linha e seguindo a mesma lógica, diz-nos: “sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste”. E o apóstolo São João confirma que um dia “seremos semelhantes a Ele (Deus), porque O veremos tal como Ele é”.
O facto de Deus ter criado o mundo a pensar no homem e ter constituído o homem como o administrador do mundo; o facto de o mundo existir há tanto tempo e o facto de o homem existir tão pouco tempo neste mundo; o facto de Deus ter criado o homem à sua imagem e de o homem desejar ser como Deus; levam-me a concluir e a acreditar que Deus criou o homem a pensar no mundo do Céu - o mundo de Deus, o mundo da eternidade. Deus criou este mundo a pensar no homem e criou o homem a pensar no Céu!!!



Mas temos mais razões para esperar “a vida do mundo que há-de vir”.
  • Jesus Cristo, com as suas palavras e com as suas obras, e mais ainda com a sua ressurreição, mostrou e provou que era o Filho de Deus. Mas que interesse teria para nós a vinda do Filho de Deus ao nosso mundo, se Ele não vencesse a nossa morte com a sua morte e com a sua ressurreição não garantisse a nossa? Teria sido em vão a sua vinda, seria inútil acreditar nele, seria uma ilusão seguir a trás dele. “Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram”(1Cor 15, 20).

  • Muitos procuram justificar as suas dúvidas ou mesmo a sua descrença, argumentando que aqueles que partem (os mortos) não dão sinais de vida. Mas esses, que assim pensam e falam, enganam-se.
Os milagres que Deus realiza por intercessão dos santos são sinais, mais do que evidentes e credíveis, de que eles continuam vivos. Caso contrário, Deus só realizaria milagres, quando estes lhe fossem pedidos sem a mediação de ninguém.
Os milagres, exigidos para a beatificação ou canonização de alguém, são cientificamente provados, ou seja, as curas só são declarados como milagres depois de os cientistas verificarem que elas não podem explicar-se de outro modo (não podem explicar-se cientificamente).
Afinal, os que partem dão sinais de que estão vivos e, além disso, de que podem intervir em favor daqueles que ainda vivem na terra!
Mas também na nossa vida pessoal, se estamos atentos às manifestações de Deus e receptivos aos seus dons, encontramos sinais que nos apontam na mesma direcção, que clarificam a nossa fé e corroboram a nossa esperança.
  • Acredito em Deus e “espero a vida do mundo que há-de vir”;
  • Acredito em Cristo e “espero a ressurreição dos mortos”.
  • Acredito, porque Deus me dá muitas razões, mais que suficientes e consistentes, para acreditar. E esta fé é o fundamento inabalável da minha esperança.
É esta esperança que nos impede de desistir ou de cair no desânimo:
  • quando temos de suportar o insucesso da nossa missão junto dos homens;
  • quando verificamos que esmorece sempre mais o entusiasmo da fé dos cristãos;
  • quando vemos que são cada vez mais aqueles (crianças, jovens e adultos, pais e filhos) que se afastam da prática da vida cristã;
  • quando não vislumbramos o que devemos fazer para inverter esta situação.

Penso, mais, estou persuadido de que nesta situação o que temos a fazer e Deus nos pede é precisamente isto: dar testemunho da nossa esperança.

sábado, janeiro 26, 2008

Metanóia - Mudai de vida, porque o reino de Deus está próximo

O evangelho de hoje deixa-nos uma palavra chave: METANÓIA. É uma palavra grega que significa "mudar, converter".
Não mudamos, apenas porque fizemos mal, porque cometemos um erro. Esta mudança, de que fala o Evangelho, vai mais além.

É um apelo a mudar para melhor. Um incentivo a procurarmos a prefeição ao longo de toda a nossa vida.


Às vezes até é fácil mudarmos a maneira de pensar, mas é muito mais difícil mudarmos a maneira de actuar, de viver. Às vezes, não fazemos isto ou aquilo, não porque mudámos, mas porque a lei o proíbe ou porque não temos coragem para fazer aquilo que nos apetece fazer.
Não é, concerteza, desta mudança que fala o Evangelho. Uma simples mudança exterior.
Aquilo que Jesus Cristo quer é uma verdadeira mudança, uma mudança interior.

"Mudai de vida", mudai por amor. E esta mudança manifesta a nossa fé e o nosso amor para com Deus e para com os irmãos. A caridade é um dos sinais visiveis da nossa mudança.

Não esqueçamos a palavra central deste Domingo: "METANÓIA".

sexta-feira, janeiro 25, 2008

A Igreja não precisa nem pode contentar-se apenas com remendos novos

“A Palavra de Deus na vida e missão da igreja”. É o tema do próximo Sinodo dos Bispos que o Clero da Guarda quis preparar participando nestas jornadas de formação.
A Palavra de Deus atraiu uma centena de padres. Há quanto tempo isto não acontecia... O contentamento era generalizado, pela elevada participação e pelo interesse demonstrado. Afinal, a Palavra de Deus é um tema importante e que desperta interesse. Os santos da casa também...

Na primeira conferência da manhã, o padre José Manuel Martins de Almeida, formado em Sagrada Escritura pelo Instituto Biblico de Roma, falou sobre as razões e objectivos, abrangências e expectativas do Sínodo sobre a Palavra de Deus.

“A Igreja no seu todo, na vida dos seus membros, na sua organização e nas suas estruturas, nas suas actividades pastorais e acções litúrgicas, deve repensar-se sempre e renovar-se continuamente à luz da Palavra de Deus”.

Acrescentou também que “não basta que os cristãos conheçam melhor a Sagrada Escritura e que tenham um mais amplo acesso à palavra de Deus. É necessário dar plena liberdade à Palavra de Deus, para que não haja parte nenhuma da vida dos cristãos nem da vida da Igreja que não seja animada e modelada por ela”. E explicou: “é necessário superar, de uma vez por todas, a tentação de nos contentarmos com o remendo novo em vestido velho, ou seja, a tentação de promover ou aceitar apenas mudanças secundárias e parciais”.

“De uma Igreja que reflecte e vai reflectir sobre a Palavra de Deus ‘em toda a sua vastidão’ espera-se que aceite e abrace o desafio de Jesus: ‘vinho novo em odres novos’. A Igreja não precisa nem pode contentar-se apenas com remendos novos. Ela precisa de ser um odre completamente novo, segundo a palavra de Deus, ou seja, em consonância com o vinho novo que é Jesus Cristo”.
Francisco Barbeira - «Jornal A Guarda»

sábado, janeiro 19, 2008

Cristãos vivem "semana ecuménica"

O percurso rumo à unidade dos Cristãos é longo e e vai conhecendo altos e baixos. Em cada ano, o Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos esquece surge como uma oportunidade para colocar diante de debates, reflexões e orações as razões para a união entre os que professam a fé no mesmo Cristo.
Este ano, novas iniciativas e projectos marcam o dinamismo ecuménico nas diferentes regiões do país, com destaque para o trabalho realizado entre a juventude, apresentado neste dossier por João Luís Fontes, participante nas Assembleias Ecuménicas e dinamizador do Fórum Ecuménico Jovem.

2008

"Rezai sem cessar", o apelo deixado por São Paulo, é também o pedido dos representantes das Igrejas cristãs para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que em 2008 completa um século.

O tema, a partir da 1ª Carta do Apóstolo aos Tessalonicenses, vai reunir anglicanos, católicos, ortodoxos e protestantes, em encontros de oração pela unidade plena.

O material foi preparado por um grupo ecuménico dos Estados Unidos da América, para recordar a primeira semana com estas características celebrada em Graymoor (Garrison, Nova Iorque) de 18 a 25 de Janeiro de 1908, e está disponível no sítio na Internet do Vaticano - www.vatican.va -, na secção do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Tradicionalmente, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é celebrada de 18 a 25 de janeiro. Estas datas foram propostas em 1908 por Paul Wattson abrangendo o período entre a festa de São Pedro e a de São Paulo. Esta escolha tem, portanto, um significado simbólico.

No Hemisfério Sul, onde o mês de janeiro é um período de férias de Verão, prefere-se adoptar uma outra data, por exemplo, nas proximidades da festa de Pentecostes.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

D. Manuel Felício vai encontra-se com os crismados

No próximo dia 20 de Janeiro, no Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos, pelas 14.30 h, conforme tinha já prometido, o Senhor D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, vai encontrar-se com os jovens que se crismaram nestes últimos três anos.

É significativo que o Senhor Bispo queira estar com os jovens, para falar com eles e também para os ouvir. Além disso, esta é uma oportunidade para cada um recordar as promessas que fez nesse dia e reavivar a sua fé.


É uma oportunidade para mostrarem que JESUS continua a ser importante nas suas vidas e que o ESPIRITO SANTO, que receberam no dia da Confirmação, produziu os seus frutos.

Formação de Adultos

Durante este mês Janeiro estão abertas as inscrições para Formação de Adultos. É um momento propício para aqueles que ainda não estão crismados (com 25 anos ou mais) se preparem para receberem o Sacramento do Crisma.

Inscreve-te.