Informações diversas e actuais a respeito da paróquia de FORNOTELHEIRO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

sexta-feira, maio 22, 2009

Pope2you

O Santo Padre dirigiu uma mensagem especial aos jovens por causa 43 Jornada Mundial das comunicações sociais.
Podes ver aqui a sua mensagem

quinta-feira, maio 14, 2009

Aprenda a rezar a Via Lucis

Depois de Meditar na Paixão e Morte de Jesus, é tempo de meditar na vida nova que cada um de nós tem, em Cristo, vivo de verdade, e presente entre nós.



segunda-feira, maio 04, 2009

"Tenho ainda outras ovelhas"

Jesus apresenta-se na sua relação com os homens sob a imagem do Bom Pastor. Bom Pastor, no dizer do próprio Jesus, é aquele que conhece as ovelhas, caminha à sua frente e dá a vida por elas.
Como Bom Pastor, Jesus vai ao encontro dos homens e convive com eles, para os conhecer e para lhes revelar os segredos do coração de Deus; para lhes abrir o entendimento e o coração à verdade e ao amor que libertam e salvam o homem; para os ajudar a conhecerem-se melhor: a sua dignidade, o seu lugar no mundo e na história, a meta da sua existência.

Como Bom Pastor, Jesus é sensível e está atento aos pobres, doentes e marginalizados da sociedade, mostrando-lhes que eles são os preferidos de Deus e que Deus quer mudar a sua sorte. Na verdade, Jesus toma a defesa dos mais fracos, denunciando os poderosos que os exploram e oprimem, que tornam a sua vida pesada e difícil. Jesus enfrenta e repele “os lobos” que põem em perigo a vida das pessoas e não respeitam os seus direitos.

Como Bom Pastor, Jesus vai à procura do homem pecador. Vai ao seu encontro, entra em sua casa, come e dialoga com ele, mostra-se próximo e compreensivo, revela-lhe o amor misericordioso de Deus e alegra-se com a sua conversão.

Como Bom Pastor, Jesus está entre os homens para os amar e servir, para dar a vida por eles e salvá-los, para os congregar num só povo (um só rebanho) e fazer de todos filhos de Deus (uma só família). Deste modo, Jesus realiza o sonho de Deus, o sonho do seu amor, o sonho que tem em vista a felicidade do homem.

Jesus, como Bom Pastor, aponta o caminho que devem seguir os apóstolos de todos os tempos, ou seja, o modo e o espírito com que devem continuar a sua missão em todos os lugares, até ao fim dos tempos. Jesus não quer que eles sucumbam à tentação de proceder como os mercenários.

O apóstolo/mercenário não o é, como é óbvio, por vocação de Deus e, consequentemente, não tem o espírito de missão e de serviço. Ele é movido por interesses meramente humanos e apenas vê no que faz um modo e um meio de viver e ganhar a vida.
Nesse sentido, aproveita e explora os sentimentos religiosos das pessoas para satisfazer as suas ambições pessoais.
À sombra de Deus, que Ele não serve nem ama, procura visibilidade e fama, poder e riqueza, privilégios e admiração. É insensível à miséria e ao sofrimento das pessoas e abandona-as nos momentos difíceis e nas horas da adversidade. Foge dos “lobos” ou pactua com eles, para salvar “a sua pele” e não arranjar problemas, pois não o preocupa nem aflige a sorte do povo.
É um simples funcionário do culto, fazendo-se pagar pelos serviços religiosos que presta. Mas não é apóstolo de Cristo, não anuncia o seu Evangelho, não testemunha a sua ressurreição, não se empenha na construção do reino de Deus.

“Tenho ainda outras ovelhas”.
Jesus sente-se pastor de todos os homens e não apenas dos judeus. Os horizontes do seu coração abrangem os ho-mens de todos os povos e de todo o tempo da história. Por isso mesmo, Jesus precisa de apóstolos/testemunhas que continuem e actualizem a sua missão, em cada tempo e em cada lugar da terra.
Deus, fiel ao seu projecto de salvação da humanidade, chama homens e mulheres, consagra aqueles que respondem positivamente e envia-os a trabalhar na sua vinha – o mundo dos homens, para que a salvação realizada por seu Filho Jesus Cristo se torne efectiva no hoje da vida de cada homem. Só Deus, por ser Ele o Senhor do mundo e o Autor da salvação, pode chamar.
Chama quem quer, sem estar condicionado por nada. Não são as qualidades e os méritos das pessoas que influenciam a escolha de Deus. Deus é que capacita aqueles que escolhe tendo em vista a missão que lhes vai confiar. E Deus não tem de se justificar pelas suas escolhas!

domingo, maio 03, 2009

Acho estranho, pois todos os dias são dia da mãe!

Hoje celebramos o Dia da Mãe.Acho estranho, pois todos os dias são dia da mãe!Na verdade, qual é o dia em que a mãe se esquece ou tira férias de ser mãe? Ou qual é o dia em que o filho esquece a sua mãe?São muito intensos os laços afectivos que unem um filho e uma mãe: nada nem ninguém, nem o tempo nem a morte os conseguem destruir! É muito íntima a sua relação.Como poderia ser de outro modo?Não foram nove os meses que ela nos trouxe no aconchego do seu seio?Não foi nela e graças à sua vida, que aconteceu o milagre da nossa vida e da nossa existência?
Depois, não é ao seu amor sacrificado que devemos o que somos? A mãe, mais e melhor do que ninguém, foi/é a Mestra da nossa vida e da nossa fé. Foi ela que nos incutiu os valores humanos e espirituais que fazem de nós cidadãos honestos e homens crentes.
Formadas na universidade da vida,
mais especifica-mente na faculdade da família,
especializaram-se em amor e sacrifício,
usaram/usam como único método o testemunho/a coerência de vida
e ostentam como diploma os seus próprios filhos!
À mãe devemos quase tudo!Quem, pois, as poderá esquecer?Quem precisará deste dia, para se lembrar da sua mãe?Que este dia sirva para nos levar a fazer de todos os dias o dia da nossa mãe, ou melhor, a sermos todos os dias verdadeiros filhos da nossa mãe.
Agradeçamos a Deus a mãe que nos deu - a Deus que fez dela para nós o rosto visível, a imagem viva, o espelho mais fiel do seu amor, da sua bondade e da sua alegria. Ámen

sábado, abril 25, 2009

Amanhã é um grande dia: canonização de São Nuno de Santa Maria

Amanhã é um grande dia: a lista dos portugueses considerados santos pela Santa Igreja e, como tal, apresentados a todo o mundo cristão como modelos de virtudes, vai ser aumentada com mais um elemento. Trata-se de Nuno Álvares Pereira, que a tradição popular se habituou a chamar “Santo Condestável” e que Bento XV tinha inscrito em 1918 na lista dos Bem-aventurados, com o nome de Beato Nuno de Santa Maria.

Nota pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa: “Vivemos em tempo de crise global, que tem origem num vazio de valores morais. O esbanjamento, a corrupção, a busca imparável do bem estar material, o relativismo que facilita o uso de todos os meios para alcançar os próprios benefícios, geraram um quadro de desemprego, de angústia e de pobreza que ameaçam as bases sobre as quais se organiza a sociedade. Neste contexto, o testemunho de vida de D. Nuno constituirá uma força de mudança em favor da justiça e da fraternidade, da promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários e de iniciativas de partilha de bens. Será também apelo a uma cidadania exemplarmente vivida e um forte convite à dignificação da vida política como expressão de melhor humanismo ao serviço do bem comum.

Os Bispos de Portugal propõem, portanto, aos homens e mulheres de hoje o exemplo da vida de Nuno Álvares Pereira, pautada pelos valores evangélicos, orientada pelo maior bem de todos, disponível para lutar pelos superiores interesses da Pátria, solícita por servir os mais desprotegidos e pobres. Assim seremos parte activa na construção de uma sociedade mais justa e fraterna que todos desejamos.”


Recordemos a lista daqueles que, nascidos em Portugal ou em terras de administração portuguesa, foram elevados às honras dos altares:

  • S. Teotónio, nascido no Minho em 1082, falecido em 1161 e canonizado em 1163;
  • Santo António, nascido em Lisboa em 1191, falecido em Pádua em 1231 e canonizado em 1232;
  • Santa Beatriz da Silva, nascida em Campo Maior (ou em Ceuta) em 1424, falecida em 1492 e canonizada em 1976;
  • S. João de Deus, nascido em Montemor-o-Novo em 1495, falecido em Granada em 1550 e canonizado em 1690;
  • S. Gonçalo Garcia, nascido em Baçaim (Goa) por volta de 1560 , martirizado no Japão em 1597 e canonizado em 1862;
  • S. João de Brito, nascido em Lisboa em 1647, martirizado na Índia em 1693 e canonizado em 1947;
  • Santo António Sant’Anna Galvão, nascido no estado de São Paulo (Brasil) em 1739, falecido em 1822 e canonizado em 2007.

  • A esta lista teremos de acrescentar necessariamente Santa Isabel de Portugal, nascida em Aragão em 1270, rainha de Portugal de 1282 a 1325, falecida em Estremoz em 1336 e canonizada em 1625.
  • Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, nascida em Itália em 1865, faleceu no Brasil em 1942 e foi canonizada em 2002, sendo considerada por todos uma “santa brasileira”.
  • O mesmo se diga dos Mártires do Rio Grande do Sul (1628), canonizados em 1988, embora dois (Afonso Domingues e João de Castilho) tenham nascido em Espanha e o terceiro (Roque Gonzalez) no Paraguai.

Que todos eles, mais os muitos beatos saídos nas nossas terras (Beato Manuel Fernandes - Celorico da Beira), intercedam por nós neste tempo que estamos a viver.

sexta-feira, abril 17, 2009

A Ressurreição não é um «mito», mas um facto histórioco

Bento XVI defendeu a verdade histórica da ressurreição de Jesus, que a Igreja Católica celebra na Páscoa: “É fundamental para a nossa fé e para o nosso testemunho cristão que se proclame a ressurreição de Jesus de Nazaré como um acontecimento real, histórico, atestado por numerosas testemunhas que se tornaram autoridade”.

Bento XVI disse que os católicos professam com convicção a fé na ressurreição, frisando que “também nos nossos tempos, não falta quem procure negar a sua historicidade, ao reduzir o relato evangélico a um mito”. O Papa diz que muitos “retomam e apresentam velhas teorias, já gastas, como novas e científicas”.
“A ressurreição não foi para Jesus um simples regresso à sua vida terrena precedente, mas foi a passagem a uma dimensão profundamente nova da vida, que também diz respeito a nós, que toca toda a família humana, a história e o universo”.

Para o Papa, “a novidade surpreendente da ressurreição é tão importante que a Igreja não deixa de proclamá-la, prolongando a sua recordação, especialmente no Domingo, que é o dia do Senhor e a Páscoa semanal do povo de Deus”.

“Este evento mudou a vida das testemunhas oculares
e, ao longo dos séculos,
gerações inteiras de homens acolherem-no com fé
e testemunharam-no até chegar mesmo ao martírio”.

A ressurreição de Cristo é a nossa esperança!».

Na sua mensagem «Urbi et Orbi», no Domingo de Páscoa, o Papa afirmara que a fé na ressurreição “não se funda sobre “simples raciocínios humanos”, mas sobre “um dado histórico de fé”.

Ao longo das últimas décadas, várias correntes exegéticas acentuam a ruptura entre o “Jesus histórico” e o “Jesus da fé”. “Como resultado comum de todas estas tentativas ficou a impressão de que, em todo o caso, de seguro sabemos muito pouco sobre Jesus e de que a sua imagem só posteriormente foi plasmada pela fé na sua divindade. Entretanto, esta impressão penetrou profundamente na consciência comum do cristianismo. Uma tal situação é dramática para a fé, porque torna incerto o seu verdadeiro ponto de referência: a amizade íntima com Jesus, da qual tudo depende, corre o perigo de cair no vazio”.

O interesse pela história real de Jesus de Nazaré impulsionou, nos últimos séculos, quase todos os especialistas, crentes e não crentes a entrar, com diferentes perspectivas e instrumentos, nos difíceis campos da história de Jesus que, de maneira tão singular, marcou a nossa época.

Bento XVI cita autores da sua juventude, os quais publicaram textos em que a imagem de Jesus "é delineada a partir dos Evangelhos: como Ele viveu na Terra e como, apesar de ser inteiramente homem, trouxe ao mesmo tempo Deus aos homens, com o qual, enquanto Filho, era só uma coisa".

"Assim através do homem Jesus, torna-se visível Deus e, a partir de Deus, pode ver-se a imagem do homem justo".

Os textos que possuímos sobre Jesus não pretendem fazer um relato jornalístico ou biográfico, como hoje se desejaria, mas testemunhar a mensagem vivida pelas primeiras comunidades cristãs. Esses textos são textos históricos relativos a essas comunidades e à pessoa de Jesus que neles aparece como alguém que não cabe nos limites humanos.

O "Jesus histórico" é uma expressão que tem dominado a pesquisa sobre a sua figura, nas últimas décadas, como se fosse uma entidade diferente do que se convencionou designar "Cristo da fé". Nos nossos dias, a figura de Jesus emerge em itinerários contrastantes, entre a releitura devocional e a demanda da "verdadeira história".

Curandeiro, sábio, profeta, contador de histórias, rabino galileu, militante social, judeu marginal, camponês mediterrânico ou filósofo itinerante são várias das hipóteses de leitura que se lançam sobre Jesus, completando-se ou mesmo contradizendo-se e excluindo-se. A vaga de estudos sobre o chamado "Jesus histórico", que tende a recusar imagens criadas pelas confissões cristãs, serviu para que, 200 anos após o seu início, a diversidade de opiniões e posições ainda seja maior.

Apesar destes riscos, os contributos de áreas tão diversas como a linguística, a arqueologia e outras ciências sociais e histórica facilitam, hoje em dia, o acesso aos textos do Evangelho e à cultura judaica em que Jesus se inscreveu.

Neste contexto, Bento XVI quer apresentar uma interpretação a partir dos Evangelhos, com a consciência de que "esta figura é muito mais lógica e mais compreensível, do ponto de vista histórico, do que as reconstruções com as quais nos confrontámos ao longo das últimas décadas".

Fonte: ecclesia

terça-feira, abril 14, 2009

sexta-feira, abril 10, 2009

Santa Páscoa

Mais uma vez é Páscoa!

Diz-nos a fé e confirma-nos a liturgia da Igreja Católica que é Páscoa cada vez que celebramos a Eucaristia porque nela fazemos memória da entrega única e definitiva de Jesus Cristo para nossa salvação e remissão dos pecados. Mas, na sua pedagogia, a Igreja propõe-nos cada ano um tempo especial em que somos confrontados, não só com os factos históricos que envolveram a morte e ressurreição de Cristo, mas também com o seu enquadramento bíblico, com o que os profetas anunciaram e com o que o Espírito Santo ditou aos apóstolos que foram encarregados de espalhar a Boa Nova.

E aqui estamos nós, a celebrar novamente os mistérios centrais da nossa fé, aqueles que justificam que permaneçamos juntos nesta caminhada para a Pátria definitiva e que nos empenhemos em dar aos outros possibilidade de viverem o Bem, a Verdade, a Beleza, a Paz, a Alegria, o Amor.

Na verdade, se é tempo de olhar para trás, para o amor transbordante de Deus que tudo fez para nos salvar, se é tempo de Lhe darmos graças por tão grande ternura, é tempo de olhar para o lado, para tanto irmãos nossos, filhos do mesmo Pai, que ainda não O conhecem (ou conhecem mal) e que esperam, como toda a criação, a “manifestação dos filhos de Deus”. É tempo de lhes dizer que não há trevas, não há crise, que nos possam “separar do amor de Cristo” – e que isto não é uma alienação mas uma forma responsável de viver neste mundo, aqui e agora, solidários e actuantes na Cidade dos homens, construtores da Cidade de Deus.

Que a Páscoa seja para todos nós


alavanca de arranque para uma vida


de comunhão mais fraterna.


Que o Sangue derramado de Jesus


não seja desperdiçado pela dureza


e pelo fechamento dos nossos corações.


Que a Alegria da Ressurreição


nos conduza a uma atitude de partilha


e de irradiação do Evangelho.

Que a Paz esteja connosco, tal como Jesus desejou na tarde do primeiro dia da nova criação.

segunda-feira, abril 06, 2009

"É como dizes", mas não como pensas!

Resposta breve e afirmativa de Jesus, à pergunta, igualmente breve e directa, de Pilatos: “Tu és o rei dos judeus?” A pergunta de Pilatos, mais do que interesse em conhecer a verdade sobre Jesus, revela ironia e desprezo a seu respeito. Pilatos faz a pergunta, mas não tem a mínima intenção de dar crédito à resposta, seja ela qual for. Parece-lhe demasiado óbvio que aquele Jesus não é, não pode ser, o rei dos judeus nem de quem quer que seja.
Jesus, apesar de saber que Pilatos não vai tomar a sério as suas palavras nem está em condições de compreender o seu verdadeiro alcance, não deixa de lhe responder. A sua é também uma resposta provocadora. “É como dizes”, mas não é como pensas! Sou rei, mas não como tu és nem como tu imaginas os reis deste mundo!

Os reis deste mundo exercem o poder:
  • com arrogância, prepotência e arbitrariedade, ou seja, sem sentido de missão e espírito de serviço;
  • vivem em belos palácios, vestem esplendidamente e banque-teiam-se lautamente todos os dias, completamente indiferentes à miséria dos seus súbditos;
  • têm exércitos poderosos, fazem guerras, subjugam povos, eliminam adversários, sobrepondo os seus interesses pessoais à verdade e à justiça;
  • são homens cheios de defeitos e de vícios, mas exigem ser obedecidos e tratados como deuses!

“É como dizes”, mas não como pensas! Jesus é um rei:

  • sem palácios, sem exércitos e sem servos;
  • sem trono, sem títulos honoríficos, sem qualquer esplendor humano.

Ele é um rei diferente e o segredo dessa diferença revela-o na resposta que dá ao sumo sacerdote, quando este lhe pergunta: “És Tu o Messias, Filho do Deus Bendito?” Jesus revela e confessa a sua verdadeira identidade: “Eu sou”.
Jesus é, pois, rei do reino de Deus, o reino da verdade e do amor, o reino da justiça e da paz, o reino de homens livres, em que o rei está exclusivamente ao serviço dos homens. Por isso mesmo, Jesus está entre os homens como quem serve e disposto a dar a vida por eles. Jesus é o rei que está disposto a morrer pela verdade e a morrer por amor, para devolver aos homens o sentido da vida e lhes rasgar os horizontes da eternidade.

Morreu pela verdade e por amor.
Parece contrariar toda a lógica humana que Jesus, sendo Filho de Deus, tenha sido condenado à morte pelos homens e tenha efectiva-mente morrido numa cruz! Desde a nossa mera perspectiva humana, Jesus, ainda que fosse condenado pelos homens (os homens podem de facto rejeitar e condenar o próprio Deus) deveria ser capaz de evitar a sua morte, usando o seu poder divino. Porém, a lógica da verdade e do amor de Deus é diferente, e ainda bem para nós!

Jesus foi condenado por dizer a verdade. Antes de mais, a ver- dade que denuncia o mal que existe no coração dos homens e exige ar-rependimento e conversão. Depois, a verdade sobre si mesmo, revelan-do e assumindo a sua identidade, apresentando-se como Filho de Deus. A verdade de Jesus perturba e incomoda os homens, sobretudo os chefes do povo. Com efeito, Jesus punha em causa não só a ordem estabelecida como a própria concepção de Deus e da religião.
- Se Jesus tivesse calado as verdades inconvenientes,
- Se tivesse deixado continuar tudo na mesma,
- Se tivesse pactuado com as injustiças sociais e com as perversões religiosas,
- Se não tivesse questionado os privilégios e as vantagens humanas dos poderosos,
- Se não tivesse tomado a defesa dos pobres e excluídos,
Ele teria sido deixado em paz, não teria sido levado à presença de Pilatos para ser condenado por ele. Mas um Filho de Deus assim não traria qualquer vantagem aos homens nem mereceria o crédito de ninguém!

Jesus morreu por amor.
Jesus (Ele que ressuscitou os mortos) não poderia ter descido da cruz e escapado à morte, respondendo assim às provocações dos seus inimigos? De facto, podia. Mas, se o tivesse feito, teria deixado de dar a maior prova de amor, pois como Ele mesmo tinha dito: “não há maior prova de amor do que dar a vida por aqueles que se ama”. Podia ter escapado à morte, mas, se o tivesse feito, não nos teria salvo a nós.
A verdade pela qual morre e o amor com que morre pela verdade revelam mais e melhor a sua realeza e a sua filiação divina do que todos os milagres que fizera ou quaisquer outros que pudesse fazer naquela hora!

E isso foi captado por alguns daqueles que seguiram e testemu-nharam a condenação e a morte de Jesus.
a) O chamado “Bom Ladrão” reconhece em Jesus crucificado o Rei que lhe pode dar o que ele, naquele momento, mais deseja e que nenhum outro rei lhe pode garantir: a vida eterna. Por isso mesmo, contrariamente ao outro malfeitor, não pede a Jesus que o livre da morte, mas sim: “lembra-te de mim, quando vieres na tua realeza”.
b) Por sua vez, o centurião romano, ao ver como Jesus percorreu o caminho da paixão e ao testemunhar a serenidade com que morreu, descobre e confessa a sua filiação divina: “Na verdade, este homem era Filho de Deus”.
Jesus, na sua paixão e morte, revela algo de extraordina-riamente divino – extraordinariamente divino e suficientemente evidente para que os homens O possam reconhecer e acreditar nele como Filho de Deus e o Salvador do mundo!
Jesus aceita:

  • ser vencido pelo pecado dos homens para, por sua vez, vencer o pecado com o poder do seu amor;
  • a derrota da morte para garantir ao homem a vitória da vida;
  • ser aniquilado para devolver ao homem a riqueza de Deus; a sua morte como o caminho necessário para a vida eterna do homem.

Numa palavra, Jesus aceita ser escarnecido e desprezado (esquecido, redicularizado), considerado como blasfemo e tratado como malfeitor, experimentar o fracasso e sentir a dor extrema, percorrer o caminho da morte, tudo para garantir ao homem a ressurreição e a vida eterna.

Hoje, Domingo de Ramos e da Paixão, vieste participar nesta celebração porque, contrariamente ao sumo sacerdote e a Pilatos, tu acreditas que Jesus é “o Filho do Deus Bendito” e o rei que liberta e salva os homens.
Não quero sequer pensar que possa ser outra razão a justificar a tua presença. Não vieste, oxalá nenhum de vós tenha vindo - apenas por causa dos ramos, porque tens necessidades deles na tua casa ou nos teus campos. Pelo contrário, vieste – oxalá todos tenham vindo por esse motivo - porque sentes necessidade de Jesus na tua vida.

Hoje, celebrando o mistério do sofrimento e da morte de Jesus,

  • Não te comove e compromete o que Ele fez por ti?
  • Não te impressiona o seu amor à verdade e a verdade do seu amor?
  • Não te maravilha que tenha preferido a tua à sua vida, morrendo Ele para te salvar a ti?!
  • E o que estás disposto a fazer para lhe corresponderes?

Hoje estás aqui e participas na celebração da Eucaristia.
Se vieste por causa dele, voltarás no próximo domingo e voltarás sempre, uma vez que Jesus também vai estar presente, para renovar a oferta da sua vida ao Pai e para se oferecer a ti.
Se não voltas e justificas a tua ausência com a falta de tempo ou porque não te convém a hora da celebração, é sinal que Jesus ainda
não é importante para ti e que passas bem sem Ele.

Volta sempre.
Não digas que não tens tempo!
Se calhar, o que ainda não tens é lugar para Ele no teu coração! Quem ama tem sempre tempo e não poupa esforços nem sacrifícios para estar com aquele que ama.
Considera e medita no imenso amor que Jesus tem por ti, no que Ele já fez – e gratuitamente - em teu favor. Então, descobrirás e sem-tirás que com Ele só tens a ganhar, pois não te tira nada e dá-te tudo (Bento XVI).

sexta-feira, abril 03, 2009

Percorramos com JESUS o Caminho do Amor

Estamos tão habituados a ver um crucifixo que poucas vezes paramos para pensar no seu significado. Muitas pessoas que a própria imagem do crucifixo as angustia e interrogam-se àcerca da importância que se se dá à cruz.
Não seria preferível anunciar apenas a alegria da ressurreição?


Jesus no alto da Cruz mostra-se profundamente solidário com o sofrimento humano de todos os tempos. A Sua morte na cruz é sinal do seu amor pelos mais necessitados, da Sua identificação com os que sofrem e da Sua missão que liberta do pecado e da morte.

Quando contemplamos o crucifixo evocamos a fidelidade de Jesus à Sua missão, meditamos sobre o sentido da dor e lembramos que a Sua morte não tem a última palavra. Na cruz, Jesus descobriu o mistério da Sua pessoa e da Sua vida, o qual dá sentido ao mistério da nossa vida como filhos de Deus.

Quando aceitamos a nossa dor e nos unimos à dor de Cristo, o sofrimento é mais leve.

Ele oferece-nos a paz interior necessária para continuarmos a trabalhar e a lutar por uma vida melhor.

Percorramos com JESUS o Caminho do Amor.

terça-feira, março 31, 2009

Confissão individual ou comunitária?




O Código de Direito Canónico estabelece: "A confissão individual e integra e a absolvição constituem o único modo ordinário... somente a impossibilidade fisica ou moral o escusa desta forma de confissão" (c. 960).
Quanto à chamada "absolvição geral", o cânon 961 do Código de Direito canónico prescreve: "A absolvição simultanea a vários penitentes sem confissão individual prévia não pode dar-se de modo geral, a não ser que:
- 1º esteja iminente o perigo de morte...
- 2º haja necesidade grave...
E acrescenta que compete a Bispo Diocesano, de acordo com os critérios fixados pela Conferência Episcopal, "ajuizar acerca da existência das condições requeridas no § 1, nº 2".

segunda-feira, março 30, 2009

SENHOR, quero ver Jesus

Faz, Senhor,
que reconheça
o teu rosto no rosto dos mais pobres.
Dá-me olhos para ver os caminhos
da justiça e da solidariedade;
dá-me ouvidos para escutar
os pedidos de salvação e de saúde;
enriquece o meu coração
de fidelidade generosa
para que me faça
companheiro de caminhada
e testemunha verdadeira
e sincera da glória, que
resplandece no crucificado,
ressuscitado e vitorioso.

"Queríamos ver Jesus"

Alguns gregos, que eram crentes no Deus de Israel e se encontravam em Jerusalém para participar na festa da Páscoa, sabendo que Jesus tb se encontrava lá, manifestam o desejo de O ver. Sentiam curiosidade e interesse de O conhecerem pessoalmente. Como não se sentiam muito à vontade para se chegarem junto de Jesus, solicitam a mediação de Filipe (um discípulo que eles conheciam, pois não querem perder aquela oportunidade).

“Queríamos ver Jesus, dizem eles”. E eu pergunto:
  • O que é que eles mesmo querem e esperam de Jesus? Quererão mesmo conhecer Jesus, quem Ele é, qual a sua missão, que mensagem tem para comunicar aos homens?
  • Ou apenas o querem ver, testemunhar alguma obra extraordinária, escutar alguma parábola encantadora?
  • Procuram Jesus, porque suspeitam que Ele tem algo de especial para comunicar aos homens, também a eles, apesar de serem gregos? Ou apenas para puderem dizer, no regresso às suas terras, que O tinham visto e estado com Ele?

O evangelho não responde a estas perguntas, mas as perguntas valem para nos fazer pensar a nós!

Jesus é informado da presença dos gregos e do seu interesse em encontrarem-se com Ele. Porém, Jesus parece não lhes dar muita atenção. Começa, de imediato, a falar do mistério da sua paixão e morte. À primeira vista, não parece ser o tema mais adequado para atrair e cativar os seus novos ouvintes. Pareceria mais razoável que lhes dirigisse umas palavras afáveis ou realizasse alguma obra vistosa. Mas não.
Jesus, consciente de que não pode perder tempo com banalidades nem usar o seu poder divino para divertir os homens, centra-se na sua morte (Esta faz parte integrante da sua missão e é particularmente vantajosa para o homem, pois gerará uma nova vida e uma vida em abundância para toda a humanidade).
Para se fazer entender mais facilmente, Jesus usa a imagem da semente. Uma vez lançada à terra, esta só produz fruto, se morrer. A natureza ensina que a morte é necessária para que a vida continue (para que surja uma nova vida, para que a semente sobreviva numa nova planta e se multiplique em muitos frutos).
A morte não aparece como oposição ou negação da vida, mas como algo necessário ao serviço de uma vida superior.

Jesus morre para vencer o pecado e a morte do homem, para que o homem não morra para sempre, mas, antes, tenha nele a vida eterna.
Jesus morre para não ficar sozinho, como a semente que não morre. Morre para que, uma vez “elevado da terra”, possa atrair muitos a si (para que muitos possam encontrar nele a salvação de Deus).

Jesus sabia que aqueles gregos nunca mais iriam estar com Ele. Por isso mesmo, e para que não dessem por perdido aquele encontro, falou-lhes da sua morte como caminho para a vida eterna dos homens. (Isto é o que melhor revela Jesus, o que justifica e compensa que as pessoas O procurem, O conheçam, acreditem nele e O sigam). Afinal, Jesus prestou uma especial atenção aos gregos, correspondendo, da melhor maneira, à sua curiosidade!

Em Jesus, que morre voluntariamente na cruz, Deus realiza a nova aliança, prometida e anunciada por meio do profeta Jeremias.
Jesus, derramando o seu sangue por amor, redime o ho-mem, purifica o seu coração, torna-o capaz de viver a nova lei do amor. Por meio de Jesus, Deus imprime a sua lei no íntimo da nossa alma e grava-a no nosso coração, e nós aprendemos a conhecê-lo.
Na última Ceia, ao instituir o sacramento da Eucaristia, Jesus confirma que a nova aliança de Deus (a qual abrange toda a humanidade e não só o povo de Israel) é estabelecida no seu sangue. “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós” (Lc).

“Queríamos ver Jesus”.
Nós, os que aqui nos encontramos reunidos em seu nome, queremos, realmente, ver e conhecer Jesus? Queremos conhecer quem é e qual é a sua missão?

Não será que queremos conhecer apenas o Jesus:

  • do presépio, dos pastores de Belém e dos Magos do oriente;
  • que sacia as multidões, que cura os doentes e expulsa os demónios;
  • das parábolas encantadoras e o amigo das crianças;
  • que caminha sobre a água e acalma as tempestades;
  • que toma refeições em casa das pessoas e convive com elas?

Ou será que queremos, efectivamente, conhecer tb o Jesus que:

  • anuncia o reino de Deus e exorta os homens ao arrependimento e à conversão;
  • pede que renunciemos a nós mesmos e tomemos a nossa cruz de cada dia;
  • exige que amemos os nossos inimigos e perdoemos sempre a quem nos ofende;
  • nos diz que a grandeza do homem está no servir e dar a vida;
  • da paixão e da morte, da ressurreição e da vida eterna?

Queremos ver e conhecer Jesus, para acreditar nele, entrar na sua intimidade, O acolher na nossa vida, e segui-lo todos os dias? Temos consciência de que só Ele nos pode ajudar a entender a nossa vida e a vencer a nossa morte?
Se o nosso querer é sincero, então aproximemo-nos dele e escutemo-lo na Palavra do Evangelho; procuremo-lo e acolhamo-lo nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia dominical (comunhão); dialoguemos com Ele na oração; vamos ao seu encontro e amemo-lo nos irmãos necessitados.

Queres ver Jesus para aprenderes com Ele a morrer? É o que Jesus tem de mais importante para te ensinar – e só Ele te pode ensinar - e o que tu tens mais necessidade de aprender.
É necessário saber morrer, perder a vida, gastá-la ao serviço dos irmãos. A morte que gera vida e produz frutos de vida eterna é a vida que se morre, amando os outros. A morte que salva, a morte que dá sentido à vida, é a da vida que se gasta ao serviço dos irmãos.
Quem não sabe morrer assim, quem vive só para si mesmo, esse fica só, a sua vida é inútil, não aproveita a ninguém. Morrer por amor em cada dia ajuda-nos a entender e a aceitar melhor a outra morte.
Mais, ajuda-nos a viver em paz e a ser felizes.

quinta-feira, março 19, 2009

Joseph´s Song (A canção de S. José) - Michael Card




Deus escolheu José, um homem descendente de David, para esposo de Maria e pai de Jesus. Toda a mãe precisa de um marido e todo o filho precisa de um pai!
Ainda que hoje se diga e defenda o contrário, esta não deixa de ser uma verdade válida para todos os tempos. Opõem-se e pretendem impor a sua “verdade” (de que não é relevante ter marido ou esposa para ser mãe ou pai) aqueles que pensam como vivem por não terem a coragem de viver como deveriam pensar.
Deus não escolheu um homem rico nem da alta sociedade do seu tempo. Escolheu um homem simples e humilde, um cidadão anónimo da cidade de Nazaré. Escolheu José porque era justo e piedoso, um homem que acreditavam em Deus e esperava “a salvação de Israel”. Um critério semelhante tinha seguido Deus na escolha de Maria. Não olhou para a sua condição ou estatuto social. Escolheu-a porque “cheia de graça” e totalmente disponível para aceitar e cumprir a sua vontade.
Aos olhos de Deus, o homem e a mulher valem, não pelos lu-gares que ocupam, os títulos que recebem, as casa que habitam, mas pelo que vale o seu coração – a intensidade e a verdade do seu amor. Os critérios de Deus são diferentes, e ainda bem, dos critérios dos homens.
José, depois de esclarecido pelo Anjo, aceita a proposta de Deus: primeiro, recebeu Maria como sua esposa. Depois, quando o Menino nasceu, pôs-lhe o nome de Jesus. Dar o nome ao filho era uma atribuição do pai, um acto de reconhecimento e de aceitação da criança como seu verdadeiro filho.

Os pais, enquanto pais, nascem com os filhos, no sentido de que sem filhos não há pais.
Mas estes só nascem como pais, quando:
  • neles existe um amor tão forte e criador que os leva a partilhar totalmente o seu ser e a sua vida.
  • esse amor, por ser tão intenso, os leva a sobrepor a vida dos filhos à sua própria vida, ou seja, quando põem o bem dos filhos acima do seu próprio bem.
  • Por isso mesmo, ser pai é muito mais, incomparavelmente mais, do que gerar filhos. Nem todos aqueles que os geram estão preparados ou dispostos a ser pais, isto é, a pagar o elevado preço por tão inestimável graça.

O amor paterno de José manifesta-se genuíno e inques-tionável. Em Nazaré, ninguém sabia que ele não era o pai biológico de Jesus. E o facto de ninguém ter levantado qualquer suspeita é prova de que José exerceu a sua paternidade com toda a normalidade, de um modo irrepreensível, como um pai dedicado, afectuoso e empenhado.

Os Evangelhos (Mateus e Lucas) dizem-nos que ele toma parte, como verdadeiro pai e sempre ao lado de Maria, em todos os momentos da vida de Jesus: a apresentação de Jesus (cumprindo a lei do Senhor relativa aos filhos primogénitos), a fuga para o Egipto (para salvar a vida de Jesus, uma vez que Herodes lhe queria dar a morte), a participação na celebração da festa anual da Páscoa (introduzindo-o na vida religiosa do povo), a procura de Jesus, quando este ficou no templo de Jerusalém.

Deste modo, José contribui, e de um modo determinante, para que Jesus crescesse “em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens”(Lc 2,52).
Esta é a missão e deve ser o objectivo de todos os verdadeiros pais: que os filhos cresçam se desenvolvam harmoniosamente, tendo presente a pessoa humana no seu todo, a sua dimensão corporal, psicológica, intelectual e espiritual.

3. Neste dia em que celebramos a Festa de São José, lembramos os nossos pais, manifestando-nos particularmente agradecidos por tudo o que eles fizeram e fazem por nós.
• Sentimos que os pais são o dom mais excelente e maravilhoso que recebemos de Deus, que também é Pai e Mãe.
• Estamos gratos aos pais porque nos deram a vida, nos garantem (ou garantiram), com tanto amor e sacrifício, todos os bens fundamentais ao nosso desenvolvimento humano
• e, acima de tudo, porque eles nos introduziram, partilhando connosco as suas crenças e os seus valores, no mistério de Deus e no mistério da vida.

Muitos filhos mereciam ter pais melhores.
Pode ser pouco simpático dizê-lo, mas é verdade. E muitos filhos, se não são melhores, deve-se, em grande parte, aos pais que têm. Sim, muitos pais demitem-se ou desistem de o ser.
• Muitos não têm tempo para os filhos. E, quando falta o tempo, é sinal que começa a faltar o amor. Então, os pais re-compensam o pouco amor com a oferta de muitas coisas. Por isso mesmo, sentem necessidade de lhes dizer muitas vezes que os amam muito. Eles bem sabem que os filhos têm razões para desconfiar da autenticidade desse amor.
• Muitos revelam-se mestres desautorizados dos filhos, no campo dos valores e dos princípios, porque lhes falta a coe-rência e o testemunho de vida.
• Muitos até chegam a trocar os filhos pela paixão cega de um momento.

Os pais (pai e mãe) são a maior riqueza dos filhos.

  • Quando eles faltam na sua missão, não há nada nem ninguém que os possa substituir.
  • Quando o egoísmo dos pais se sobrepõe ao bem dos filhos, ninguém consegue reparar o dano que eles provocam nas suas vidas. A certeza de que alguém é nosso pai não nos pode vir do Bilhete de Identidade. Mas, antes, do amor incondicional que eles nos dedicam e dos sacrifícios que são capazes de fazer por nós.
  • E nós também temos o dever de mostrar aos nosso pais que nos sentimos seus verdadeiros filhos, e eles devem puder dar conta disso, pelo respeito que lhe temos ao logo de toda a vida, pelo amor com que os tratamos, principalmente, na doença ou velhice, e pela grata lembrança que conservamos deles após a sua morte.

Peçamos a Deus, Pai de todos os homens, por intercessão de São José, Pai de Jesus, que conceda a todos os pais a graça de compreenderem a grandeza e o alcance da sua missão e, ao mesmo tempo, a força para a realizarem fielmente e com alegria.

segunda-feira, março 09, 2009

Transfigurados

quarta-feira, março 04, 2009

O Rapaz do pijama às riscas

Não ganhou nenhum Óscar... não houve nem há muita publicidade...
Porém, é um dos filmes imperdiveis deste ano. É uma verdadeira "história de inocência num mundo de ignorância".

A ignorância e a maldade fizeram com que se cometessem neste mundo muitas atrocidades inegáveis e que nem o tempo nem a vontade apagarão. Por isso mesmo, faz-nos bem recordar estes acontecimentos para procurarmos uma vida diferente e a força para evitarmos no futuro os mesmos problemas e erros irreparáveis.

Não deixem de ler o livro ou ver o filme!!!
Não tenham medo das lágrimas que irão verter...

sábado, fevereiro 28, 2009

QUARESMA, PECADO E CONFISSÃO

A quaresma é um tempo especial para a Igreja Católica como caminho de preparação para a grande festa cristã católica- a Páscoa.
O centro de toda a fé cristã é a PÁSCOA: passagem da morte para a vida de Jesus Cristo. Libertação de todos os males humanos. É daí que vem toda a nossa fé, toda a nossa esperança e toda a nossa caridade.
A quaresma é um tempo de preparação interior de libertação e aperfeiçoamento cristão.
Os católicos são convidados a fazer um corte com tudo o que é mau: egoísmo, vícios, defeitos, falhas, pecados. Recorrendo ao sacramento da confissão (ou reconciliação ou penitência), fazendo um propósito firme de emenda para tentar mudar o rumo da sua vida e remediar (compensar) o mal que se fez, caso tenhamos prejudicado alguém.
  • O mais importante não é a abstinência de carne às sextas-feiras da quaresma (cortar com a carne), mas a conversão da alma e do coração, cortar com o pecado, com o que não presta, como se podam nas videiras os ramos que não deixam a árvore dar bom fruto. O sacramento da confissão pode ajudar a essa mudança de vida seguindo os critérios do Reino de Deus.
  • O problema é que hoje, muitos católicos já não sabem o que é pecado e para alguns nada é pecado, tudo é permitido, tudo é lícito, tudo se pode fazer… Perdeu-se a consciência do pecado. O maior pecado da humanidade é ter perdido a noção de pecado.

Segundo o Novo Testamento, o pecado é uma falta de amor em quatro direcções:

  1. Pecado é falta de amor a Deus. Não rezar, não praticar a religião. Faltar à missa ao sábado ou ao domingo. Não dialogar com Deus. Ignorar Deus. Viver como se Deus não existisse, sem a Sua influência na nossa vida.
  2. Pecado é falta de amor aos outros. Palavrão que ofende os outros, indelicadezas, ingratidões, criticar, desobedecer, murmurar, mentir, magoar, insultar, roubar, prejudicar, explorar, abusar, infidelidades sexuais, destruir, vingar-se, odiar, matar.
  3. Pecado é falta de amor a mim mesmo. Palavrão, abusar de comidas, bebidas, vícios e excessos que põem em risco a saúde e a vida nossa e a dos outros, abusar da sexualidade. Estragar, distorcer ou sujar a imagem e semelhança que eu devia ser de Deus e não sou.
  4. Pecado é falta de amor à natureza. Poluição, atentados contra o ambiente, incendiar a natureza.
    Não se trata de uma lista completa, mas apenas muitos exemplos.

PECAR É NÃO AMAR. Falo de AMOR de verdade. Hoje quando se fala em amor, muitos pensam logo em sexo. Quando eu não amo a Deus, não amo os outros, não me amo a mim mesmo e não amo a natureza, estou a pecar.
Claro que o pecado tem graus, como uma ferida pode ser mais ou menos grave.
Pecado venial ou leve, pecado grave e pecado mortal. Diz-se mortal porque corta (mata) a relação com Deus, com os outros, comigo mesmo e com a natureza. Quem começa por pecar de forma venial, se não se corrigir, corre o risco de pecar de forma grave e até mortal. Uma ferida ou sara ou tende a agravar-se e degenerar em cancro e ser mortal. O mesmo se passa no campo da moral. Quem começa com um palavrão ou se corrige, ou vai aumentar. O mesmo se diga de quem rouba, de quem mente, de quem engana, de quem abusa.

Procuremos aproveitar este tempo favorável da quaresma. Aproximemo-nos de um sacerdote reconciliemo-nos, confessemo-nos, façamos um propósito firme de emenda, remendemos o mal feito aos outros (compensando-os ou restituindo se for caso disso) e ficaremos aliviados de tanto lixo que carregamos dentro de nós, que nos intoxica e não nos deixa ter alegria, nem ser felizes. Não nos deixa sermos imagens da beleza, da bondade e da santidade de Deus.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

É necessário "desenvolver políticas de solidariedade social e apelar à fantasia do amor".

O verdadeiro espirito do jejum

Hoje é dia de jejum.

Façamos jejum da carne e do peixe caro.

Façamos jejum das palavras ofensivas,

dos sentimentos torpes,

das insinuações cruéis,

da ostentação,

dos juízos temerários,

das mentiras,

da luxúria e do prazer fútil,

do excesso de opinião,

da desobediência.

Façamos jejum dos excessos e da desesperança.

Inoculemos a paz de Jesus

no nosso coração.

Santo Jejum!