No Domingo passado, através do profeta Isaías, Deus alertou-nos para o facto de, muitas vezes, os nossos pensa-mentos e os nossos caminhos nada ou pouco terem a ver com os seus. E vimos como é forte e frequente a nossa tentação de querer que seja Deus a conformar-se com os nossos pensamen-tos e as nossas verdades, em vez de sermos nós a converter-nos à sua verdade ao seu amor.
Hoje, por meio do profeta Ezequiel, Deus condena e distancia-se dos critérios de justiça do homem, critérios que o homem quer impor ao próprio Deus. O atrevimento do homem chega ao ponto de acusar Deus de ser injusto no que se refere à salvação e à condenação dos homens: “A maneira de proceder do senhor não é justa”. Deus quer – é o que mais deseja – que todos os homens se salvem, ou seja, participem da plenitude da sua vida e do seu amor por toda a eternidade. No entanto, a salvação do homem, de cada homem em concreto, depende da sua adesão a Deus, do modo como acolhe e corresponde à sua vontade e ao seu amor. Não podemos esquecer que Deus criou o homem livre e respeita sempre a sua liberdade, mesmo quando O rejeita ou se opõe a Ele.
Por conseguinte, à partida, e contrariamente ao que muitos ainda teimam em pensar, ninguém está predes-tinado à salvação ou à condenação.
Além disso, em nenhum momento ou etapa da vida do homem se pode afirmar, com absoluta certeza, que al-guém já tem a salvação garantida ou já está irremediávelmente condenado.
Na verdade, em qualquer momento da sua vida, o homem pode mudar, para o bem ou para o mal, a sua posição em relação a Deus. E essa mudança (conversão a Deus ou afastamento de Deus) pode determinar a sua salvação ou condenação.
Deus, como escutámos na primeira leitura, esclarece e justifica isso mesmo: o homem justo, se abandona Deus e deixa de praticar a justiça, permanecendo nessa atitude até ao fim da sua vida, não pode esperar, como é óbvio e lógico, a salvação de Deus. Deus não pode salvar quem, consciente e voluntariamente, O exclui da sua vida, se recusa a viver segundo a sua vontade e rejeita o seu amor.
Deus não pode salvar ninguém à força! Não é Deus que não quer salvar o homem. É o homem que não quer ser salvo por Deus, que não dá a Deus a oportunidade de o salvar.
O contrário também pode acontecer: o pecador, se “renunciar ás faltas que tiver cometido”, se começar a “praticar o direito e a justiça”, perseverando no bem e na comunhão com Deus, salvar-se-á.
O Deus da compaixão, o Deus que é generoso em perdoar alegra-se com o arrependimento do homem pecador e apressa-se a manifestar-lhe o seu amor misericordioso. Ainda bem que Deus é assim. Caso contrário, todos nós - que somos pecadores e pecadores repetentes – já não teríamos qualquer hipótese de salvação.
A Feira, roteiro gastronómico, prova de todo-o-terreno, apresentação de confraria e animação fazem o programa da segunda edição do festival dedicado ao borrego, promovido pela autarquia de Celorico da Beira de 28 de Setembro a 5 de Outubro.
No dia 28 de Setembro há Feira do Borrego na Carrapichana e até 5 de Outubro decorrerá um roteiro gastronómico nos restaurantes aderentes.
O evento realizou-se pela primeira vez em 2007, numa organização do Município de Celorico da Beira, que diz ter “alcançado um grande sucesso em todas as linhas”. Para além da Feira e do roteiro, este ano haverá também uma prova de Todo-o-Terreno e a apresentação pública da recém-criada Confraria do Borrego.
É a “região por excelência de criação de borrego”, onde é apascentado “o maior número de ovelhas de raça Bordaleira e Churra Mondegueira (cerca de 30.000)”, e que fazem de Celorico da Beira “a capital do Queijo Serra da Estrela”.
O Objectivo é “dar uma maior visibilidade aos tão apreciados sabores característicos desta região e do Concelho, onde para além do Queijo impera também o borrego Serra da Estrela”.
Actualmente a cruz já não se apresenta aos fiéis em seu aspecto de sofrimento, de dura necessidade da vida ou inclusive como um caminho para seguir a Cristo, mas em seu aspecto glorioso, como motivo de honra, não de pranto.
Antes de tudo, digamos algo sobre a origem desta festa. Ela recorda dois acontecimentos distantes no tempo. O primeiro é a inauguração, por parte do imperador Constantino, de duas basílicas, uma no Gólgota, outra no sepulcro de Cristo, no ano 325. O outro acontecimento, no século VII, é a vitória cristã contra os persas, que levou à recuperação das relíquias da cruz e sua devolução triunfal a Jerusalém. Contudo, com o passar do tempo, a festa adquiriu um significado autônomo. Converteu-se em uma celebração gloriosa do mistério da cruz, que, sendo instrumento de ignomínia e de suplício, Cristo transformou em instrumento de salvação.
As leituras reflectem esta perspectiva. A segunda leitura volta a propor o célebre hino da Carta aos Filipenses, onde se contempla a cruz como o motivo da maior «exaltação» de Cristo: «aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor». Também o Evangelho fala da cruz como do momento no qual «o Filho do homem foi levantado para que todo o que creia tenha por Ele vida eterna».
Houve, na história, dois modos fundamentais de representar a cruz e o crucifixo. Os chamamos, por comodidade, de o modo antigo e o moderno. O modo antigo, que se pode admirar nos mosaicos das antigas basílicas e nos crucifixos da arte romântica, é glorioso, festivo, cheio de majestade. A cruz, frequentemente sozinha, sem crucifixo, aparece projectada num céu estrelado, e sob ela a inscrição: «Salvação do mundo, salus mundi», como em um célebre mosaico de Ravena.
Nos crucifixos de madeira da arte românica, este tipo de representação se expressa no Cristo que reina com vestes reais e sacerdotais a partir da cruz, com os olhos abertos, o olhar para a frente, sem sombra de sofrimento, mas radiante de majestade e vitória, já não coroado de espinhos, mas de pedras preciosas. É a tradução do versículo do salmo: «Deus reinou do madeiro» (regnavit a ligno Deus). Jesus falava de sua cruz nestes mesmos termos: como o momento de sua «exaltação»: «E quando eu for levantado da terra, atrairei todos para mim» (Jo 12, 32).
A forma moderna começa com a arte gótica e se acentua cada vez mais, até converter-se no modo ordinário de representar o crucifixo. Um exemplo é a crucifixão de Matthias Grunewald no altar de Isenheim. As mãos de os pés se retorcem como arbustos ao redor dos cravos, a cabeça agoniza sob um feixe de espinhos, o corpo coberto de chagas. Igualmente, os crucifixos de Velázquez e de Dali e de muitos outros pertencem a este tipo.
Os dois modos evidenciam um aspecto verdadeiro do mistério. A forma moderna-dramática, realista, pungente – representa a cruz vista, por assim dizer, por diante, «de cara», em sua crua realidade, no momento em que se morre nela. A cruz como símbolo do mal, do sofrimento do mundo e da tremenda realidade da morte. A cruz se representa aqui «em suas causas», isto é, naquilo que, habitualmente, a ocasiona: o ódio, a maldade, a injustiça, o pecado.
O mundo antigo evidenciava não as causas, mas os efeitos da cruz; não aquilo que produz a cruz, mas o que é produzido pela cruz: reconciliação, paz, glória, segurança, vida eterna. A cruz que Paulo define como «glória» ou «honra» do crente. A festividade de 14 de setembro chama-se «exaltação» da cruz porque celebra precisamente este aspecto «exaltante» da cruz.
Deve-se unir à forma moderna de considerar a cruz, a antiga: redescobrir a cruz gloriosa. Se no momento em que se experimentava a provação, podia ser útil pensar em Jesus cravado na cruz entre dores e espasmos, porque isto fazia que o sentíssemos próximo a nossa dor, agora há que pensar na cruz de outro modo. Explico com um exemplo. Perdemos recentemente uma pessoa querida, talvez depois de meses de grande sofrimento. Pois bem: não há que continuar pensando nela como estava em seu leito, em tal circunstância, em tal outra, a que ponto se havia reduzido no final, o que fazia, o que dizia, talvez torturando a mente e o coração, alimentando inúteis sentimentos de culpa. Tudo isto terminou, já não existe, é irreal; atuando assim não fazemos mais que prolongar o sofrimento e conservá-la artificialmente com vida.
Há mães (não digo para julgá-las, mas para ajudá-las) que depois de terem acompanhado durante anos um filho em seu calvário, quando o Senhor o chama para Si, rechaçam viver de outra forma. Em casa, tudo deve permanecer como estava no momento da morte do filho; tudo deve falar dele; visitas contínuas ao cemitério. Se há outras crianças na família, devem adaptar-se a viver também neste clima permeado de morte, com grave dano psicológico. Estas pessoas são as que mais necessitam descobrir o sentido da festa de 14 de setembro: a exaltação da cruz. Já não és tu que leva a cruz, mas a cruz que te leva; a cruz que não te arrebata, mas que te ergue.
Há que pensar na pessoa querida como é agora que "tudo terminou". Assim faziam com Jesus os artistas antigos. Contemplavam-no como é agora, como está: ressuscitado, glorioso, feliz, sereno, sentado no trono de Deus, com o Pai que "enxugou toda lágrima de seus olhos" e lhe deu "todo poder nos céus e na terra". Já não entre os espasmos da agonia e da morte. Não digo que se possa sempre dominar o próprio coração e impedir que sangue com a recordação do sucedido, mas há que procurar que impere a consideração de fé. Senão, para que serve a fé?
A Associação OPIJOVEM organizou no passado domingo, 31 de Agosto de 2008, o IX Passeio BTT no Fornotelheiro, onde participaram 219 convivas, entre os quais 149 praticantes de BTT e os restantes, elementos da organização e equipas de apoio. Este evento foi um sucesso, uma vez que se bateu o record de inscrições.
Depois do almoço, seguiram-se diversas actividades, nomeadamente a actuação de animadores, efectuando modelação de balões, pinturas faciais, insufláveis e largada de balões, o que trouxe muita animação entre os participantes. No final da tarde houve o jogo da caça ao tesouro, contando com diversas equipas que percorreram alguns pontos da aldeia na busca do tão desejado tesouro.
Para finalizar houve um lanche para os participantes, onde houve entrega de lembranças aos vencedores da caça ao tesouro e o sorteio de uma bicicleta.
A Associação OPIJOVEM agradece a todos os praticantes de BTT e a todos aqueles que ajudaram a organizar este evento, prometendo para o ano, um ainda melhor Passeio BTT.
Hoje apetece-me falar da minha terra, ou melhor, da freguesia donde sou natural, segundo os registos civis e religiosos. Digo isto porque pouca gente me identifica como sendo natural daquela freguesia. Passei a minha meninice muito perto da vila, e, devido a isso, ainda muita gente afirma que nasci onde hoje moro. Como qualquer mortal, não me lembro de ter nascido, mas posso afirmar sem qualquer receio de engano que não foi onde resido. Durante a minha juventude, vivi bastante arredado da sede da minha freguesia, posso até dizer que no Recenseamento Militar nem ali era conhecido. Por onde andava, também não ouvia naqueles tempos as melhores referências aos seus moradores. Com o andar dos tempos, concluí que isso não passa de rivalidades entre povos vizinhos, dado que os outros também são apodados de natureza idêntica. Hoje sinto uma certa vaidade em ser natural do Fornotelheiro, e, se me permitem, vou dizer porquê.
Em freguesia é a mais extensa do concelho de Celorico da Beira, dentro das rurais é a que tem maior população, é onde está sedeado o Parque industrial do concelho, em gado ovino, se bem que os maiores rebanhos não estejam no seu limite, é a que tem maior número de cabeças e mais fabricantes de queijo. No seu termo, embora desactivada, tem uma estância termal de soberba qualidade, e ainda um filão de granito do mais valioso da região. Tem a maior frente ribeirinha para o Mondego, que, juntamente com a ribeira das Olas, lhe dão das terras mais produtivas da Beira, e, neste aspecto, ainda tem em plena produção o Pomar da Quinta do Reguengo, que em épocas áureas foi sempre dos maiores do distrito, mas que ainda hoje produz mais maçã que o resto do concelho. No campo histórico, foi vila de que ostenta o seu pelourinho, e a forca onde ainda se notam as colunas com as respectivas chanfraduras. Bem perto da povoação está a Necrópole de São Gens, que tem sido um palco constante para quem investiga nesse sector. Para além da sede, tem mais quatro anexas, Cardal, Quintas do Salgueiro, Casas do Rio e Estação. A Estação designação que se dá a Celorico da Beira Gare, obviamente nasceu em finais do século XIX, com a criação da Linha de Caminho de Ferro da Beira Alta, sendo implantada em três topónimos: Ingotas, Olas e Jardim. Nos dias que correm, a Estação é a localidade de maior movimento dentro do concelho. Não só pelo que lhe é dado pelo Caminho-de-ferro, mas também pelo trânsito rodoviário proveniente do Norte do distrito, bem como do Nordeste Transmontano. Tudo isso lhe cria um comércio movimentado, e torna-se ponto de encontro para muitas pessoas, pois quase é uma paragem obrigatória. Eu próprio ali me desloco todos os dias, não só pelo pequeno-almoço, mas também na esperança de encontrar uma cara que há muito tempo não veja. Está equipado com lar para idosos, três instituições para a infância, escolas de Ensino Básico, no Fornotelheiro e Estação. Tem associações de lazer em todas as povoações com excepção do Cardal.
Mas para quê tudo isto que vos disse? Para vos dizer que esta importante freguesia de âmbito regional, tem vindo a realizar os seus Encontros Etnográficos. No passado mês de Julho, a 25, 26 e 27, teve lugar na sede de freguesia o evento denominado IV Encontros Etnográficos do Fornotelheiro. Como o próprio nome indica, é a Etnografia que se impõe, que faz recordar aos mais antigos os usos e costumes que se perderam na evolução dos tempos, e mostrar aos mais novos os ofícios e o modo de vida de outras eras. Eu por acaso participei no III Encontro que teve lugar no Verão de 2006. Tinha uma barraquinha onde expunha a minha modesta colecção de relógios de corda. Muito embora fosse muito bem acolhido, acabei por não dar o meu contributo este ano, mais por uma questão pessoal, pois estou envolvido noutras tarefas que me consomem bastante tempo. Mas fui lá ver como tudo estava a decorrer. Ouvi uma palestra sobre a fixação de gente no Mundo Rural, a cargo de distintos oradores que me deixou muito esperançado, uma vez que como filho do campo me considero um acérrimo combatente contra a desertificação Do que vi exposto em matéria artesanal gostei, muito embora afirme que, nesse campo, não sou um verdadeiro perito. Os simulacros dos trabalhos agrícolas e artesanais, também os encontraram muito bem encenados. Os Grupos Folclóricos evidenciavam obviamente a sua região, mas aqui o Fornotelheiro apareceu com o seu próprio, recolhendo os cantares e as danças de outrora. Encantaram-me os tocadores de concertina, instrumento tão melodioso que esteve tantos anos adormecido. Tive pena de não ver tocar o “MANEL RESINEIRO”, acordeonista dali natural, que há quatro décadas enchia com pares de dançantes os principais terreiros das aldeias de muitas léguas em redor. Para finalizar, deixei o que mais me encantou: A culinária, com os sabores de outros tempos, pensava eu, que as nossas avós não tinham doado esse segredo a ninguém. Passar por ali e comer uma miga de repolho ou de ervilhas, pode dizer-se que não se fica com inveja do mais fantasiado prato criado pelo mais condecorado mestre de cozinha. Mas não tenho a menor dúvida de que tudo isto deu trabalho. Pelo que ouvi do meu amigo Agostinho dos Santos, presidente da Autarquia, os homens estiveram na rua a levantar as estruturas necessárias, enquanto as mulheres em casa punham em prática o seu saber para deliciar os visitantes. Podem crer que agradeço a todos o empenho, a contribuição que deram, e, acima de tudo, a vossa hospitalidade genuína de tão bem saber receber.
“À vossa direita, Senhor, a rainha do Céu” “Quem espera sempre alcança”, senão espera sentado e de braços cruzados, à espera que o prémio lhe caia do Céu; alcança, na medida em que caminha sempre, escutando a voz de Deus, olhando em frente, sonhando o futuro, enfrentando os desafios, vencendo as dificuldades e os obstáculos, pondo a render os talentos.
Maria é a rainha do Céu que se encontra sentada á direita de Deus. Hoje, celebramos o mistério da sua assunção ao Céu. Maria, no final da sua vida e missão terrenas, alcança a plenitude da vida e do amor de Deus. Ela é coroada como Rainha do Céu e da terra. Maria chega á meta de Deus porque, apesar das inúmeras dificuldades com que se deparou, nunca duvidou de deus nem desistiu do cumprimento da sua missão que Ele lhe confiou. E a vida de Maria (e a sua missão) não foi tarefa fácil, quando: • deu à luz na gruta de Belém (não duvidou de Deus nem desistiu da sua missão); • teve de fugir para uma terra estrangeira, porque Herodes queria dar a morte a Jesus; • o próprio Jesus ficou no Templo de Jerusalém sem a ter informado ou pedido autorização; • tomava conhecimento da oposição das pessoas a Jesus (ex: quiseram deitar de um precipício abaixo na sua própria terra ou quando lhe foram dizer que o seu filho estava fora de si); • teve de ser testemunha da paixão e morte de Jesus. Em nenhuma destas dolorosas circunstâncias, Maria duvidou de Deus e da seriedade dos seus desígnios, mas caminhou sempre em frente, animada pela certeza de que Deus não defrauda, embora ponha á prova, aqueles a quem chama e confia uma missão. Porque não duvidou nem desistiu, Maria goza, no Céu, da glória de deus, enquanto na terra todas as gerações a proclamam ditosa, bem-aventurada!!!
Aquela que é glorificada no Céu, é a mesma mulher que aceitou ser a humilde serva do Senhor: “Eis a Serva do senhor” e a humilde serva da humanidade – coloca-se ao serviço de Isabel. Deus prefere os humildes: “pôs os olhos na humildade da sua serva”. É nos humildes e através dos humildes que deus faz maravilhas: “o todo poderoso fez em mim maravilhas”. Para os humildes, Deus tem uma recompensa especial: “exalta os humildes”, enquanto dispersa os soberbos, derruba os poderosos e despede os ricos de mãos vazias. Não são os soberbos, os poderosos e os ricos, mas os humildes que serão recordados de geração em geração. É a humildade que dá consistência à vida do homem. A humildade assenta na Palavra (que se faz vida na vida do humilde), na Verdade (qual caminho que o humilde segue com fidelidade e perseverança), e no Amor (a vida que se partilha com os outros, sem esperar nada em troca).
Hoje, são muitos os que desconhecem e desprezam o valor da HUMILDADE (da Palavra, da Verdade e do Amor). Muitos querem ser importantes a qualquer custo. Muitos que nada valem, julgam-se importantes e levam as pessoas a pensar que efectivamente são importantes. Hoje, não faltam aqueles que querem ser importantes, dar nas vistas, fazendo caridade com o que não é deles, tentando usurpar aquilo que não lhes pertence. Deus nos livre de tais benfeitores desonestos! Muitos procuram ganhar protagonismo, denegrindo aqueles que são honestos e coerentes, e levando as pessoas a pensar mal daqueles que gastam generosamente a sua vida e se entregam desinteressadamente à sua missão. Esses esquecem que a sua fama e o seu poder tem a consistência do fumo. Eles são como a flor do campo que mal desabrocha é cortada e seca: “vi um ímpio encher-se de soberba, expandir-se como uma árvore frondosa. Tornei a passar e já não existia; procurei e não consegui encontrá-lo” (Sl 37, 35-36). Pareciam pujantes, divertiam-se a fazer o mal, julvam-se no direito de ser injustos, pensavam que eram invencíveis como os cedros do Líbano. No entanto, caíram por terra e já ninguém olha para eles. Esta é uma lição da assunção de Nossa Senhora. Quem é fiel ao Senhor, na escuta e no cumprimento da sua Palavra sabe que será largamente recompensado por Ele, nunca será esquecido, pois tem um lugar garantido no coração de Deus!
Como Elias que, graças à ajuda de Deus, não desistiu (como gostariam os seus adversários), como ele teve a coragem de caminhar em frente até chegar ao monte Horeb, vencendo as ameaças e os perigos;
Como Maria, que nunca deixou de olhar em frente e de caminhar na presença do Senhor, assim também nós, que recebemos de Deus a missão de proclamar a sua Palavra, não vamos desistir, pois o Senhor está connosco para nos ajudar.
Confiamos, não nas nossas forças nem nas nossas capacidades, mas confiamos em Deus e nos dons e graças que Ele nos concede. Nós temos a certeza de que a Verdade acabará por vencer (a verdade nem sempre vem ao de cima), que “quem espera sempre alcança”, que quem é humilde será largamente recompensado. Deus é generoso para com todos aqueles que lhe são fiéis!!! Que Maria, a Rainha do Céu, esteja sempre ao nosso lado como modelo e estímulo, como protectora e nossa guia!
Com data de 1 de Agosto, D. Manuel Felício, Bispo da Guarda publicou as nomeações diocesanas para o Ano Pastoral de 2008-2009.
"Como nos diz a nossa fé, o Bispo é enviado por Cristo, único Pastor da sua Igreja e em nome d'Ele, para cuidar de uma porção de todo o Povo de Deus chamada Diocese. Por isso, ele tem a obrigação de governar, com solicitude pastoral, a diocese que lhe foi confiada, atendendo não só ás necessidades concretas e ás preferências de cada Paróquia ou outra comunidade de Fé, mas principalmente ao bem comum de toda a Igreja Diocesana e mesmo da Igreja Universal".
Decreto (...)
Rev.do pe. Gilberto Joaquim Roque Antunes: pároco das Paróquias de Alverca da Beira, Bouça Cova, Ervas Tenras, Pála e Póvoa d'El Rei.(...)
Guarda, 1 de Agosto de 2008
+ D. Manuel Rocha Felício, Bispo da Guarda.
Assim, parece que é preciso fazer as malas!!! Coragem... Foi bom. É com emoção... que te vemos partir... Depois de dois memoráveis anos, o Pe. Gilberto deixa a Comunidade Sacerdotal de Celorico da Beira para ir viver para Trancoso.
Não te esqueças que Deus está ao teu lado e nós também...
Não te esqueças que desígnios de Deus são insondáveis...
Não te esqueças que a amizade é capaz de ultrapassar montanhas e colinas...
Que Deus te ajude nas novas tarefas que vais assumir.
“Viver em Cristo - a Moral Evangélica” é o tema da peregrinação da Diocese da Guarda a Fátima, que terá lugar a 20 e 21 de Agosto.
“Vamos iniciar o novo ano pastoral 2008-09, peregrinando até ao Santuário de Fátima, nos próximos dias 20 e 21 de Agosto. Já faz parte do nosso calendário diocesano e da agenda pessoal de cada um de nós reservar, na penúltima semana de Agosto, as suas quarta e a quinta-feiras para a peregrinação da Diocese da Guarda a Fátima. Não fazemos a recomendação formal para que esta seja uma peregrinação a pão e água, como em anos anteriores já aconteceu. Mas convidamos para que seja uma verdadeira peregrinação, com espaços fortes de silêncio e de oração pessoal, tanto durante a permanência no Santuário como durante a viagem de ida e de regresso. Queremos que seja também um tempo de reconciliação, aproveitando a oferta da celebração penitencial com confissão individual que está no programa; um tempo de adoração eucarística na vigília que também está prevista; uma ocasião para, sobretudo na Eucaristia Solene, oferecermos, por Maria a Jesus, o nosso propósito de vivermos e ajudarmos a viver com entusiasmo o novo ano pastoral.
Queremos pedir a Nossa Senhora que ajude toda a nossa Diocese, no conjunto das suas mais de 360 paróquias, 15 arciprestados e 4 zonas pastorais, a ser, ao longo de todo este novo ano, uma verdadeira Escola de Fé. Escola de Fé onde o Mestre é Cristo e todos nós somos os alunos; onde os catequistas, motivados, formados e acompanhados por nós sacerdotes, são os directos colaboradores deste único Mestre que é Cristo; uma Escola de Fé onde o programa é sempre o Evangelho, mas traduzido para o mundo actual através do Catecismo da Igreja Católica. E, ao longo deste ano, queremos que esse programa seja principalmente a terceira parte do Catecismo da Igreja Católica sobre a Moral Cristã; uma Escola de Fé onde, por isso, o compêndio é o próprio Catecismo da Igreja Católica, completado pelo seu resumo oficial e pelo texto que estamos a preparar para enviar para as paróquias e colocar nas mãos dos fiéis.
A experiência diz-nos que não vai ser fácil, ao longo deste ano pastoral, progredir pelo caminho que há-de fazer da nossa Diocese e das suas diferentes comunidades verdadeiras escolas de Fé. Mas sentimos que essa é a chamada que o Senhor nos faz; e da capacidade que hoje tivermos para descobrir catequistas, motivá-los, formá-los e também motivarmos os fiéis de prática dominical regular para serem verdadeiros discípulos missionários depende o futuro da nossa Diocese e das suas diferentes comunidades de Fé.
Vamos pedir a Nossa Senhora de Fátima que abençoe todos os nossos agentes pastorais, a começar por nós sacerdotes, mas também as diferentes comunidades religiosas que temos espalhadas pela Diocese e outras comunidades e leigos de vida especialmente consagrada no meio do mundo que também temos, os catequistas que já temos e outros que possamos vir a descobrir e a formar ao longo do ano para lançarmos mãos à obra, confiados em que o Senhor, único Bom Pastor, vai à nossa frente, a convidar-nos para percorrer com renovada esperança os caminhos da nova evangelização”.
"Não há Deus, além de Vós..." refere o autor do Livro da Sabedoria com uma certeza clara, convicta e evidente acerca da existência do Deus único e verdadeiro. Contudo, o que também parece seduzir o autor sagrado é a forma como Deus cuida do Homem e de todas as coisas que constituem o mundo.
Acha maravilhosa e admirável o modo como Ele trata, lida e se relaciona connosco. De facto, quando Deus criou o mundo preocupou-se ao "milímetro" para que na organização do universo nada falhe e dê tudo certo. Ele (Deus) é o PAI atento que tem um amor imenso e inesgotável (como um poço sem fundo) que exprime, segundo a 1ª leitura, pelo princípio da Justiça, da indulgência, da bondade, da esperança feliz, do perdão e não usa a sua força para se vingar ou oprimir o Homem. No entanto, este carinho e ternura de Deus não é um amor somente cheio de boas intenções ou por obrigação: Deus ama porque quer e de livre vontade - é um amor que lhe sai do coração. Deus não ama para dar "nas vistas", nem tem necessidade de apregoar nas praças públicas o bem que faz ao Homem. O seu amor traduz-se em gestos concretos e proveitos para connosco, e o maior de todos foi entregar o Seu próprio Filho para nos salvar.
Todo o Homem, à semelhança de Deus, é chamado a ter essa relação de amor, cuidado, indulgência e preocupação pelo seu próximo. Mas, vemos como o Homem ama de uma forma diferente de Deus: umas vezes por interesse, conveniência e circunstâncias; outras vezes, é um amor por obrigação, ou rancoroso porque perdoamos mas ficamos sempre com ressentimentos. Este modo de amar não é o de Jesus: é um amor que se pode caracterizar como passageiro e que presta culto ao egoísmo. Jesus não sabe amar assim porque ama sem limites, sem condições e dá a Sua vida por nós até à última gota de sangue. Amemos sem fazermos como os fariseus que faziam o bem para serem louvados pelas pessoas!
É amando com os sentimentos de Cristo que o Arciprestado de Celorico da Beira tem expressado o seu amor pelos sacerdotes que aqui se têm formado. Não é necessário enumerar acções concretas para comprovar o vosso amor ao sacerdócio, pois no meu caso pessoal senti na 1ª pessoa ao longo destes dois anos o vosso imenso carinho, ternura, afeição e acolhimento. Manifestastes um Amor sem fingimento, porque brotou do íntimo do vosso coração. Esse é o amor mais proveitoso porque é fruto do crescimento, da aprendizagem e da caminhada que fiz convosco e que me abriu horizontes para a vida. Hoje faço aqui uma prece de louvor ao Senhor por poder caminhar convosco desde o dia 21 de Setembro de 2006 e presto-vos a minha sincera homenagem e gratidão!
No Evangelho, Jesus confronta-nos com mais uma das suas sábias parábolas: o trigo e o joio. Determinado homem semeia semente boa no seu campo, no entanto de noite e por traição um inimigo semeia joio no meio do trigo. O joio é uma erva daninha e bravia que nada interessa nas culturas. É, por isso, sinónimo da falta de amor a Deus e aos irmãos e da consequente presença do mal no mundo. A prova da existência do mal e do maligno é personificada nos ódios, guerras, invejas, egoísmo, soberba... Infelizmente podemos dizer que também existe joio dentro da Igreja quando esta não é fiel a Jesus Cristo e se deixa levar por jogos, interesses e uma fé rudimentar que nada tem a ver com o Evangelho. A missão de todo o cristão, sobretudo do sacerdote, é arrancar o joio que sufoca a humanidade. No entanto, esta missão contra o mal não se pode fazer de qualquer forma: tem de ter ponderação, não pode resultar de uma acção irreflectida - "deixai-os crescer ambos até à ceifa". Mais importante que condenar e humilhar as pessoas é procurá-las e consciencializá-las de que todos nós somos pecadores. Depois é fazer como Jesus: exortá-las ao arrependimento e pelo Sacramento da Reconciliação fazê-las sentir o perdão generoso de Deus e como é bom estar em comunhão com Ele.
Termino esta reflexão com questões que se colocam no início de uma nova missão: que pedir para a minha vida sacerdotal? Que projectos futuros? Nada mais peço ou sonho a não ser que Deus semeie no meu coração as "aspirações do Espírito Santo". Só Ele me poderá ajudar a levantar das minhas fraquezas, a dar força para concretizar a missão pois o Espírito é o guia e a alma da Igreja. Com o Espírito Santo sei que posso ser um fiel administrador das suas graças e ter uma acção serena, mas profunda e que tenha somente a marca de Deus. Com o Espírito Santo quero ser um profeta que não só fala com Deus, mas também o ouve e escuta: "Quem tem ouvidos, oiça". Assim, saberei discernir o que sacerdote Deus quer que eu seja e por toda a minha existência me leve a proclamar como S. Paulo: "Para mim, viver é Cristo"!
A freguesia de Fornotelheiro, no concelho de Celorico da Beira, recebe a partir de amanhã os IV Encontros de Etnografia. Durante três dias serão recordados os usos e costumes que estão na origem das populações locais, com mostras de actividades tradicionais, artes e ofícios, jogos tradicionais, comidas regionais, conversas, tradições, costumes e crenças. Para o final de cada dia estão previstas danças, música e cantares que há muitos anos fazem parte da cultura tradicional.
O papel dos avós na família vai muito além dos mimos dados aos netos, e muitas vezes eles são o suporte afectivo e financeiro de pais e filhos. Por isso, se diz que os avós são pais duas vezes.
As avós são também as chamada "segundas mães", e os avôs, os "segundos pais", e muitas vezes estão ao lado e até à frente na educação dos seus netos, com a sua sabedoria, experiência e com a certeza de um sentimento maravilhoso de estarem a viver os frutos de seu fruto, ou seja, a continuidade das gerações.
Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.
Inácio de Azevedo era natural do Porto, Portugal, nascido por volta de 1526, de família importante e influente. Aos 22 anos entrou para a ordem dos Jesuítas. Foi vice-provincial de Portugal e reitor do Colégio de Braga.
A grande paixão de Inácio eram as missões! Pela seu caráter empreendedor, activo e enérgico, São Francisco de Borja, o superior de toda a Ordem, nomeou-o Visitador do Brasil. Chegou à Bahia em 24 de agosto de 1566, juntamente com outros jesuítas. A incumbência revestiu-se de grande dinamismo e oportunas medidas de governo. Partiu para Portugal em 24 de agosto de 1568, para conseguir reforços para o Brasil. Reuniu uma expedição de 73 religiosos, e zarparam nas três naus da frota do Governador do Brasil.
A nau em que viajavam Inácio e um dos grupos foram atacados por protestantes calvinistas que quiseram poupar os sobreviventes da luta mas gritaram contra os jesuítas: “Mata, mata, porque vão semear doutrina falsa no Brasil”. Inácio foi ao encontro deles, com uma imagem de Nossa Senhora nas mãos, dizendo a alta voz: “Todos sejam minhas testemunhas como morro pela Fé católica e pela Santa Igreja Romana”. Já ferido mortalmente, dizia aos seus companheiros: “Não choreis, filhos. Não chegaremos ao Brasil, mas fundaremos, hoje, um colégio no céu”.
Beato Manuel Fernandes, irmão e estudante. Nascido em Celorico, Portugal. Deitado vivo ao mar.
Apóstolo nascido em Tarso, cidade principal da Cilícia, conhecido como o grande apóstolo dos gentios. Descendia de uma família hebreus da tribo de Benjamin, que tinham obtido a cidadania romana, de grandes posses e prestígio político. Os seus pais, sendo como eram, fiéis à lei mosaica, mandaram-no logo para Jerusalém para ser educado lá.
Fariseu fervoroso, recebeu na circuncisão o nome de Saulo e teve como preceptor um dos mais sábios e notáveis rabinos daquele tempo, o grande Gamaliel, neto do ainda mais famoso Hilel, de quem recebeu as lições sobre os ensinos do Antigo Testamento. Foi este Gamaliel, cujo discurso está nos Atos dos Apóstolos 5. 34-39, que aconselhou o Sinédrio a não atentar contra a vida dos apóstolos.
Ele possuía alguma coisa estranha ao espírito farisaico, a qual se avizinhava da cultura grega. No seu discurso demonstrava um espírito tolerante e conciliador, característico da seita dos fariseus. Celebrizou-se pelos seus vastos conhecimentos rabínicos. Aprendeu o ofício de fazedor de tendas, as quais usava nas viagens. Recebeu uma educação subordinada às tradições e às doutrinas da fé hebraica e, embora fosse filho de um fariseu, At 23, tornou-se um cidadão romano.
Pelos suas palavras, na epístola aos filipenses 3. 4-7, aparentemente ocupava uma posição de grande influência que lhe dava margem para conseguir lucros e grandes honras. Tornou-se membro do concílio, At 26. 10, e logo depois recebeu uma comissão do sumo sacerdote para perseguir os cristãos, 9. 1, 2; 22. 5. Apareceu no cenário da história cristã, como presidente da execução do diácono Estêvão (1)o protomártir do Cristianismo, a cujos pés as testemunhas depuseram as suas vestes At 7. 58.
Na Bíblia aparece então no 7º capítulo do livro Atos dos Apóstolos, a guardar as vestes do diácono, que foi apedrejado, concordando, portanto, com a condenação. Depois disso, iniciou uma forte perseguição aos cristãos. Na sua posição odiava a nova seita, não só desprezando o crucificado Messias, como considerava os seus discípulos um elemento perigoso, tanto para a religião como para o Estado.
Este seu ódio mortal contra os discípulos de Jesus durou até ao momento da sua conversão, que aparece no 9º capítulo. Foi no caminho de Damasco que se deu a sua repentina conversão (30). Ele e seus companheiros viajavam pelos desertos da Galiléia e quando, ao meio-dia, o sol ardente estava no seu zênite, At 26. 13, repentinamente uma luz vinda do céu, mais brilhante que a luz do sol caiu sobre eles, derrubando-os. Todos se ergueram, mas ele continuou prostrado por terra. Ouviu-se então uma voz que dizia em língua hebraica: "Saulo, Saulo, porque me persegues? (2)". Respondeu ele então: "Quem és tu Senhor?" E veio a resposta: "Eu sou Jesus a quem tu persegues. Levanta-te e vai à cidade e aí se te dirá o que te convém fazer". Os companheiros que o seguiam ouviam a voz sem nada ver, nem entender. Ofuscado pelo intenso clarão da luz, foi conduzido pela mão dos companheiros. Entrou em Damasco e hospedou-se na casa de Judas, onde permaneceu três dias sem ver, sem comer e nem beber, orando e meditando sobre a revelação divina. Guiado pelo Senhor, o judeu convertido Ananias, foi visitá-lo e ao encontrar-se com o grande perseguidor, recebeu a confissão da sua nova fé. Certo de sua conversão Ananias impôs-lhe as mãos, fê-lo recobrar a visão e baptizou-o. Baptizado, foi para o deserto da Arábia, onde orou e fez penitência por três anos.
A partir de então, com a juventude e a energia que o caracterizava, e para grande espanto dos judeus, começou a pregar nas sinagogas que Jesus era o Cristo, Filho de Deus vivo, 9 10-22. Regressou à Jerusalém, e apesar da desconfiança dos que não acreditavam na sua repentina conversão e instalou-se em Antióquia, na Síria, de onde fez três grandes viagens missionárias, ao longo de 25 anos. Pregou na Ásia Menor, Grécia e Jerusalém, até ser preso em Cesaréia (61). Levado para Roma, permaneceu dois anos sob custódia militar, gozando de relativa liberdade, suficiente para receber os cristãos e converter os pagãos. Durante esse período escreveu as cartas aos Filipenses, aos Colossenses, aos Efésios e a Filêmon.
Declarado inocente (63) passou pela Espanha, visitou as suas comunidades no Oriente, onde foi preso e novamente levado para Roma (67) sob a acusação de seguir uma religião ilegal. São desse último período as duas cartas a Timóteo e a carta a Tito. Por ordem de Nero desta vez não teve perdão e foi condenado à morte, mas por ser um cidadão romano não deve ter sido crucificado mas, sim, decapitado.
Porque foi, é e há-de ser um chamamento e convite de Jesus Cristo.
Ouvi aquela voz divina sussurar ao meu ouvido: "segue-Me", a mesma voz que dirigiu convite idêntico aos doze e a Homens de todo o tempo para lhes entregaraem a vida.
Não pude nem posso olhar para este convite de forma banal, irresponsável ou indiferente. Por isso, com Ele e com a ajuda de muitas outras pessoas fiz-me ao caminho e cheguei à conclusão que ser padre é mesmo o que eu quero e o que Jesus quer.
Contudo não basta somente ser padre. O que mais me fascina e seduz é querer ser padre á maneira de Jesus Cristo: actuando da mesma forma que Ele actuou, vivendo ao Seu estilo e mamando da mesma forma que Ele amou. Estou consciente de que vai ser dificil, mas impossível não será. Penso que aqui está o verdadeiro "porquê" de eu querer ser padre!
Uma da experiências que mais me marcou foi o estágio pastoral em Celorico da Beira. Aqui, ao longo de dois anos, vivo numa autêntica família que é a comunidade sacerdotal. Partilçhamos momentos bons e maus, programa-se a pastoral em comunm, posso mesmo dizer que estes três padres foram uns autênticos "pais espirituais" para mim. Nas paróquias de Celorico da Beira aprendi, cresci pastoralmente, vivi a fé com estes cristãos e agora estou pronto para assumir a missão sacerdotal.
Hoje, uma grande multidão deslocou-se à Sé Catredal da Guarda para participar na Ordenação do Pe. Gilberto Antunes e ma instituição do acólito Hugo Martins.
Vieram de todos as terras do Arciprestado de Celorico da Beira e todos quiseram cumprimentar o novo sacerdote e dar os parabéns ao acólito.
Foi impressionante... tantos beijos e abraços, tanto carinho e sentidas manifestações de amizade... A sua passagem pelo Arciprestado não passou despercebida!
Porém, parece que mais uma vez era necessário despachar-se porque havia uma missa que tinha que começar às 18.30h!!!
Os cumprimentos prolongaram-se para além da hora, mas nestas ocasiões ninguém pode levar a mal... afinal é para a Diocese uma grande alegria a ordenação de dois padres, um diácono e dois acólitos.
No próximo dia 29 de Junho, pelas 16 h , na Sé Catedral, o Gilberto e o Hélder vão ser ordenados presbiteros e o Valter vai ser ordenado diácono.
A Diocese e em especial as paróquias onde durante estes dois anos o Diácono Gilberto desenvolveu a sua actividade pastoral, partilham da sua alegria em clima de louvor e acção de graças.
Louvamos o Senhor por este importante presente que Ele nos oferece. Peçamos-Lhe que faça de todos os padres do nosso presbitério: "padres segundo o coração de Deus". Peçamos pelas nossas comunidades cristãs para, que a exemplo das paróquias de Almaceda, Colmeal da Torre e Covilhã sejam alfobre de futuras vocações.
Precisamos de comunidades cristãs que colaborem, apoiem e incentivem a pequena semente da vocação.
Precisamos de comunidades que sintam o problemas das vocações como seu e não apenas da instituição. Sem comunidades empenhadas na oração pelas vocações, sem familias disponiveis para entregarem os seus filhos à Igreja, sem jovens educados no seu da familia para valores espirituais não surgiram vocações...
Precisamos de comunidades que aceitem os desafios das novas formas de organização pastoral. É só com a compreensão de todos, é possível.
É preciso conhecer o meio do inconsciente colectivo que as gerações passadas foram criando através dos usos e costumes tradicionais para mel...
Toponimia
A designação Fornotelheiro, deve-se ao facto de ali ter existido e se ter desenvolvido a indústria da telha, facto que é confirmado pelo lugar da Ribeira das Olas (em latim designa olaria) e nas suas margens os indícios de construções romanas, através de blocos de argila maciça.
Chão dos Ingleses
No tempo das invasões francesas, a Igreja e aldeia ocupadas serviram de hospital de campanha e num lugar, Chão dos Ingleses, estão sepultados inúmeros soldados aliados.
Locais a visitar
Igreja Matriz,
Forca,
Necrópole de S. Gens,
Termas de Santo António,
Cruzeiro,
Fonte da Praça,
Lapa,
Ponte das Olas,
Torreão da Cabeça
abandono [poema 399]
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quando o som da tua voz faz eco em mim
quando as tuas palavras se juntam e crescem por dentro
vejo apenas a forma dos teus lábios
e o desenho de um beijo ...
(RE)COMEÇAR...ABENÇOANDO!
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Aqui estamos, diante de um novo ano. Tempo de memória agradecida. Tempo de
(re)começo. No mistério da fé sabemos que *o futuro é apenas desconhecido,
n...
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Que magnífico exemplo!
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*Aqui e ali há lamentos de que muitas pessoas deixam a celebração da
Eucaristia, sobretudo nas férias. E as igrejas ressentem-se dessas faltas.
É certo qu...
NOVOS SACERDOTES
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*"Vem e segue-me"*
Mt 9, 9
Este domingo, pelas 16 horas, na Sé Catedral da Guarda,
serão ordenados sacerdotes o* João Marçalo*, natural de Colmeal da Torre...